Razão
Priscila Zanco
Minha razão
Escondo de mim
Aquilo que grita dentro do meu peito
Minha essência
Aquilo tudo que quero sufocar
Parece mais forte que meus braços pesados
Me sinto sufocada quando a vida bate assim
Diante de mim
Me sinto presa quando a liberdade que procuro
Chega assim
Sem avisar
Parece que não estou preparada
Pra fazer o que sonhei
Pra viver o que procurei
Talvez seja medo
Não sei
Mas acho mesmo que é preocupação demais
Em perder o que nem sei se tenho
Em não saber o que fazer com o que certamente será meu
Mas acho mesmo que também pode ser
Precaução de um coração partido
Pelos anos e desenganos
Quase tudo na minha vida me causaram muito e muitos danos.
Realmente me encantei com você...É muito estranho pq não sei o que sinto, e nem sei como posso ficar tão boba, com apenas um sorriso teu.Eh, eu gsto do seu jetio..Seu jeito de rir, de ficar sério.Me vejo te observando do nada, vc [é tão incrivel e nem sabe o quanto.
Autor Desconhecido
Queria ser a menina que fica deitada em seus ombros, a que tem um espaço reservado, um álbum só dela no seu orkut..aquela q pode te deixar recados e depoimentos apaixonados sem se preocupar com sua reação.Como queria que vc soubesse que o meu não foi por medo de tentar e sofrer de novo...MAs mesmo com tantos querem impossivéis de realizar, agradeço á Deus por ter te posto em minha vida e me iluminado com esse jeito inexplicável de ser...
TE GOSTO TANTO E VOCÊ NEM FAZ IDÉIA!!!
Reaprendendo
Wellyton Melo
Quero reaprende a sonhar novamente e debruçar sobre te a minha saudade, jogar em tuas mãos as minhas vontades e desenhar nelas os meus medos, fazer para te de meus olhos a minha voz e gritar sempre q te quero desse jeito, quero somente estar apaixonado por teu sorriso por tua voz, pelo teu olhar, pela força do teu toque na minha pele. Desabrochar todas as esperanças e esperar q tu venhas colhê-las, querer q tu me aqueça com o as tuas vontades e deixar em mim todas elas, escrever com os lábios teus o significado da minha presença em tua história e denunciar em meu coração q sou teu refém.
09 de janeiro 2007
Recall da alma
Martha Medeiros
Também gostaria que me chamassem para um recall, mas não para avaliarem meu carro, mas a mim mesma. Quem me convocaria?
Ora, quem? Deus, o dono da fábrica!
Todos nós saímos da linha de montagem com alguns defeitos, mas ninguém nos avisa disso.
À medida que vamos rodando é que as avarias vão surgindo, provocando acidentes que poderiam ser evitados caso alguém tivesse nos chamado para uma revisão.
- Olha, você tem um problema de superaquecimento. Cada vez que uma pessoa discorda do seu ponto de vista, sua tendência é perder a cabeça e sair agredindo, dizendo coisas que fazem os amigos se afastarem de você. Venha cá, vamos dar uma regulada nesse seu termostato.
- O problema está na aceleração. Já reparou como você é rapidinho? Quer tudo para ontem, não deixa as coisas acontecerem no seu tempo, atropela todo mundo. Encosta ali que já resolvo isso.
- Seu retrovisor interno é muito grande! Como é que eu deixei você ir pra rua assim? Você vive olhando pra trás, tem mania de perseguição, não se livra do passado. Vou diminuir esta sua tentação de ficar vivendo de lembranças para que você ganhe uma área maior de visão frontal.
- Seu caso, vejamos: você derrapa muito. E tem folga na direção. Precisa ser mais objetivo, dizer o que pensa, não ser assim tão escorregadio. Me alcança ali a chave de fenda que eu dou um jeito nisso agorinha. Seria a glória.
Mas creio que Deus anda muito ocupado para se dedicar a consertos.
Melhor resolver nossas falhas com um manualzinho caseiro mesmo.
Claro que não vai dar para ajeitar tudo: temos alguns bons anos de uso e certas peças já não são passíveis de reposição, mas não custa fazer um autobalanceamento de vez em quando, para a gente não se estragar no meio do caminho.
Recall, só de alma
Autoria de Martha Medeiros.
RECEITA DE BELEZA
Blandinne
Eis aqui uma boa receita para melhorar sua aparência, sem uso de cosméticos.
Para seus lábios use: "VERDADE"
Para sua voz use: "ORAÇÃO"
Para seus olhos use: "SIMPATIA"
Para suas mãos use: "CARIDADE"
Para sua atitude use: "PERDÃO"
Para seu coração use: "AMOR"
"Procure manter um sorriso durante todo tempo, aprenda a obter da
vida a alegria, dividindo-a com os outros."
"Lembre-se sempre que: A beleza está nos olhos de quem vê,
A beleza interior é que te coloca bem fisicamente."
SEJA FELIZ!!
RECEBI ESTÁ MENSAGEM E ESTOU ENVIANDO-A PARA SUA REFLEXÃO.
Autor Desconhecido
Você já parou para pensar!?
Ser forte é amar alguém em silêncio
Ser forte é deixar-se amar por alguém que não amamos
Se forte é mostrar alegria quando não se sente
Ser forte é sorrir quando se deseja chorar
Ser forte é consolar quando se precisa de consolo
Ser forte é calar quando o ideal seria gritar a todos a nossa angústia
Ser forte é irradiar felicidade quando se é infeliz
Ser forte é esperar quando não se acredita no retorno
Ser forte é manter-se calmo no desespero
Ser forte é fazer alguém feliz quando se tem o coração em pedaços
Ser forte é ter fé naquilo que não se acredita
Ser forte é acreditar que em nossa fraqueza Deus opera o seu poder
Seja forte em qualquer situação!!!
SHALON.
RECEITA DE ANO NOVO
Carlos Drummond de Andrade
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
RECEITA PARA LAVAR PALAVRA SUJA
Viviane Mose
Mergulhar a palavra suja em água sanitária.
depois de dois dias de molho, quarar ao sol do meio dia.
Algumas palavras quando alvejadas ao sol
adquirem consistência de certeza. Por exemplo a palavra vida.
Existem outras, e a palavra amor é uma delas,
que são muito encardidas pelo uso, o que recomenda esfregar e bater insistentemente na pedra, depois enxaguar em água corrente.
São poucas as que resistem a esses cuidados, mas existem aquelas.
Dizem que limão e sal tira sujeira difícil, mas nada.
Toda tentativa de lavar a piedade foi sempre em vão.
Agora nunca vi palavra tão suja como perda.
Perda e morte na medida em que são alvejadas
soltam um líquido corrosivo, que atende pelo nome de amargura,que é capaz de esvaziar o vigor da língua.
O aconselhado nesse caso é mantê-las sempre de molho
em um amaciante de boa qualidade. Agora, se o que você quer é somente aliviar as palavras do uso diário, pode usar simplesmente sabão em pó e máquina de lavar.
O perigo neste caso é misturar palavras que mancham
no contato umas com as outras.
Culpa, por exemplo, a culpa mancha tudo que encontra e deve ser sempre alvejada sozinha.
Outra mistura pouco aconselhada é amizade e desejo, já que desejo, sendo uma palavra intensa, quase agressiva, pode, o que não é inevitável, esgarçar a força delicada da palavra amizade.
Já a palavra força cai bem em qualquer mistura.
Outro cuidado importante é não lavar demais as palavras
sob o risco de perderem o sentido.
A sujeirinha cotidiana, quando não é excessiva,
produz uma oleosidade que dá vigor aos sons.
Muito importante na arte de lavar palavras
é saber reconhecer uma palavra limpa.
Conviva com a palavra durante alguns dias.
Deixe que se misture em seus gestos, que passeie
pela expressão dos seus sentidos. À noite, permita que se deite, não a seu lado mas sobre seu corpo.
Enquanto você dorme, a palavra, plantada em sua carne,
prolifera em toda sua possibilidade.
Se puder suportar essa convivência até não mais
perceber a presença dela, então você tem uma palavra limpa.
Uma palavra LIMPA é uma palavra possível.
Reconhecimento
Haroldo de Medeiros
Obrigado Senhor
Por tudo que me destes em minha vida.
Até pelos momentos que me senti infeliz
Em Ti encontrei a luz do meu caminho,
Não sinto mais minha alma perdida
Conserva em mim Senhor a Tua luz
Conserva em mim a Tua paz
Seja ó Pai meu sustentáculo
Não permita que eu caia uma vez mais
Obrigado Senhor!
Obrigado meu Pai!
Obrigado Senhor!
Obrigado meu Pai!
Recordando...
Isadora Cristina Jacob Moreira
Você forçou a barra isistentemente...
Entrou na minha vida sorrateiramente.
Te aceitei... te acolhí... te amei ...
Pouco tempo ficou, porque partiu, não sei.
Hoje... Na porta dos meus pensamentos
você abre uma fresta,penetra e vaga
Se mostra por inteiro, numa saga
de confusos e dispersos sentimentos.
No borborinho intenso das horas,
tento alcançá-lo inutilmente...
O mundo girou tão rapidamente.
Você ficou inserido no passado...
Não sei se tem amor na eternidade,
mas, ter você foi minha felicidade !
Reencontro
Fátima Bindes
Estou sempre a pensar em ti. Apaixonada pela idéia de tê-lo ao meu lado. Quero muito estar mais próxima. Sei que reservas sentimentos nobres mas precisamos "dialogar mais","ouvir mais", escrever mais","viajar mais", aprender mais", reaprender mais", "querer mais". Tudo mais, pois é assim que eu vejo o nosso reencontro. Olha que qualquer dia desses faço-lhe uma 'SURPRISE', e aí terás a CONVICCÃO que propostes. Lembra?
REENCARNAR, PRA QUÊ?
Zíbia Gasparetto
Assim como as pessoas têm muito medo de morrer porque não sabem o que irão encontrar na outra dimensão, os espíritos que estão vivendo no astral têm medo de reencarnar.
Esquecer o passado e mergulhar no mar encalpelado do mundo, enfrentar seus próprios limites e os desafios de seu crescimento é assustador. Controlar as emoções, ordenar a mente, experimentar as próprias idéias e enfrentar os resultados requer coragem, persistência. Ficar entregue ao próprio discernimento, tomar decisões, ser responsável pelo próprio destino atemoriza.
Para o espírito, reencarnar é como vestir um escafandro e mergulhar nas profundezas do oceano. O corpo de carne tem um metabolismo lento, muito diferente da vida astral, onde tudo é mais dinâmico e rápido. Lá, a força do pensamento materializa rapidamente os objetivos, de acordo com a capacidade de cada um, criando e movimentando os elementos.
Aqui, na Terra, nossos projetos levam muito mais tempo para se tornar realidade. Para construirmos um edifício levamos muitos meses, enquanto lá eles o fazem em algumas horas..
- Como?! Há prédios no astral? – alguns vão perguntar.
Há prédios, ruas , cidades, tudo. O que chamamos de astral são os mundos das outras dimensões do universo.
Cada um deles gravita em determinada faixa de ondas, possui um magnetismo próprio e, para os que vivem lá, tudo é tão sólido quanto para nós é nosso mundo.
Não os podemos ver porque nossos olhos enxergam apenas em limitada faixa de percepção, o que não os impede de continuar existindo. A limitação é nossa. Os micróbios existem, mas só os podemos ver se tivermos um microscópio.
- Se eles têm medo, porque reencarnam?
Para reeducar o emocional. No astral as emoções são muito mais fortes e profundas. A tristeza, o remorso, o arrependimento, a frustração, a mágoa tornam-se insuportáveis e chega um momento em que, cansado de suporta-las, o espírito aceita nascer na Terra. Para ele, o esquecimento será uma bênção. O magnetismo lento permitirá que ele medite mais, experimente, reflita, conheça-se melhor e amadureça.
Reencarnar na Terra é começar de novo. Todas as lembranças do passado são guardadas no inconsciente temporariamente e, embora possam influenciar intuitivamente o espírito reencarnado, ele estará em sintonia com o cérebro do novo corpo, que como um filme virgem vai registrar as novas experiências. Não é genial?
A vida, mágica e divina, vai tecer os acontecimentos, juntar pessoas, de acordo com as necessidades daquele espírito, e criar estímulos a que ele se torne mais consciente, liberte-se dos antigos padrões de crença que o levaram ao sofrimento. Se ele aproveitar, voltará ao astral mais lúcido e feliz.
A vida é um eterno agora, e nós continuaremos sendo o que fizermos de nós, seja onde for que passemos a viver. Enfrentar nossas dificuldades desde já, fazer nosso melhor, é construir nossa paz.
REENCONTRO
Fênix Faustine
DEUS:
Passei tanto tempo te procurando
Não sabia onde estavas, olhava para o infinito,
Não te via e pensava comigo mesmo,
Será que Tu existes?
Não me contentava na busca e prosseguia,
Tentava te encontrar nas religiões e nos templos,
Tu também não estavas
Te busquei através dos sacerdotes e pastores,
Também não te encontrei.
Senti-me só, vazio, desesperado e descri,
E na descrença te ofendi, e na ofensa tropecei,
E no tropeço caí, e na queda senti-me fraco.
Fraco procurei socorro, no socorro encontrei amigos,
Nos amigos encontrei carinho, No carinho eu vi nascer o amor,
Com o amor eu vi um mundo novo e no mundo novo resolvi viver.
O que recebi, resolvi doar;
Doando alguma coisa, muito recebi,
E recebendo senti-me feliz
E ao ser feliz encontrei a paz e tendo a paz
Foi que enxerguei que dentro de mim é que Tu estavas,
E sem procurar-te foi que te encontrei.
Fênix
REFLEXÕES (IV)
Gilka Machado
Eu sinto que nasci para o pecado,
se é pecado, na Terra, amar o Amor;
anseios me atravessam, lado a lado,
numa ternura que não posso expor.
Filha de um louco amor desventurado,
trago nas veias lírico fervor,
e, se meus dias a abstinência hei dado,
amei como ninguém pode supor.
Fiz do silêncio meu constante brado,
e ao que quero costumo sempre opor
o que devo, no rumo que hei traçado.
Será maior meu gozo ou minha dor,
ante a alegria de não ter pecado
e a mágoa da renúncia deste amor?!...
Relacionamentos de uma “Vida Inteira” te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida.
Martha Medeiros
Pare aqui e simplesmente SORRIA.
“Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro,
Ame como se você nunca tivesse sido magoado, e dance como
se ninguém estivesse te observando.”
“O maior risco da vida é não fazer Nada"
3 comments Novembro 22, 2006
Eu desejo que desejes
Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido,
desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas,
mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado
depois de correr ou um abraço ao chegar em casa,
desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.
Mas desejo também que desejes com audácia,
que desejes uns sonhos descabidos
e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração,
mas os mantenha acesos, livres de frustração,
desejes com fantasia e atrevimento,
estando alerta para as casualidades e os milagres,
para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.
Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras,
que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe
e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer
e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro,
eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.
Mas desejo também que desejes uma alegria incontida,
que desejes mais amigos, e nem precisam ser melhores amigos,
basta que sejam bons parceiros de esporte e de mesas de bar,
que desejes o bar tanto quanto a igreja,
mas que o desejo pelo encontro seja sincero,
que desejes escutar as histórias dos outros,
que desejes acreditar nelas e desacreditar também,
faz parte este ir-e-vir de certezas e incertezas,
que desejes não ter tantos desejos concretos,
que o desejo maior seja a convivência pacífica
com outros que desejam outras coisas.
Desejo que desejes alguma mudança,
uma mudança que seja necessária e que ela não te pese na alma,
mudanças são temidas, mas não há outro combustível para essa travessia.
Desejo que desejes um ano inteiro de muitos meses bem fechados,
que nada fique por fazer, e desejo, principalmente,
que desejes desejar, que te permitas desejar,
pois o desejo é vigoroso e gratuito, o desejo é inocente,
não reprima teus pedidos ocultos, desejo que desejes vitórias,
romances, diagnósticos favoráveis, mais dinheiro e sentimentos vários,
mas desejo, antes de tudo, que desejes, simplesmente.
Martha Medeiros
1 comment Novembro 22, 2006
Despedida
Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.
Martha Medeiros
2 comments Novembro 22, 2006
Obrigada por insistir
Até o mais seguro dos homens e a mais confiante das mulheres já passaram por um momento de hesitação, por dúvidas enormes e dúvidas mirins, que talvez nem merecessem ser chamadas de dúvidas, de tão pequenas. Vacilos, seria melhor dizer. Devo ir a este jantar, mesmo sabendo que a dona da casa não me conhece bem? Será que tiro o dinheiro do banco e invisto nesta loucura? Devo mandar um e-mail pedindo desculpas pela minha negligência? Nesta hora, precisamos de um empurrãozinho. E é aos empurradores que dedico esta crônica, a todos aqueles que testemunham os titubeios alheios e dizem: vá em frente!
“Obrigada por insistir para que eu pintasse, que eu escrevesse, que eu atuasse, obrigada por perceber em mim um talento que minha autocrítica jamais permitiria que se desenvolvesse.”
“Obrigada por insistir para que eu fosse visitar meu pai no hospital, eu não me perdoaria se não o tivesse visto e falado com ele uma última vez, eu não teria ido se continuasse sendo regida apenas pela minha teimosia e orgulho.”
“Obrigada por insistir para que eu conhecesse Veneza, do contrário eu ficaria para sempre fugindo de lugares turísticos e me considerando muito esperta, e com isso teria deixado de conhecer a cidade mais surreal e encantadora que meus olhos já viram.”
“Obrigada por insistir para que eu fizesse o exame, para que eu não fosse covarde diante das minhas fragilidades, só assim pude descobrir o que trago no corpo para tratá-lo a tempo. Não fosse por você, eu teria deixado este caroço crescer no meu pescoço e me engolir com medo e tudo.”
“Obrigada por insistir para eu voltar pra você, para eu deixar de ser adolescente e aceitar uma vida a dois, uma família, uma serenidade que eu não suspeitava. Eu não sabia que amava tanto você e que havia lhe dado boas pistas sobre isso, como é que você soube antes de mim?”
“Obrigada por insistir para que eu deixasse você, para que eu fosse seguir minha vida, obrigada pela sua confiança de que seríamos melhores amigos do que amantes, eu estava presa a uma condição social que eu pensava que me favorecia, mas nada me favorece mais do que esta liberdade para a qual você, que me conhece melhor do que eu mesma, apresentou-me como saída.”
“Obrigada por insistir para que eu não fosse àquela festa, eu não teria agüentado ver os dois juntos, eu não teria aturado, eu não evitaria outro escândalo, obrigada por ficar segurando minha mão e ter trancado minha porta.”
“Obrigada por insistir para eu cortar o cabelo, obrigada por insistir para eu dançar com você, obrigada por insistir para eu voltar a estudar, obrigada por insistir para eu não tirar o bebê, obrigada por insistir para eu fazer aquele teste, obrigada por insistir para eu me tratar.”
Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo.
Martha Medeiros
1 comment Novembro 14, 2006
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Relíquia - Tema do livro Sra. Liumbberg (keidylee.blogspot.com)
Keidy Lee Jones
Dedico-te minha mais sincera poesia
Do mais sincero sentimento
Do mais eterno dos momentos
Do mais sutil dos afagos.
Dedico-te meu amor inteiro
Minha vida toda ela
Meu tempo a ouvir teus segredos
Meu templo és nosso senso
De amor e enleio.
Dedico-te minha amada
Minha mão em teus cabelos
Por completa a minha alma
Tu és poesia, minha relíquia
O verso mais bem guardado
Que escrevo em minha vida
Sobre um coração apaixonado.
Sua alma dedicada
A minha alma agora está
A luz que abrilhanta
Nosso olhar a enlaçar
Abençoa nosso amor
A força que abençoa o céu e o mar.
Remédio para frio na alma.
Adroaldo Bauer
Pra um tanto frio assim na alma, cobertor algum adianta.
Importa mais se o esqueça. Não aquenta.
Melhor se invente novo amor já, calor assegurado, mais perfeito,
Conforto do coração, sanidade da cabeça.
Melhor remédio inexiste, nem se fica mais um tempo triste.
Amar é um estado quase de graça.
Desamor que aconteça, o remédio é novo amor.
Não é mero placebo. É fato provado, abismado percebo.
20. 07.2008
REFUGIO!
rodrigo of filth
ONDE ESTAS MINHA ALMA QUE DEIXASTE MINHA EXISTENCIA
POR ONDE AS AVES NOTURNAS VAGUEAM ENTRE AS ESTRELAS
ONDE FOI PARAR O SOM RUIDOSO DO SINO DA CAPELA DO CEMITERIO
VEJO MILHARES DE ALMAS PENADAS ETOANDO O HINO DOS MORTOS
AGORA MEUS OLHOS JÁ NÃO BRILHAM MAIS ...
PORQUE MEU SOFRIMENTO TEM NOME E SOBRENOME
MEU CORAÇÃO JÁ NAO BATE MAIS COM FUGOR!
POIS ELA MATOU O QUE EU MAIS PRESAVA EM MINHA VIDA
DESPESSO DESDE MUNDO SEM CORAÇÃO COM UMA DOR
INSURPORTAVEL DE MAIS, COMO UMA ESPADA ME ATRAVESASSE
RASGANDO MEU CORPO E MINHA ALMA SOLITARIA....
BUSCO EM MEIO AS NUVENS ESCURAS DO CEU NEBULOSO
MEU DESCANSO E MEU REFUGIO PRA NUNCA MAIS SER ENCONTRO
POR NINGUEM E MORREREI NO SILENCIO EM MEIO A VASTIDÃO..
Renova-te.
Cecília Meireles
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.
RESERVE TEMPO
Autor Desconhecido
Reserve um tempo para rir. Esta é a música da alma.
Reserve um tempo para ler. Esta é a base da sabedoria.
Reserve um tempo para pensar. Esta é a fonte do poder.
Reserve um tempo para trabalhar. Este é o preço do êxito.
Reserve um tempo para divertir-se. Este é o segredo da eterna juventude.
Reserve um tempo para sonhar. Este é o caminho para chegar às estrelas.
Reserve um tempo para amar. Ser amado é o privilégio do ser humano.
Reserve um tempo para a oração. Este é o caminho para a felicidade.
Deus tem um plano para você. Acredite que todos nós somos amados por Ele já há muito tempo, e somente nós é que não sabíamos!!!
Resolvi te escrever essa mensagem
Flavius Versadus
Para te lembrar que talvez um dia
Eu não esteja mais aqui...
Mas quero que saiba que a imagem
Que encantou estas pupilas, foi a da alegria
No envolver carinhoso que me vestiu de ti.
Quero que saiba, ser maravilhoso
Que em meu coração serás eterna
Quem sabe um dia tornemos a nos ver...
Quem sabe um dia esse coração ansioso
Possa eu afagar de um jeito mais terno
Se essas almas acharem de renascer.
Te ver feliz é o que mais quero
Onde quer que vás tens o meu desejo
O meu pensamento, 'Deus te proteja'...
E nesse momento o que mais espero
É que sinta que o vento no rosto lhe beija
Farei-me na brisa que te acarinha e corteja.
O mundo te merece mais agora, do que eu
Singrando os mares com sua barca de luz
O seu encouraçado de emoções e amor...
Navegando no bem como a si resolveu
Permitindo ancorar, sua estrela conduz
No cais apaixonado da paz interior.
Flavius Versadus
RETICÊNCIAS ... PARA SEMPRE
Arturo Angelin
Sabe quando você sentia aquele frio na barriga?
Sabe quando seu coração acelerava ao ver a pessoa amada?
Sabe quando você a olhava de longe, sem que ela percebesse?
Sabe o dia em que você a olhos nos olhos e disse Adeus?
Foi nessa hora que você a perdeu,
Foi nessa hora...
Você a amava, sabia, mas não cuidou dela
As coisas não são tão fáceis na vida real
Sonhos servem apenas como modelos
Mas é a realidade que você precisa viver
Volte a sentir o frio na barriga
Faça seu coração acelerar de novo
Olhe-a de perto dessa vez, mas...
Ame... viva... perca o medo...seja feliz...
RIO SIM
Maya Postigo
Eu rio sim
Eu rio porque rir me faz rir mais
Eu rio porque encontro motivos para chorar e são esses que fazem rir
Rir para disfarçar
Rir para não sofrer
Rir para não desacreditar
Rir para viver uma vida mais alegre
Rir de chorar
Rir de amar
Rir de sofrer
Rir sem saber o porquê, afinal eu não preciso saber mesmo.
Eu rio por uma vida mais feliz
Restos do Carnaval
Clarice Lispector
Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao carnaval. Até que viesse o outro ano. E quando a festa já ia se aproximando, como explicar a agitação que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.
No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem. Duas coisas preciosas eu ganhava então e economizava-as com avareza para durarem os três dias: um lança-perfume e um saco de confete. Ah, está se tornando difícil escrever. Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.
E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.
Não me fantasiavam: no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para carnaval de criança. Mas eu pedia a uma de minhas irmãs para enrolar aqueles meus cabelos lisos que me causavam tanto desgosto e tinha então a vaidade de possuir cabelos frisados pelo menos durante três dias por ano. Nesses três dias, ainda, minha irmã acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça - eu mal podia esperar pela saída de uma infância vulnerável - e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice.
Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino Rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com os quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira.
Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga - talvez atendendo a meu mudo apelo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel - resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.
Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Nunca me sentira tão ocupada: minuciosamente, minha amiga e eu calculávamos tudo, embaixo da fantasia usaríamos combinação, pois se chovesse e a fantasia se derretesse pelo menos estaríamos de algum modo vestidas - àidéia de uma chuva que de repente nos deixasse, nos nossos pudores femininos de oito anos, de combinação na rua, morríamos previamente de vergonha - mas ah! Deus nos ajudaria! não choveria! Quando ao fato de minha fantasia só existir por causa das sobras de outra, engoli com alguma dor meu orgulho que sempre fora feroz, e aceitei humilde o que o destino me dava de esmola.
Mas por que exatamente aquele carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico? De manhã cedo no domingo eu já estava de cabelos enrolados para que até de tarde o frisado pegasse bem. Mas os minutos não passavam, de tanta ansiedade. Enfim, enfim! Chegaram três horas da tarde: com cuidado para não rasgar o papel, eu me vesti de rosa.
Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso. Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge - minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa - mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil - fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval. A alegria dos outros me espantava.
Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido, sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.
Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos já lisos de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa.
in "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998
RIQUEZA E POBREZA
Fênix Faustine
Um dia um pai de família rica, levou seu filho para o interior com o firme propósito de mostrar quanto as pessoas podem ser pobres.
Eles passaram um dia e uma noite na fazenda de uma família muito pobre.
Quando retornaram da viagem o pai perguntou ao filho:
- Como foi a viagem?
– Muito boa Papai!.
– Você viu como as pessoas podem ser ?
E o que você aprendeu ? – O pai perguntou.
O filho respondeu:
- Eu vi que nós temos um cachorro em casa, e eles tem quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim,
eles tem um riacho que não tem fim.
Nós temos uma varanda coberta
e iluminada com luz,
eles tem as estrelas e a lua .
Nosso quintal vai até o portão de entrada , eles tem uma floresta inteira.
Quando o pequeno garoto estava acabando de responder , seu pai ficou estupefato. O filho acrescentou:
- Obrigado, pai , por me mostrar o quanto pobres nós somos!.
MORAL DA HISTÓRIA:
Tudo o que temos depende da maneira como olhamos para as coisas.
Se temos amor, amigos, saúde bom humor e atitudes positivas para com a vida, temos tudo! Se somos “ pobres de espírito,
não temos nada.