Marcio Funghi de Salles Barbosa: POR QUÊ? (WY?) Pouco tempo depois de ter escrito



POR QUÊ? (WY?)

Pouco tempo depois de ter escrito “O VALOR DA VIDA!”,
descobrindo que a vida sem conveniências era a mais saudável, percebi o entendimento do por que a sociedade exigia tanto de seus participantes a ponto de obrigar-lhes a levar uma vida tão vazia.
Passei a ver pessoas assustadas, como baratas que fogem do inseticida; mudos que apenas fingiam não poder falar; gente que sofria de torcicolo crônico, de tanto balançar a cabeça, concordando com seus donos; homens fingindo serem poderosos; vi mulheres posando de vítimas submissas (que não o são); os jovens querendo fumar, beber, usar drogas, viver como manda o figurino; vi a lógica irracional do por que era preciso comprar o lugar no céu; ter um senhor da fé que os engane dizendo que tem a chave, quando a chave que tem é a do cofre, onde esconde suas pilhagens, para de poderoso, esperto, camuflado de enviado da Sabedoria suprema.
Entendi também por que tudo é envolto em mistérios, tudo tem peso e tudo é contado.
Penso no mundo recalcado, nas pessoas que servem sem sequer se dar conta que são massa de manobra. Penso nos infelizes políticos que crêem enganar a humanidade, a morrer de câncer ou outra doença grave, para sua autopunição.
Sofro quando vejo a destruição do nosso paraíso, por causa de dinheiro, poder...
Aí olho para a vida e sinto vontade de gritar: “Burros, estamos sendo burros ao trocarmos a felicidade por metas, que só servem para tentar causar admiração à nossa pessoa, mesmo sabendo que somos pequenos e que os pequenos é que são maravilhosos”.
Sei que os acomodados me chamarão de burro, que o que estou falando é mais velho que fazer as necessidades de cócoras; que não acrescentei nada.
Precisamos olhar para dentro de nós, nos vermos e nos aceitarmos sem a ditadura da INSEGURANÇA. Precisamos ao invés do medo, ser espontâneos, olharmos a fundo, enxergando, entendendo que temos livre arbítrio e que nossas buscas podem ser feitas sem medo à crítica, ou ao julgamento dos tacanhos.
Entendamos a ajuda valiosa, num pensamento de Millor Fernandes que abre muitas portas : "A leitura amplia minha ignorância".
Eles querem que trilhemos o caminho das pedras, porque se acharmos outro mais fácil, eles se desesperam...
A vida é tão simples, como quando em Minas os ingleses que levando nosso ouro nos inquiram sempre, buscando entender nossa paciência: _Wy? A resposta vinha sempre: _ É por que uai, é uai, uai!
Simples, espontâneo. Como o divino, uai!
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Marcio Funghi de Salles Barbosa

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