POESIA E PROZAC
Adriano Saraiva
A gota d'água que transbordou
Um oceano de frustrações
O apodrecimento de frutos sazonados
Que despencam da árvore
Para se espatifarem no solo.
Bancário arrogante
Pretensioso escritor sem talento
Mais uma medíocre alma
A vagar por um mundo insano
Enquanto meus trabalhos literários
Eram devolvidos sucessivamente e
Se acumulavam numa montanha de tristezas
Ela experimentava muitos ricos
Aziagos pensamentos
A me fustigarem o orgulho
Na companhia do Prozac
Buscava as respostas
Nas garrafas de Jack Daniels