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CRÔNICA - QUEM PODE LIGA. QUEM NÃO PODE SE EXPLICA.

É engraçado como as pessoas ficam hipnotizadas com alguns sucessos midiológicos da Telefonia que aparecem para revolucionar o mundo, e trazer a solução para seus problemas. Aparece sempre como se fossem uma mulher, charmosa, delicada, de prosa envolvente enfim, pronta pra dá o bote na gente.
Um dia, um desses sucessos apareceu na minha vida e de cara me entreguei por está necessitado... Deu-me um “Oi” que me deixou “ligadão” nas suas propostas. Depois de algum tempo de relacionamento, tudo mudou, inclusive o seu atendimento, que antes me fascinava demonstrando muito amor, e que depois, não se importava tanto com minha causa. Pois bem, vi que era a hora de terminar, e foi o que aconteceu!
Noutro certo dia, fui conquistado por uma que dizia ter milhões atrás dela. De cara eu deveria ter ficado “Vivo,” e ter fugido... Mas não adiantaria, pois “Vivo” era ela, que me convenceu e deixou-me atordoado de paixão, me fazendo comprar carradas de cartões para provar meu amor. E entre um cartão e outro, fui percebendo que não estava sendo correspondido e larguei de viver aquela ilusão.
Como a necessidade era maior, resolvi assumir um romance “Sem Fronteiras”, e para isso, encontrei uma inteiramente disposta a me satisfazer. Essa gostava muito de baladas, e de promover agitações, logo de início, resolvemos brindar o nosso relacionamento, e com o toque do “Tim-Tim” consagramos nosso compromisso. Porém, como todos os inícios são rosas, no final acabei nos espinhos. Nesse, me envolvi loucamente, então vi que era tempo de terminar, foi um final tumultuado, bem chorado. E como sempre ficam algumas cobranças nessas questões, ainda hoje recebo suas cartas com o parcelamento das culpas atribuídas a mim. Bem, para não ficar deprimido, é “Claro” que tomei uma providência, me mudei para “Amazônia”.

GILSON ALVES