Amo-te!
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Amo-te!
Humano
Insano
Desumano
Amo-te!
Além das sombras...
Além das dores que matizas
n'alma que te alenta
Amo-te!
Na criança que foste um dia
No olhar vazio... No nada...
No reflexo do que pensas ser
Amo-te!
E mais, acredito
em ti o amor não morreu...
Agoniza... Vive!
Amore mio
Dalva Braga
Falei sem ouvir
Sentir sem te ver
De repente pude imaginar
seu toque
Sua voz
Seu carinho, seu amor.
Nada estava escrito
Estamos construindo nossa história
Dois corações e uma história, lembra?
Aonde isso vai nos levar, só Deus sabe.
Mas se depender de mim, já me rendi,
Tomastes conta, e nem percebi.
Invadistes a minha vida
Me trouxestes
Alegria
Paz
União
Companheirismo
Respeito
Verdade
Carinho e
Amor.
Preciso de algo mais?
Não,
Só preciso de você.
ando pela vida ;;sem rumo e sem direção ; no cel busco minha estrela guia,para me guiar ;;;acho k ate ela me abandonou;;pois no cel escuro ...so ha chuva a cair ;k desse pela minha face ;;misturando-se com minhas lagrimas;e caindo na terra ;buscando o riacho ;;k busca o mar
maria lucia g p
assim ando pela vida buscando minha metade
apelo de um coraçao
maria lucia g p
;;;;voce e uma estupida;;;
eu seu coraçao ;sou mas inteligente
que voce;;;eu falo e demonstro o que sinto
voce se cala e diz nao ao o amor ;;;porque;;;
me responda porque;eu seu coraçao falta pouco sair do peito ;e voce se controla;;;deixa o amor ir embora;;;me responda porque;;;agora ;;chora chora sua estupida
seu amor foi- se embora
Aproveite a vida em dozes homeopática...
Maria Izaíra S. Gil
Paulatinamente, faça acontecer.
Obedeça aos seus critérios. E se não tiver nenhum, os faça!
Cuide daqueles que ama, mas não esqueça que para cuidar deles, precisa cuidar de você mesmo.
Olhe dentro de si, e veja além dos mitos, paradigmas, e das frustrações que sofreu.
E como não existe felicidade eterna, crie seus momentos de felicidade.
Aprendendo com as águias
Maria Aparecida Giacomini Dóro
De todas as aves, a que mais amo e admiro é a águia. Ela é usada como símbolo dos que confiam em Deus. Representa coragem e resistência.
Acredito que, se balizássemos nossas vidas pelos princípios instintivos das águias, seríamos muito mais fortes, determinados, corajosos, confiantes, criativos. Experimentaríamos abundantemente a paz, o equilíbrio e a genuína liberdade de ser e estar no mundo.
Aprendi a amar e admirar a rainha das aves depois das valiosas informações que obtive sobre sua trajetória de vida:
1ª - Quando seu filhote ainda mal consegue voar, a águia destrói o ninho com o propósito de impedir que sua cria volte à comodidade. Leva-o às alturas e de lá o atira no abismo da atmosfera a fim de despertar nele a poderosa força de rei das aves. E nós, humanos, o que fazemos com nossos filhos? Também os preparamos para serem independentes e atuarem com coragem e determinação no mundo?
2ª - A águia é filha do sol. Desde pequena, aprendeu a sorvê-lo pelos olhos. Para ensinar essa lição, a mãe-águia segura o filhote em direção ao sol. Acostuma seus olhos ao resplendor solar. É por isso que as águias, desde pequenas, têm os olhos da cor do astro rei. E nós, humanos, o que fazemos com nossos filhos? Também, desde a mais tenra idade, ensinamo-los a sorverem a intensa luz do amor e da ternura, do apreço e da gratidão, da justiça e da solidariedade, da fé e da determinação, da humildade e da flexibilidade, da confiança, da alegria e da paz de espírito, da contribuição?
3ª - O urubu (como a águia) domina as alturas. Porém ela é infinitamente superior. Jamais se contenta com uma alimentação fácil. É das alturas que observa sua ágil e saudável presa. De lá se lança velozmente, empreendendo-lhe a perseguição. Após capturá-la, abate-a e alimenta-se das melhores partes, deixando os restos para os urubus. E nós, humanos, buscamos uma alimentação mais saudável ou preferimos a comodidade dos alimentos prontos, repletos de produtos químicos?
4ª - O que faz a águia diante da tempestade? Onde ela se abriga? Ela não se abriga. Abre suas possantes asas, que podem voar a uma velocidade de 90km/h, e enfrenta a tempestade. Depois de superá-la, voa tranquila, acima da turbulência das nuvens. Ela sabe que as nuvens escuras, a tempestade e os choques elétricos podem ter uma extensão de trinta a cinqüenta metros, mas lá em cima brilha o sol. E nós, humanos, o que fazemos diante das tempestades da vida?Escondemo-nos em ostracismo ou as enfrentamos com coragem e confiança - certos de que, após as dificuldades, conquistaremos a vitória?
5ª - Finalmente, a águia também morre. No entanto, jamais encontraremos seus restos mortais em qualquer lugar. Sabe por quê? Porque, quando ela sente que chegou a hora de partir não se lamenta nem fica com medo. A águia procura o pico mais alto, tira as últimas forças de seu cansado corpo e voa para as montanhas inatingíveis. Aí espera resignadamente o momento final. Até para morrer ela é extraordinária. E nós, humanos, como agimos diante do inevitável? Revoltamo-nos ou aceitamos partir, deixando para o mundo doces lembranças de alguém que ocupou responsavelmente este tempo e espaço no universo; alguém que fez a diferença; alguém que nasceu e viveu intensamente, e não apenas existiu?
Todos nós trazemos em nossa essência uma águia adormecida. Despertemo-la, enquanto há tempo.
As vezes acontecem certas coisas que muita das vezez passam despercebidas.
Fernanda Braga
quantas vezes não foi surpreendida com atos que jamais passou por sua cabeça!
quantas vezes a gente duvida do amor das pessoas, quando na verdade elas nos amam.. muito mais do que imaginamos!
quantas vezes o amor bateu em sua porta e voce simplesmente bateu-a na cara dele!
quantas vezes vc ja tomou atitutes precipitadas!
quantas vezes vc agiu com a cabeça e esqueceu do coração!
Não seria bem melhor pensar mais para que isso não aconteça novamente?!
Ausência...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Ausência...
Por que vestes
o véu da noite
e desnudas minha alma?
Ausência...
Por que gritas
no silêncio
e não ouves meus lamentos?
Ausência...
Por que insistes
ser presença
nos meus gélidos momentos?
Ausência...
Eu preciso te dizer
que não aprendi viver
com tua amarga presença
Baile de máscaras! Você já tem a sua?
( Rosana Braga )
É bem provável que você não tenha apenas uma, mas várias máscaras. Só que, ao invés de usá-las em bailes tradicionais, com data, hora e local apropriados, posso apostar que você usa suas máscaras diariamente, em diversas situações.
Não! Não estou lhe acusando de falsidade ou manipu-lação. Aliás, não estou falando apenas de você, mas de todos nós. Costumamos usar máscaras por diversos motivos. Mas existe uma razão principal para esta escolha: o medo de sermos inadequados e, conseqüentemente, não-aceitos.
Acontece que, ultimamente, tenho percebido que uma máscara em especial está sendo bastante usada, por muitas pessoas. Este uso generalizado parece ter uma intenção muito positiva. Entretanto, mais do que causar verdadeira alegria em quem as usa e também em quem as vê, estou certa de que tem causado muito mais angústia, vazio e distanciamento daquilo que realmente importa.
É a máscara do "eu sou feliz". Claro que ser feliz é muito bom e creio que realmente existam muitas pessoas felizes neste mundo. Mas me parece que os motivos são outros. Deveríamos nos sentir felizes pelo que somos, por nossa família, pelos amigos de longa data, pelo amor que sentimos por algumas pessoas especiais em nossas vidas.
Enfim, parece que deveríamos nos sentir gratos por uma felicidade genuína. Pelo simples fato de estarmos vivos, de termos saúde, de conseguirmos superar dificuldades e termos a oportunidade de nos tornar pessoas melhores por conta disso.
No entanto, a máscara do "eu sou feliz" sustenta um sorriso vazio, um copo de chope na mão, um cigarro na outra e risadas fáceis demais, sem consistência, sem laços de afeto. A máscara cai perfeitamente bem em baladas, rodas de amigos que acabamos de conhecer, departamentos de empresas... mas revela um olhar carente, uma boca triste, um coração sem rumo e solitário quando chega em casa, quando se deita para dormir...
Parece que a moda é estar sempre bem, de preferência o melhor da turma. Sem problemas, sem medos, sem grilos ou neuroses. Algo do tipo sobre-humano, encantador à primeira vista. Faz sentido! Como é que poderíamos nos mostrar fragilizados, falar de dificuldades e compartilhar assuntos mais profundos e humanos se neste momento os amigos mascarados simplesmente desaparecem?
Como é que podemos nos sentir incluídos, parte de um grupo se quando mais precisamos das pessoas elas estão ocupadas demais com suas próprias vidas e morrendo de medo de você? Talvez seja mesmo fundamental o uso de máscaras, senão não suportaríamos a constatação de um mundo abarrotado de pessoas morrendo de solidão e desespero...
Porém, creio que há solução. Creio que há possibilidades. Acredito nas pessoas, sobretudo! Acredito no amor e no desejo real que temos de sermos felizes, sem máscaras.
Assim, arrisco-me a afirmar que precisamos mudar nossos desejos, adequá-los e vinculá-los a objetivos mais coerentes. Repetimos o tempo todo: eu adoro conhecer gente nova, fazer novos amigos. Gente, eu não tenho absolutamente nada contra conhecer gente nova, mas será que este é um objetivo coerente?
E as pessoas que já conhecemos? Precisamos cativá-las, como ensina a raposa do Pequeno Príncipe*. Precisamos nos deixar cativar, aprofundar as relações, criar laços... e isso requer tempo, dedicação, disponibilidade.
Isso requer sentar muitas vezes num sofá, tomar muitos cafés juntos, con-versar, trocar confidências, falar de coração aberto... isso sim é felicidade. Compartilhar a vida, não de forma superficial e mascarada, mas de maneira mais profunda e humana.
Sugiro que você faça uma lista de pessoas de quem você realmente gosta, com quem você supõe que se sentiria feliz em criar laços. Para cada uma delas, reserve um tempo, fique disponível, faça convites mais íntimos. Um chá, uma festa, um encontro no cinema. Qualquer programa, mas vá de peito aberto, disposto a se doar e a receber o outro. Disposto a cativar e ser cativado.
Assim, de laço em laço, estou certa de que já não precisaremos tanto das máscaras. E ficarão cada vez mais diminuídos dentro de nós sentimentos como medo, solidão, tristeza, desespero, confusão e aflição. E sobrará espaço para a tão urgente e necessária solidariedade. Não seja solitário. Seja solidário!
( Rosana Braga )
Canção de Amor
Rainer Maria Rilke
Como hei-de segurar a minha alma
para que não toque na tua? Como hei-de
elevá-la acima de ti, até outras coisas?
Ah, como gostaria de levá-la
até um sítio perdido na escuridão
até um lugar estranho e silencioso
que não se agita, quando o teu coração treme.
Pois o que nos toca, a ti e a mim,
isso nos une, como um arco de violino
que de duas cordas solta uma só nota.
A que instrumento estamos atados?
E que violinista nos tem em suas mãos?
Oh, doce canção.
Caminhos...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
São tantos caminhos...
Decido!
Bagagens... Pra quê?
Se levo amor no coração
Livre, despojada, desapegada sou
Caminhos comuns me confundem...
Desisto!
Busco o novo...
O imponderável!
Livre, despojada, desapegada vou
São tantos caminhos...
Uns, abrasados pelo fogo do amor
Outros, reverenciados por folhas outonais
Uns, embaçados por lágrimas de dor
Outros, iluminados por centelhas vitais
Íngremes ou brandos caminhos...
Não importa!
O que realmente importa
São os passos, a meta... O amor!
Livre, despojada, desapegada sou
E... Num repente,
Corro riscos, assumo falhas
Acerto passos... Sigo em frente!
Choro Sem Lágrimas
Maria Teresa O M Cambronio
Um homem sem água É um homem seco,desidratado
É um homem sem sentido
Um mar sem peixes...
Um homem sem água,
É uma folha sem cor
Um céu sem nuvens
É a poesia da fonte e a flor; sem fonte...
Um homem sem a água
É um homem destruido!
É um homem bem sofrido!
É um choro sem lágrimas.
Um homem sem água
É um homem sem valor
É um homem sem ar
Uma floresta com dor...
Um rio sem rumo!
Uma tristeza de vida...
Maria Teresa Cambronio ( do livro Meus Momentos)Paracatu MG
Com a mala cheia
Dulce María
Onde estás ?
Me deixou com a mala cheia
e um sorriso vazio
com a cara molhada em lágrimas
e com o coração secando em pedaços.
Não é que eu queira voltar para você, mas é verdade
que nada é o mesmo sem você.
E ainda não entendo por que você se foi
tão puco entendo por que chegou a mim,
basta olhar para o seu retrato
para querer que você volte ao meu lado...
Onde você está?
como as ondas do mar
Dulce María
assim como as ondas do mar teêm um momento mágico, logo quebram e se vão. as estrelas saem só de noite mas em algum lugar do universo permanecem acesas. assim como as nuvens mudam, vai mudando o nosso amor. mas em algum lugar de nossas almas vive em chama na eternidade de um olhar e a simplicidade de uma lágrima.
assim como não se vê o vento mas se sente e existe, assim é nosso amor, presente em cada momento. e na imensidão do universo, uma lágrima volta a rolar para fundir- se no mar e alcançar a megia de amar.
Compasso
MARIA RACHEL LOPEZ
Te quero aqui comigo
Agora
Sem medo de mim
Ou da hora
Quero teu corpo
No meu corpo
Meus cabelos
No teu rosto
E no abraço
O compasso
Curto
Urgente
Pra gente ser verso
Até amanhã
Até de manhã
Confiança...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Fina taça de cristal,
uma vez quebrada,
sempre
que
br
a
d
a
ficará.
Contrastes...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Já olhaste nos olhos
de quem te ama além das dores,
dos amores de verão?
Aquém, pautas reticentes
Mares que se abrem em ondas secas
Palavras ao vento
Promessas vãs
Juramento...
Ressaca de lágrimas ausentes
Já olhaste além das sombras
que cerceiam teu desejo de amar,
de ser amado(a)?
Aquém, contrastes
Horizontes que se fecham em breu
Palavras mortas
Ações tortas
Arrependimento...
A vida não te dá o que não podes receber
Nem te cobra o que não podes oferecer
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Dá-me tua mão...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Deixa ir o que te marcou
Sem dores, nem lágrimas
Desapega-te!
Vem...
Não és página riscada
de uma história esquecida
Nem folha pisada
no chão da vida
Levanta-te!
Firma teus pés...
Caminha leve por entre rosas e espinhos
Supera-te!
Vem...
Dá-me tua mão!
Despedida
Maria aparecida Giacomini Dóro
Estimado(a) leitor(a),
Possa o AR acalentar seus sonhos,
a TERRA nutrir seus projetos,
a ÁGUA impulsioná-lo para a ação,
o FOGO moldar suas realizações e
até que nos encontremos outra vez...
Possa DEUS tê-lo amorosamente na
palma de Sua Divina Mão.
Maria Aparecida
Despedida
Rubem Braga
E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perda da outra, procura-a por um instante e "depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo".
"As Rosas Exalam o Perfume de Ti, Sinto-te Sempre ao Respirar. Que seus olhos Jamais Fiquem TRristonhos !!!!!!!
Despedida
Rubem Braga
E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perda da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.
Extraído do livro "A Traição das Elegantes", Editora Sabiá – Rio de Janeiro, 1967, pág. 83.
Devaneio
Maria Eugênia de Medeiros
Eu queria que estes teus braços
me abraçassem com ternura...
Queria beijar estes teus olhos
belos,inocentes,tristonhos,profundos
e perder-me no tempo
a olhar bem dentro deles.
Queria e como queria,
sorver dos teus lábios
o sabor da inocência e do amor puro.
Devaneios...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Num átimo de tempo
Reedito a vida
Concerto o mundo
Divago...
Num átimo de tempo
O mundo explode
A vida me chama
Acordo!
dizem que o tempo cura tudo
maria lucia g p
mentira;;;;quero
quero velo;;curar;;;;o dezencanto
quero velo curar;;;;um coraçao partido
quero velo curar;;;;o sofrimento de um grande amor
quero velo curar;;;;a dor que sinto no peito
quero velo curar;;;; a dor k a gente senti
quero velo curar,,,,,,o amor que sinto por voce
Dizer aos outros que o tempo é o remédio para os amores impossíveis parece fácil. Assim como dizer que broto de goiaba fervido ajuda na dor de barriga. Esses dois são conselhos de minha avó, e que com certeza já sabia o que dizia em tempos remotos... O triste é fazer criança tomar o chá amargo do broto de goiaba e um ser apaixonado entender que o tempo lhe trará a resposta para o amor. Parece fácil, mas só eu sei e posso dar testemunho de que as duas coisas são verdadeiras... O chá amargo de minha avó realmente funciona com a dor de barriga e o tempo traz a calma para o amor impossível. Já experimentei os dois... O chá foi mais fácil de tomar, pois passei a velhinha pra traz, e assim que ela virou as costas adicionei açúcar... Já o tempo não... Tive de engolir dia a dia, como gotas amargas de fel... Sofrer cada dia, descer cada degrau da escada da ilusão sozinha... Provar do amargo, sem direito a acrescentar açúcar quando as pessoas viravam as costas. Os amigos tentaram ajudar, mas infelizmente em se tratando de amor, temos de caminhar sozinhos. Seguirmos á sós o caminho do regresso que outrora pisamos acompanhados. Mas hoje, eu posso afirmar com a maior certeza do mundo: O tempo pode não curar um grande amor, mas com certeza pode amenizar a dor de termos visto-o partir; ou então nos dará a chance de vivermos este amor novamente, porém mais maduros, um amor sólido, sem as euforias da adolescência e as dúvidas da juventude. Embora o amor seja constituído de dúvidas, pois amar é se entregar sem nenhuma garantia. Ou então o tempo nos dá a chance de consertar um coração quebrado, e ajeitá-lo para viver um novo amor...
Maria Rita Avelar
Sei que é difícil se acreditar nestas possibilidades quando o coração está estraçalhado, em frangalhos, por um grande amor... Mas acredite... Somente o tempo dirá o valor que esse amor tinha e se realmente ele era o grande amor da sua vida. Por enquanto o melhor a se fazer é tomar o chá amargo do tempo e esperar que ele faça efeito sobre as dores da alma... Infelizmente ainda não tem remédio em farmácia melhor pra dor de barriga que broto de goiaba e para os amores impossíveis que o tempo...
Eu sei do que estou falando... Pode acreditar!