Brilhe!
Sirlei L. Passolongo
Perguntei ao sol
Qual o segredo
Para sempre iluminar
Ele respondeu:
Perca o medo
Deixe seu coração falar
Perguntei a flor
Qual a magia
Para tudo perfumar
Ela respondeu:
Sorria!
Só amor irá exalar
Perguntei a lua
Qual o mistério
Para o poeta inspirar
Ela disse baixinho:
Aceite o brilho dos outros
Você também pode brilhar!
BUSCO VC
carlos
Busco a canção perdida no tempo,
O apelo galante do trovador,
Inspiração para minha lira,
Serena fonte que em mim transpira
Paz e ternura, fé e louvor...
Busco o céu, busco o luar,
As andorinhas do arrebol,
As florezinhas da primavera,
As esperanças da nova era,
O lusco-fusco do pôr-do-sol...
Busco o sorriso dos venturosos,
A apatia dos mal-amados,
O canto triste dos perdedores,
A alegria dos sonhadores,
Busco o desejo dos namorados...
Busco a ilusão, busco a bonança,
Busco a paixão, a fantasia,
O misticismo que d’alma jorra,
O despeitado que vai à forra,
Busco a mensagem da poesia...
Se tanto busco e busco tanto,
Tanto procuro, bem sei por quê...
Em cada verso, em cada trova,
A minha busca é minha prova:
Busco o amor... busco você!...
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Luis de Camões
para matar me, e novas esquivanças;
que não pode tirar me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê.
Cada momento contigo é especial, diferente do anterior. Cada segundo partilhado torna-se numa experiência jamais anteriormente sentida.
Autor Desconhecido
Por todos os loucos momentos, por todos os risos, por todas as lágrimas...pelos abraços apertados, pelos "obrigadas", pelos "perdoas-me", pelos beijos roubados, pelos doces partilhados, pelas birras inventadas, por todos aqueles momentos em que fomos egoístas e esquecemos o mundo, centrando-o só em nós…Amo-te. Um ano depois o nosso amor continua a crescer e a dar frutos todos os dias e a cada sorriso meu, a cada olhar teu, a cada beijo nosso…sei que não há outro sítio no mundo onde eu possa estar, senão perdida no teu seguro abraço.
Amo-te muito, meu amor.
Cada vez que ponho uma máscara para esconder minha realidade, fingindo ser o que não sou, fingindo não ser o que sou, faço-o para atrair o outro e logo decubro que só atraio a outros mascarados distanciando-se dos outros devido a um estorvo: a máscara.
Gilbert Brenson Lazan
Faço-o para evitar que os outros vejam minhas debilidades e logo descubro que, ao não verem minha humanidade, os outros não podem me querer pelo que sou, senão pela máscara.
Faço-o para preservar minhas amizades e logo descubro que, quando perco um amigo, por ter sido autêntico, realmente não era meu amigo, e, sim, da máscara.
Faço-o para evitar ofender alguém e ser diplomático e logo descubro que aquilo que mais ofende às pessoas, das quais quero ser mais íntimo, é a máscara.
Faço-o convencido de que é o melhor que posso fazer para ser amado e logo descubro o triste paradoxo: o que mais desejo obter com minhas máscaras é, precisamente, o que não consigo com elas.
CADÁVER
Autor Desconhecido
Ofereceste teu coração à quem nunca soube teus sentimentos;
Abriste teu cérebro para quem nunca soube teus mistérios ou pensamentos;
Deste tuas mãos para quem nunca soube o peso que carregaram;
Destes teus pés para quem nunca soube os caminhos que percorreram;
Vimos teus olhos mas nunca saberemos as visões que tiveram;
Expuseste teu corpo ao nosso bisturi...
Nós, que ainda assim, te nomeamos indigente!
CAMINHOS DA VIDA
Fênix Faustine
Quando cortas uma flor para ti,
começas a perdê-la...
Porque murchará em tuas mãos e não se fará semente para outras primaveras.
Quando aprisionas um passarinho para ti,
começas a perdê-lo...
Porque não mais cantará no bosque para ti e nem criará outros passarinhos em seu ninho.
Quando não arriscas tua liberdade para tê-la,
começas a perdê-la...
Porque a liberdade que tens se comprova
quando te atiras optando e decidindo.
Quando não deixas partir o teu filho para a vida,
começas a perdê-lo...
Porque nunca o verás voltar para ti livre e maduro.
Lembre-se sempre: Não existe preço
para a Liberdade, mas uma belíssima
recompensa para quem a utiliza com
desprendimento de alma ...
Ter para sempre, junto a si a Fidelidade daqueles que livres dos grilhões, se comprazem em serem seus eternos admiradores!
Quem Ama ... Liberta com a certeza
da volta espontânea ao aconchego!
Aprende no caminho da vida
A paradoxal lição da experiência:
Sempre ganhas o que deixas
E perdes o que reténs...
Campainhas de pátio tocam de novas
Amy Lee
Nuvens chuvosas vêm para brincar de novo
Ninguém lhe disse que ela não está respirando?
Olá, eu sou a sua mente lhe dando alguém para dizer.
Olá
Se eu sorrir e não acreditar,
Logo eu sei que irei acordar deste sonho
Não tente me consertar, eu não estou quebrada.
Olá,
Eu sou a mentira vivendo para você poder se esconder
Não chore,
De repente eu sei que não estou dormindo.
Olá, eu ainda estou aqui.
Tudo o que restou de ontem.
Canção de Amor
Rainer Maria Rilke
Como hei-de segurar a minha alma
para que não toque na tua? Como hei-de
elevá-la acima de ti, até outras coisas?
Ah, como gostaria de levá-la
até um sítio perdido na escuridão
até um lugar estranho e silencioso
que não se agita, quando o teu coração treme.
Pois o que nos toca, a ti e a mim,
isso nos une, como um arco de violino
que de duas cordas solta uma só nota.
A que instrumento estamos atados?
E que violinista nos tem em suas mãos?
Oh, doce canção.
CANÇÃO DE OUTONO
Cecília Meireles
Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o própro coração?
E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...
Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
Canção para Ana Luisa
Jaak Bosmans
Como te dizer?
Não sei!!!!
Não, não preciso mais falar!!!
Nem mesmo esperar.
Apenas te pensar.
Podendo sentir sempre.
Seu encanto.
Que agora é todo o meu canto!!
Jaak Bosmans
Cansastes das passadas
mfpoton
que vão caindo para trás
que insiste em não avançar
queres tanto seguir
em frente
de embaraços
mas como...
se não podes seguir sem par
se para trás é fácil
não olhar,
mas para o lado
não tens como evitar
Olhar para frente em par,
pois a natureza induz ao par
como negar...
em par de idéias
aconchego
não de escoras
que te invalidam
a vida
aprender a seguir
sem negar
negando sempre...
Canção da América
Milton Nascimento
Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.
Canção do amor
Talytha.
Talvez seja ele esse alguém
O negro dos olhos que me invade
Que não conseguirei esquecer
O sorriso que me traz paz
O sonho de toda uma vida
Um misto de prazer e dor
Talvez seja ele a canção do pássaro solitário
Que flutua no infinito, vagando
À procura da lembrança eternizada
Que traz a tona o gosto do beijo
A dor da saudade
O sopro da alma
Talvez seja ele esse alguém
O encontro do que eu havia perdido
Perdido em mim o que ele mesmo procurava
Nosso encontro
Só daí vi minha lua que voava
Indo ao desconhecido já vivido
Sentindo o desejo, o cheiro, o gosto
Com a língua do infinito
E quando o filme parecia ter acabado
Surge-me Ébano, alma da minha alma
E assim pude tocar os olhos do teu interior
E colar a boca do desejo em teu espírito
E respirar teu corpo
Estávamos sós
Estávamos nós
Canta, meu amor
Como o canto do pássaro
Que é livre e leve
Que descobriu não ser mais solitário
Meu leito te espera
Meu seio te eterna
E eu o canto nossa história
cansado
fabricio albert
Procuro alguém que goste de mim
Alguem que me faça sorrir
Alguém que me faça chorar
Alguem que não seja você
Cansei de escutar suas mentiras
tentar descobrir suas verdades
cansei de ser teu anjo da guarda
aquele que vc pede e pouco agradece
la la la ra
Refrão:
A partir de agora
vou cuidar de mim
não quero mais saber
da sua vida
procuro alguem que nao tenha medo,
medo de ser feliz
medo de arriscar
medo que nao seja igual ao seu
cansei de escutar vc dizer
q vc quer é ser perfeita
cansei de te proteger
de fingir que ta td bem
LA la la ra
Refrão:
A partir de agora
vou cuidar de mim
não quero mais saber
da sua vida
CANTADAS PARA MULHER FEIA
Renatinho
1) Vc tem fogo?
- Sim!
- Então cospe,dragão.
2) Vc tem telefone?
- Tenho
- Então vende e faz uma plástica.
3) Uma mulher feia passa por você e quando ela estiver de costas,
grite bem alto: “volta, volta, volta...“ Quando ela
olhar pra trás toda feliz complete a frase: “Volta pro buraco de
onde tu saiu!“
4) Vc não é feia, a sua beleza que é rara!
5) Alguém já lhe disse que vc é linda?
-Não!
-Mas claro, quem conseguiria mentir tanto assim...
6) Quando três meninas estiverem andando na rua vc, diz:
“olha as 3 graças: a Sem Graça, a Desgraça e a nem de Graça“
7) Cuidado! Mulher feia e urubu comigo é na pedrada.
8) Vc é bonita... Pena que está no planeta errado.
9) Me dá seu telefone.
- Pra que?
- Pra eu nunca ligar, nem por engano!
10) Vc não é feia... Apenas nasceu diferente.
11) Olha que miss...misspanta!
12) A natureza castiga, mas o que ela fez contigo foi sacanagem
Cântico
Hélio Pereira Banhos
A Linda
Linda, linda este amor que me envolver
Eu quero te amar, te amar, para sempre
Linda, linda este teu jeito de menina
Deixe- me aproximar, aproximar dos seus carinhos ou, o, o
Linda a linda eu te amo meu amor ho, ho, ho
Eu quero sentir você, mais perto de mim
Linda o linda
Você é o meu amor ho,ho,ho
Sabe que o meu amor, meu amor por você é para sempre, hi, hi, hi
Linda eu te amo, e quero ser de você, He, He
Linda o lindo eu sinto a sua voz me chamar para o amor
Chama-me, me chama
Linda o lindo eu te amo meu amor, ho,ho,ho.
Hélio Pereira Banhos 27/10/2007.
Cantiga para não morrer
Ferreira Gullar
Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.
CARINHO ESPECIAL...
Autor Desconhecido
CARINHO especial é aquele amor
que independe do "estar" junto,
basta "sentir-se" junto...
é amor que mesmo longe,
dá calor... Dá prazer e satisfação...
traz vida e alegria ao coração...
Esse é de verdade, um grande
e lindo amor...
Sentido com a alma... Com
o pensamento, o coração se
acalma... Acaba com o tormento...
Pois esse é um lindo amor,
que mesmo na ausência é sentido,
cura um coração dolorido...
É realmente... Um amor especial
Faz sentir a presença do ausente,
Diminui a saudade que se sente,
Daquela pessoa tão querida,
Tão necessária à própria vida...
Canto para Minha Morte
Raul Seixas e Paulo Coelho
Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Canto para Minha Morte
Raul Seixas Paulo Coelho
Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Caríssimo Amigo,
Fátima Bindes
Essa premissa maior é para agradecer por ter você comigo,
a sua amizade, a sua sensibilidade, e a sua sutileza em atos e atitudes.
Faz tempo que você tem "marcado" presença em meu viver seja em pensamento, coração, imagem, gestos palavras(poucas não?),
mas acima de tudo na demonstração de um grandioso e terno carinho por mim.
Normalmente não sou muito afeita a declarações do meu interior. Sou mais ouvinte, gosto de entender e passo horas a ler, a ouvir o que o outro tem a me relatar. Às vêzes chego a pensar que deveria ser psicóloga e não ter-me graduado em biblioteconomia,
mas sinto que em matéria de entender o próximo a interdiciplinariedade das ciências é o que vale.
Veio a inspiração e com força total, desde muito cedinho, logo ao levantar-me, onde preparo um gostosinho café "preto", alguns acordes sonoros de música clássica, o espiar da janela, ouvir pássaros cantando, as árvores, sim aqui na minha rua(ora minha), maneira de dizer tem tudo isso e claro pensei, refleti, lembrei, questionei e surge (Você), no meio de todo esse despertar de mais uma dia de vida e para a vida. Por isso meu amigo, hoje especialmente hoje quero enviar um gostoso e borbulhante beijo do fundo do meu CORAÇÃO PARA O SEU LINDO E SENSÍVEL CORAÇÃO.
Carta ao meu pai
Fátima Bindes
Ela é singela. É para o meu pai/ ou mais ainda/ para todos os pais
Que doam em generosidade o amor aos filhos.
Há algumas epígrafes sobre o meu pai,
O meu amado João Maciel de Azevedo/ o Senhor “Zeca Sapateiro” /.
Um artesão da arte de moldar os pés humanos/ e a cela dos animais /
No dia a dia, o cotidiano engole as possibilidades de intimidades/.
O filho cresce/ torna senhor de sua história/ não reserva momentos de encontros, homenagens e não diz.
OBRIGADO!
Transcorrem anos a imagem de algo que deixou de ser dito/
Revelado e reconhecido passa...
Bate então à nossa consciência o coletivo espiritual, o falar ao nosso pai.
Ainda hoje sinto a ausência do papai/ de nossas conversas sobre política/ filhos/espiritualidade/ de sua amável companheira( claro, minha mãe - Dna. Nessy)/
Que juntos nos educaram dentro de princípios e valores
Da honradez, da moral e da dignidade.
Papai possuía uma personalidade forte, destemida, ousada, humana e fraterna.
Sua genética? Ótima. Sua origem? Índio/ Negro/ Branco.
Mas de face tranqüila e traços delicados e bonitos.
Pai, obrigado pelo Senhor Ter Existido.
Que Deus, em sua infinita misericórdia, o ampare sempre.
Um dia nos encontraremos.
Abraço grande,
De sua querida e amada filha,
Fátima
CaRta De MiM pArA Ti
Miwara
Estas são as palavras que nunca te direi meu amor, quero apenas que escutes as palavras que o meu coração em silêncio te diz.Falar nunca foi o meu forte (tu sabes disso), mas hoje não me conti...Ontem a noite perguntas-te me se sei quem sou, e eu..subitamente aterrorizada desviei o olhar. Não, não sei...e também não ouso dizer-te em palavras, nem ouso deixar nos teus olhos, o reflexo das minhas lágrimas. Nem nas tuas mãos, as minhas mãos frias e trémulas...então triste procurei a ambiguidade relachante do vazio, e fiz o que sempre faço, tranquei-me no meu quarto, mesmo sabendo que o teu abraço seria o meu porto seguro, fiquei calada, pois tinha medo...pois so tu sabes as tempestades que juntos enfrentamos..tu disseste para eu nao fugir, e que juntos venceriamos, mas eu precisava do silêncio...o silêncio desde miuda me ajudou a perceber onde estou desafinando na vida...fui pra janela, senti conforto no vazio da noite, dúvidas invadiram a minha mente...Duvidas e mais duvidas denunciam-me os gestos, desajeitados, demasiado rápidos e nervosos. Como sempre! E como sempre, refugio-me por detrás das paredes, do meu sepulcral silêncio! Não sei mentir…Perguntaste-me se sei o que procuro nas subtérreas e escusas gavetas da minha perene inquietação e eu, uma vez mais, disfarçei com um sorriso leve, tão neutro quanto possível e um rápido piscar de olhos…Tudo me veio a lembrança, e o meu olhar aflito ainda perdido no meu eu, no vazio da distância, em busca de um ponto onde se fixar. Minhas mãos trémulas, cada vez mais inquietas, a remecher continuamente o labirinto do meu coração.Se ao menos te soubesse responder…se ao menos não parasse de pensar na decepção ao descobrir, o homem, imperfeito, por detrás do modelo que inventaste,e te ajudei a inventar sem saber...quando consentidamente te anulaste pelo prazer de me agradar.Se ao menos não tivesses escondido de mim, por tanto tempo, as mascaras que por intuição, uns e outros desejavam, ao ponto de me habituar a elas e me refugiar de mim...Se ao menos pudessemos começar do zero, depois de nos termos perdido no teatro do nosso namoro...Perguntas-me se sei porque contraponho sempre tantas dúvidas às certezas que ja alcancei...acreditas mesmo nisso? Como se tivesse alguma certeza...Não sei! Não, não sei... Grito, em surdina, dos confins do meu corpo e tudo em mim, respira e se agita, vivendo a angústia desse grito. Nem sei, sequer, porque padeço e desespero e ainda assim, insisto sempre na descoberta do que não é vísivel…Não sei, mas sinto que me desdobro, que há pelo menos mais uma vida, feita de incongruências, de singulares imperfeições e de verdades inconfessáveis, a pulsar dentro da vida que irreflectidamente escolhi viver… Não sei, mas sinto, com o latejante e sofrido coração desta alma vagabunda que carrego de vidas para vidas, que o que é vísivel aos olhos, não tem que ser, infalivelmente, verdadeiro nem, tão pouco, necessário para se ser feliz. E é o pressentimento vivo e sagaz dessa segunda presença de vida, em mim, que me faz cogitar e suspeitar que, hoje, talvez a única coisa realmente válida e importante na minha vida, seja este incessante e tumultuoso mar de dúvidas que transporto numa, cada vez mais, alucinante viagem ao interior da minha própria identidade…Esta é uma carta sem resposta..de mim pra ti. Eu sou parte de ti, juntos nos somos o todo.
Carta do amor que te dei, do amor que recebi.
Certa vez alguém mandou-me escolher, entre:
Autor Desconhecido
"o amor"
"o sorriso de uma criança"
"o perfume de uma flor"
"o brilho das estrelas"
"o orvalho das manhãs"
"a brisa do mar"
e "você"
É claro que escolhi o amor, pois sem ele:
Não compreenderia o sorriso de uma criança,
não me deliciaria com o perfume de uma flor,
não enxergaria o brilho das estrelas,
não sentiria o orvalho das manhãs,
não apreciaria a brisa do mar,
e o mais importante:
"não teria você"