Nascidos do orgasmo
Valter da Rosa Borges
de um só ou de dois,
não sabemos o antes
e nem o depois.
No tempo intermédio
vivemos sonâmbulos
(ou somos funâmbulos?).
No mundo sem rumo,
na vida sem prumo,
vagando sem bússola,
destino é viagem
sem fim nem começo.
O tempo se esgota,
o corpo se acaba
e se algo prossegue
por onde ele vaga?