“Vientito”
Nahuel Rodriguez
Na praia eu caminhava, sentia fragrâncias de uma areia úmida
Olhava as água claras, as águas nuas...
Bateu um vento seco em minhas costas
Me contava das sonorosas vozes da terra
Das paisagens abstratas de uma tela
Dos pigmentos da água, da aquarela
Comentava das estradas longas que passou
Do frio, das amargas pessoas que alcançou
Resmungava das palavras que deslizavam
Dos gritos repentinos, dos olhares umedecidos
Dos ares longos sem destino
Do estrato de uma vida acumulada, sem ter as sementes nem o azul aonde plantar
Alguns cachos de seda pelo mar.