LENTE ALHEIA
Rubens r. a. Sousa
Enquanto enxergares
Pelos olhos que te deram
Não desanimes com o que vês.
Teus olhos não querem ver
As cousas que refletem da alma.
Vives de lampejos,
Acreditas na ilusão.
Você usa óculos
Num disfarce vulgar
Tua alma é cega
Teu corpo é vesgo.
Acreditas na imagem,
Na suavidade do vôo.
Tua vida é vazia
Teus valores são podres.
O anteparo que corrige
Tua miopia esconde tua visão.
Vê, por um dia!
Deixe a cegueira da conveniência
E enxergarás pelos teus olhos
O que teimas em ver
Pela lente alheia.