Autores

Populares

Recentes

Temas


Charles Chaplin sobre a vida

Cartas de amor para namorados

Clarice lispector frases

Depoimentos de amor

Depoimentos para amigos

Frases bonitas

Frases de Bob Marley

Frases de Fernando Pessoa

Frases de William Shakespeare amor

Frases de saudades

Frases inteligentes

Mensagens de feliz aniversário

Poema de Mário Quintana amor

Poemas de amizade

Poemas de amizade de Charles Chaplin

Poemas famosos de amor

Textos de amizade

Textos de amor

Versos curtos de amor

Versos de amizade



LAMENTOS DA NATUREZA


Este universo infinito
Ouve e testemunha o meu grito
Ao ver a minha beleza se apagando
O meu espaço se resumindo
Para satisfazer a ambição
De um ser que se acha dono do mundo
No direito de governar o destino
E a própria vida alheia.
Eu, de uma beleza insigne.
Tão majestosa
Quanto quem me criou
Tão tranqüila e formosa
Em meu seio acolhia
Toda a espécie que havia
Do mais dócil ao bravio
Do minúsculo ao gigantesco
Do inócuo ao predador
O alimento para matar a fome
A água fresca para saciar a sede
Do bicho chamado homem
Que só tristeza me dar
Que só mal me proporciona
Desnudando-me a cada instante
Enfraquecendo-me a cada golpe
Consciente que doravante
Destrói o próprio lar
Oh quanta dor!
Viver desprotegida
A mercê de um ser
Que necessita de mim para sobreviver
Mas não me respeita
Não me protege...
Onde estão as minhas matas?
De árvores frondosas, copadas e majestosas
Acolhendo e alimentando animais
Um cenário de devastação,
Um corpo despido...
... Sem vida...
O que foram feito dos meus animais?
Que corriam alegres,
Brincando e encantando os bosques...
Com a melodia da vida...
Extintos pela ambição
O desrespeito à própria vida
Veja como estão as minhas praias!
De águas límpidas e tranqüilas
Tão farta de espécies
Um deserto silencioso...
... Um oceano de poluição
Não entristeces ao me ver desvanecida?
Preste a se extinguir?
Por que não ouves os meus gritos de socorro?
Os meus lamentos de dor?
Não reconheces o meu direito de viver?
Nada posso fazer
Não tenho mais forças
Para fazer germinar a semente
Que no meu seio foi plantada
Estou tão ressequida
Que nem mesmo o filho rio
Pode me dar guarida
Pois o seu leito franzino
Encontra-se poluído e envenenado
Os peixes já não existem mais
Porque o predador progresso
O desrespeito à vida
Deram fim a sua existência
Quem és tu, oh homem cruel?
Que não tens amor à vida
Que destrói tanta beleza
Não vês que a natureza és a tua mãe
E tudo que nela há
Do pó fostes criado
E para ele hás de voltar.

Nildo Lage

Tags