Não devia ser permitido. Todas essas lembranças. Músicas que me lembrassem você, outras tantas que contassem histórias parecidas com a nossa. Saudade do que não se pode ter mais não devia existir. Porque de repente alguma coisa bate e você se sente como se tivesse um vácuo no peito, e tem, e é uma sensação horrível porque não tem cura, não tem jeito, se você lembra dos bons momentos isso só piora, porque é como se fosse um filme visto há muito tempo, perdido num passado distante, mas ao mesmo tempo você pode sentir como se fosse ontem, como se na sua casa ainda tivesse aquele cheiro que por tanto tempo foi seu, seu riso, suas tantas histórias juntos. O que eu faço pra acabar com essa angústia que surge quando me dou conta de tudo o que significou? Você sabe como eu sou, você me diz. Sei, e, porra, como dói saber. Como te dói conhecer muito bem, como dói ver que em algumas coisas você está parecido comigo, como dói lembrar de como a gente era. Se o amor acaba a saudade devia acabar também. Mas tem dias que parece que não vai acabar nunca.
Autor Desconhecido