“O que fazer para mudar o sentido e a direção dos juízos? Se já não mais existe uma força suficientemente forte, em módulo, para refrear o suicídio desgovernado? Qual o antídoto, para curar a picada do escorpião invisível, ou, qual a medida, para exterminar esta praga que não se vê mais do que seus efeitos funestos? Não há instrumento de corte ou navalha cega, para fazer uma cessaria urgente no ser? O que fazer? Qual a atitude profilática, para prevenir as futuras gerações de nascerem com o gene deficiente da sensibilidade crítica, do saber cuidadosamente duvidoso, da loucura do meditar filosófico, do prazer que se extrai da pesquisa despojada de resultado? E hoje, ver-se que em todo pensamento, muitos se fazem de loucos, para vestindo-se com a famosa idéia de que pensar sublimemente, adquire-se ares de excentricidade, ou melhor, de insanidade, fizemos uma festa fantasia universal de hipócritas escalafobéticos”.
Henrique de Shivas