Mas agora, quando te olho, de soslaio, a corda que amarra minhas mãos desprende-se aos poucos – faz-se corda de banjo, tocando sempre uma música que acalma. E, assim, minhas frases embalam teus gestos, tuas formas, teu beijo. E, assim, toda noite, antes de dirigir-me ao meu leito, olho teu retrato... e custo a acreditar que o que vivo é real. Não fosse sempre tua boca na minha, teus braços envolto ao meu corpo, e teus olhos – tão lindos! – iluminando meu caminho, cogitaria a idéia de estar em um sonho infindo.
Andressa Rodrigues