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Eu minto.
Quando preciso.
Quando não preciso.
Quando me dá vontade.
Quando quero testar os outros,
Rir de alguém.
Ou quando quero exercitar minha criatividade.
Minha capacidade de criar enredos,tramas, dramas.
Afinal, preciso disso pra viver.
Eu preciso de ilusões como outras precisam de jóias.
Nunca fui muito boa em separar a vida real, das maquinações
que surgem na minha cabeça.
Nem sei qual é o mundo real?
É o da cabeça?
Eu sempre fui uma perturbação desses dois estados
Esquizofrenia? Genialidade?
Às vezes sou obrigada a ver só o que é real, esquecer as fantasias.
Sair da minha mente
Às vezes saio
Às vezes minto que saí.
E esse mundo é meu, não gosto de dividi-lo, daí nunca querer publicar nada.
Não quero medíocres entrando no meu reino.
Quero esse meu lugar estranho, protegido
A sagrada desordem da minha alma é minha,.
Eu a aceito, e a respeito
E tenho que defende-la
Esse mundo dado a todos.
Não quero.
É pequeno e bobo.
Quero uma verdade inventada.
Já paguei caro por isso
Me misturei com pessoas que piores e mais egoístas, com mundos ainda mais fantásticos.E também já fui barrada nesses paraísos artificiais.
Sofri
Vi muita gente indo embora,
Hoje entendo
Essa vida de dois mundos é para poucos
Pros embriagados de vida
Fortes
Determinados
Mentirosos
Criadores
Já fiquei na rua sozinha, sem dinheiro pro cigarro
chorando, borrada na esquina.
A cabeça não para
E isso às vezes é enlouquecedor.
São milhões de pessoas em mim
Só queria saber pq meu mundo não é como o dos outros
Pq questiono tanto?
Tentei.
Li Niezstche
Li Clarice.
Poesia beatinick.
Fui a médicos.
Dancei até cair.
Amei idiotas
Me marquei
Rezei
Roubei
Trepei com as mulheres que quis.
E com homens que me davam nojo.
Ofendi
Machuquei,
Fui cruel.
Egoísta.
Infiel
Abusei.
Cansei
Errei.
Admiti
Fui imperfeita
Fui eu
Até desistir de entender
Agora sou feliz

Autor Desconhecido