o
João Batista dos Santos - Londrina
poema
é
a
voz
de
deus
cantando
verdades
mentiras
pro
teu
eu
ateu
oh onde estarei amanhã no
meu caixão cheio de medo
ou no chão do meu quarto
não mais sóbrio e nem
mais bêbado?
tudo
muda
tudo
passa
pra
uma
mulher
já
bem
gasta
nenhum
beijo
poema
basta
pra escrever é preciso
ter peito ai daquele
que consegue
escrever o
poema
perfeito
ouro de esperto
ouro de tolo
pintar o poetrix de ouro
nada existe nem
vida nem vão
nem sim nem
não a não
ser a
solidão
nada tem mais asa
nada tem mais graça
até o verso mais sem graxa
lista de quiprocós
bendita é a
desgraça que
vem só o
que haverá
junto com
deus com meu
eu ou com o
pó? um estreito
túnel um eterno
pesadelo
que nunca
sequer poderemos vê-lo?
oh pó
nessa vida
tudo passa
só não
passa
essa
tristeza
e esse teu
baita bafo
de
cerveja
e
de
cachaça
poema
bom é coisa
rara fala
ao mesmo
tempo
do pé e
da cara
da virtude
e da
tara
quando fala
e quando
cala quando
anjo e quando
mala