Meu querer.
Ricardo Gondim
Quero o murmurar displicente dos ribeiros de minha inocência.
Quero o sumo que a felicidade verteu de suas tetas fartas.
Quero o mistério da sala escura que nunca abri.
Quero a maciez do silêncio maternal que embalou minha fadiga.
Quero a doçura do azul que coloriu meu olhar castanho.
Quero o Tudo que vem do nada e o nada que mora no Tudo.
Quero a Ti!