Quando eu penso na minha vida e nas coisas que estão acontecendo, automaticamente eu visualizo a minha imagem, a de uma menina-mulher fraca, encurvada, quase estendida no chão, mas ainda se levantando devagar e dolorosamente. Ela às vezes cai, chora, e com os cabelos sobre rosto, embaraçados, ela pede socorro a Deus. E Deus segura na mão dela e a ajuda a se levantar. Mas Ele a encoraja a tentar se levantar por si, e permite que ela às vezes caia novamente, para que na próxima tentativa de se erguer, ela esteja um pouco melhor, tenha aprendido algo e esteja um pouco mais forte e um pouco mais confiante em si. Ela neste momento está de joelhos. E ela está com o coração cheio de medo, mas ela está tentando se levantar sem cessar. Ela vê o amor na natureza, nas coisas, nas pessoas e isso a faz sentir melhor e cada vez mais capaz. Ela caminha em direção à luz. Ela suplica pela luz, pois ela significa, de alguma forma, a própria luz. Algo está escuro, algo está embaçado, mas já há algo clareando sua visão. A menina-mulher não desiste mesmo quando todos dizem que o caso dela está perdido. Ela tem consigo aquela frase "antes tarde do que nunca". E caminhando ela vai, seu corpo se rebaixa quando algo dá errado, mas aí vem a lição, pois o universo conspira a seu favor, e Deus a orienta, aí ela tenta novamente, seu corpo se ergue aos poucos e a encoraja cada vez mais, e assim sucessivamente até encontrar a luz plena e a resposta para tudo. Porque não só a menina-mulher, como todos nós merecemos a luz e a felicidade em nossas vidas, mesmo quando tudo "parece" estar tão ruim.
Fernanda Braga
Eu estou aprendendo a ser otimista, se não a minha imagem estaria já despejada ao chão, incapaz de mover um dedo.