Ana Beatriz Figueiredo Mota Soares Resena: A fortuna do tempo exata e irremediável, a que ve



A fortuna do tempo
exata e irremediável,
a que veias há de romper
corroendo a face dos seres
e aviltando-as com seu poder.
A fortuna opróbria
a qual o vento ateia seu véu,
sem querer.
fazendo-te, morte, enxergar as lágrimas brandas
e quentes, ainda ao amanhecer!
A fortuna do pecado,
do desejo desmedido
Querer, ter...
Ainda jaz dentro do peito
“A dor que desatina sem dor”,
como dizia o poeta,
sem para quê, nem por quê.
Mas entre todas as fortunas,
da fortuna do saber,
que não se finda nas raízes,
pois é maior que qualquer ser.
Desta, pois, exala encantos
e nem mesmo o amor supera,
nem desejo, virtude ou miséria.
No saber, ao ouvir as luzes,
tampouco importa com quais sentidos...
Sentindo o olor destas palavras
ou até mesmo apalpando alheios gritos.
Pois pouco importa onde mora
as outras fortunas desmerecidas,
se com o saber meu ser se eleva
e alcança o maior segredo da vida!

Ana Beatriz Figueiredo Mota Soares Resena

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