Colibri ou Beija-Flor
Maisquetudo
O sol brilhou naquele dia despertando a fauna e a flora
A rosa de um qualquer jardim se abriu exibindo a côr.
As outras, em botão, quietas ficavam jardim fora
Invejosas daquela que atraía o Beija-Flor.
Vinha voando o Colibri e mirou a côr
Da rosa aberta como dádiva da vida
Junto ao perfume que expândia em seu redor
Numa oferta amorosa, na ânsia de ser colhida.
Abrandou o Colibri e pairou, ao vê-la assim
Escorregou pelos estames e debicou os pistilos
Beijou quais lábios rubros as pétalas de cetim.
Imaginando eu a língua em entumescidos mamilos.
Na permuta com o néctar coligaram-se em extreme fervor
No frémito da paixão que apenas um instante permanece
Levou e deixou em troca a essência do amor
Num extâse esfusiante qual coração que estremece.