Escuro. Uma rua vazia, incompleta. Ao fundo os sons de sinos, uns estralos e uma vida que dorme, sozinha. Pensamentos incontrolados, desesperados, como uma espécie de sinfonia, caminha, em direção a lugar algum. É na noite que ela vaga, viaja, enlouquece, desiste, morre, renasce, cresce, corre e chora, mora, pensa, dorme. A música de sempre, uma porta entreaberta com algumas coisas para fora, um momento estático, um ponto de contato, uma caixa, incoerente. Algumas palavras meio sem sentido, tudo tem dois lados, alguém já dizia: 'Achei uma distração', bem, agora você vai ficar legal! Muito tempo adiante, poderá tocar o inferno e o céu, basta querer, é azul, fica ali parado e, terá alguma serventia? Quem se importa. Apenas um ponto branco na minha e na sua consciência, uma forma geométrica de ver as coisas, tudo muito limitado, a perfeição imperfeita, sem medo.. Bolhas, janelas, fios, o negro. Há quem o possa ver, outros não, estão muito fora, não quero que ninguém entenda nada, é tarde demais pra não ser louco, você quer ver? Quem foi que fez isso com a gente? O mundo inteiro está gritando
Autor Desconhecido
coisas pequenas, coisas vêm cortando, torcendo, riscando, fervendo. Boa noite, é assim que lhe dizem? Movimente sua mente através das nuvens, procure o sal, o tempo, se perca! É só fazer um sinal, tudo vai ser do jeito que você quiser, vá! Fechando os olhos, encontre um som, o som dos dentes, uma cama quente, lágrimas que secam, curam, fitam, vamos sair daqui, ok? Pode ser o remédio, a raiva, ou uma frase descomplicada, um desejo restrito, meia dúzia de palavras perdidas..