MORADIA
Paulo Cesar dos Santos Silva
Um predio simples
feito de pedras com nada.
E na sacada
um par de vultos a se beijar.
Pelas calçadas
olhos tristes
contam luzes,
passando por outros
e por outros, sem seu par.
A noite encanta
e levanta a madrugada
os dois amantes
soltam gemidos ao luar
Eu, sem abrigo.
Ser tão pouco e reticente.
É um ser que morre
de vontade de te amar.