Diante de mim
Humberto
A encantadora face de Vênus
Tão próxima, e, simultâneamente, tão distante
Dos desejos que me dilaceram a alma!
Sua aveludada tez...
Seu radiante viço...
Suave pulsar de vida!
Vida!
Cujo sentido, se encerra em
Amar-te!
Presentir teu calor, congela-me o sangue
Imaginar meus lábios, roçando aos teus
Consome-me em chamas!
Qual o sol, que aproxima-se mansamente
Tentando juntar-se à lua...
Estendo ao máximo os braços, as mãos, os dedos...
Porém, me é impossível conter-te!
Diáfana deusa!
Resta - me sorver ao extasiante olor com o qual meus dedos se impregnaram
Doses de felicidade com as quais me presenteias!
Inebriado
Aquí permaneço!
Próximo à tí
Sentindo a intensa volúpia
Que teu corpo emana
Seguindo-te neste lúbrico folguedo!
Permites que me acerque o suficiente
Para que sinta na ponta dos dedos
Os pêlos de teu corpo, macios, eriçados
Teu fogo interno, irradiado por toda tua pele
Revigorando em mim a paixão!
E...
Aquí permaneço
Intentando
Dia após dia...
Alcançar a face da deusa!
Humberto
(II versão)