Maisquetudo: Quando eu morrer Quando eu morrer! Quer seja disto



Quando eu morrer
Quando eu morrer!
Quer seja disto ou daquilo,
Lágrimas de crocodilo,
Não quero, muito obrigada.
Dá p´ra entender
Que as lágrimas prostitutas,
Caiem no chão já enxutas,
Já não me servem de nada.
Quando eu morrer!
É escusa a Homenagem
De quem não teve a coragem
De a fazer p'ra eu ouvir:
Vou esquecer,
Envolta no meu sudário,
As penas do meu calvário
Que deixo quando partir.

Quando eu morrer!
Na hora em que me fôr,
Também não quero as flores
Oferecidas nessa hora,
Que o meu viver
De mísera, amordaçada,
Deixa-me um sabor a nada,
As flores...Queria-as agora

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