GILSON ALVES: Estava sentado num banco da praça, ouvindo uma m�



Estava sentado num banco da praça, ouvindo uma música de Zé Ramalho, que particularmente gosto muito. Quando também, comecei a analisar os casais, vários passavam de mãos dadas ou abraçados, trocando olhares carinhosos e se acariciando em meios a juras de amor... Assim, me aprofundei nos meus pensamentos a respeito do assunto mencionado. Todos esses enlaces românticos que demonstram mais uma beleza estética para sociedade que real para si mesmo, me fizeram colocar a “colher” na vida dos casais, a fim de saber, a insegurança de cada um no relacionamento.
Do homem, quando está namorando se acha um Dom Juan de palavras adocicadas, porém, não sai de sua cabeça a incerteza de tê-la conquistado realmente e que, possivelmente imagina que ela esteja lhe fazendo acreditar em seus sentimentos, que cá pra nós, que é muito fácil para uma mulher... Então, de certo surge no pensamento à possibilidade da traição, aí, logo ele entra em parafuso sem saber o que verdadeiramente acontece com sua cara metade, e nesse momento, o sentimento de outrora que era somente paixão, começa a se digladiar com o ciúme, causando o mal estar na relação. E para o orgulho masculino, na hora de uma decisão, não vêm primeiro os momentos bons passados com a amada, isso até fica esquecido na hora, o que vem mesmo, é a imaginação do que os seus amigos vão dizer se caso a traição for à verdade da história... Lá vai o chifrudo, o corneado, o galhado, e ainda ele imagina além, com todos os adjetivos acompanhados de comparações em sua situação, sendo citados pelos próprios amigos de futebol, de trabalho enfim... Que fazem parte de seu meio social, da seguinte forma: corno maxixe, corno de biqueira, corno bom bril e etc. Que maldade! E isso, se torna um trauma quando a situação é contornada momentaneamente, e eles se casam, tendo que continuar andando de mãos dadas pela praça, e de vez em quando retornarem ao mesmo problema.
Da mulher, começa bem dedicada ao amor, a felicidade dos dois, mas com o tempo e o desgaste da relação, e com as inúmeras vezes que o amado lhe troca pelas partidas de futebol, acompanhadas pela falta de atenção, se limita a ficar em casa de início, aí arranja logo uma amiga para compartilhar seu sentimento e sofrimento, porém ainda nada acontece, quando tem o cartão de créditos que faz desafogar ou minimizar a carência do companheiro, em compras em lojas de roupas, em salões de beleza... Depois, começa a receber olhares de outros homens, e galanteios que fazem subir sua alta estima preste atenção na palavra “alta”, parece até um paciente com permissão para sair do hospital, então imagine só o risco que o camarada corre... Meu Deus! Imaginemos que para suprir a falta de carinho e afeto que falta por parte de seu amado, ela resolva atender as solicitações de seu corpo com outro galã. E nesse caso a tal amiga, tem um poder incrível para lhe salvar ou condenar de vez... O que você espera que ela diga sendo ela mulher e entender a situação? É amigo, a coisa é feia e parece ter sete cabeças! Mas tenho um consolo, uma pessoa amiga, que não é de sua mulher, é minha, me confidenciou que às vezes isso acontece mesmo, porém a mulher se relaciona com o outro sem amá-lo para fortalecer o namoro ou quem sabe o casamento... E quando você voltar a dá importância para ela, ela deixa a promiscuidade e vive feliz ao seu lado. Bem, e por falar em viver feliz, tenho que ir pegar minha namorada para sairmos de mãos dadas pela praça!

GILSON ALVES

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