SOBE BALÃO, SOBE
macdennis
Teimoso que nem um burro,
Vaidoso até mais não,
Tem moral que cheira a esturro,
Diz-se esperto o aldrabão.
(Qualquer dia leva um murro!).
Mostra os dentes a toda a gente.
Diz 'amar com sentimento',
Quando afinal não o 'sente'.
Nem sabem quanto o lamento...
(É que ás vezes parece 'gente'!).
Do tipo 'fala barato',
Por ter lido o dicionário,
Não é letrado, mas 'rato'.
Merecia estar num armário,
Arrumado que nem fato.
O 'CRIME' DO PADRE MANEL
Dir-se-ia que tem jeito,
De ser um padre a valer,
Dá 'sermão', mete respeito,
Quando os copos vai 'benzer'.
Come c´os olhos as 'beatas',
Quando entram na 'capela'.
Faz-lhes contas mais baratas,
E aumenta na clientela.
Este 'padre' revoltado,
Faz um 'escabeche' a granel,
Quando a 'Madre' canta um fado,
Ao seu tão 'Querido Manel'.
E neste 'idílio doirado',
Que brada aos céus e às almas,
Canta a 'Madre', canta o 'padre',
E todos batemos palmas.
Por fim lá volta ao trabalho,
Com seu bigode risonho.
E 'O toma que lá vai alho',
Papa o Manel, mas em sonho.
O 'NEW-LOOK'
Quem diria que a Dália,
Fez 'Milagre Visual'.
Tal como a Sofia na Itália,
Ela 'pasma' em Portugal.
Na Brodway vai-se vestir,
De sedas e bons estampados.
A todas a Dália há-de ir,
E muitos ficam 'marados'.
Põe olhinhos maliciosos,
Faz boquinhas sensuais.
Deixa os velhotes vaidosos,
E os novos choram por mais.
Toda ela sensualidade,
No seu novo tom de mel.
´Inda perde a 'virgindade',
Neste libidinoso papel.
Já não pensa ser comadre,
Nem tão pouco ser madrinha.
Deixou de pensar no Padre,
Mas não esqueceu a 'pilinha'.
E não há 'cão que não ladre',
Por lhe tentar ir p´rá espinha.
Mas só lá vai quem lhe agrade,
'Tenha-a' grossa ou fininha.