Gosto dos venenos mais lentos dos cafes mais amargos

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O prazer mais delicado é o de dar prazer a alguém.

Jean de La Bruyère

O prazer não é um mal em si; mas certos prazeres trazem mais dor do que felicidade.

Epicuro

O prazer que mais deleita é o que provém da satisfação de uma necessidade mais incómoda e urgente.

Marquês Maricá

O prazer resulta do fato de diminuirmos a dor, através de estratagemas que nem sempre, são os mais aconselháveis.

Henrique de Shivas

O primeiro agora será o último mais tarde. Pois os tempos, eles estão mudando.

Bob Dylan

O primeiro amor é o mais gostoso, mais fantasioso, mais intenso e unico!

Nao ache que vc vai esquecer, porque nao vai! Pode passar oque for, mas ele sera sempre lembrado

Samantha B.

O primeiro amor, que nos parece haver de ser eterno quando chega, é o que mais nos faz rir quando passou.

Jacinto Benavente y Martinez

O princípio do modelo constitui o mais forte apoio das modificações que se verificam no mundo.

Max Scheler

O problema mais difícil da aritmética é fazer a data de nascimento de uma mulher coincidir com sua idade atual. A juventude é a época em que temos mais ideais do que idéias.

Madame Swetchine

O processo de formação é tanto mais feliz quanto mais as suas diversas fases assumirem o caráter de acontecimentos vividos.

Hugo Hofmannsthal

O progresso do homem não é mais do que uma descoberta gradual de que as suas perguntas não têm significado.

Antoine de Saint-Exupéry

O progresso não é mais do que o desenvolvimento da ordem.

A. Comte

O Projeto mais criativo que podemos empreender é de nossa própria vida

Gutemberg de Macedo

O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela.

Fernando Pessoa

O pudor é a mais afrodisíaca das virtudes.

Nelson Rodrigues

O pudor inventou a roupa para que se tenha mais prazer com a nudez.

Carlo Dossi

O q acho eh q no final das contas.. eu me doei e me dei p vc.. te amei mais do q a mim mesma.. e ai qd vinha a falta de vc.. talvez me sentisse duplamente sozinha.. pq tb estava sem mim

Marcella Mira

O QUANTO MAIS ELAS TENTAM SER DIFICICEIS, MAIS FICA PROVADO QUE SÓ FAZEM ISSO PARA NÃO FICAREM MAL FALADAS NO FUTURO!!!

Thiago Flip

O que abrigares em teu coração será verdade e converter- te- ás no que mais admira.

Richard Bach

O que ama é, de certa maneira, mais divinino que o objeto amado,pois possui em si divindade; é possuído por um deus.

Platão

O que as pessoas querem é o ódio, o ódio, nada mais do que o ódio, em nome do amor e da justiça, odeiam.

David Lawrence

O que de mais alto recebemos de Deus e da Natureza é a vida, o movimento de rotação em torno de si mesmo, o qual não conhece descanso, nem repouso.

Johann Goethe

O que de mais secreto esconde
no interior de uma mulher,
se nem ela mesma consegue decifrar,
mas a natureza a escolheu
para toda sua beleza
expressar.

paulo Master

O que direi eu do amor que tive?
Que se fez mais forte do que eu,
que me derrotou e me venceu, e que se enganou
Pois tão fraco assim era o mesmo amor!

LU

O PRIMEIRO BEIJO

Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
- Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:

- Sim, já beijei antes uma mulher.

- Quem era ela? perguntou com dor.

Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.

O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.

E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca.

E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engulia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.

A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.

E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.

Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.

O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.

Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.

E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida... Olhou a estátua nua.

Ele a havia beijado.

Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.

Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.

Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele...

Ele se tornara homem.

(In "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998)

Clarice Lispector


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