Pane Metal
Autor Desconhecido
Foi só pensar em você e perceber que eu não teria mais ao meu lado, meus olhos se encheram de lágrimas.
Gozado, só assim é que a gente dá valor. Dá valor quando o eco já vai longe, quando o sorriso murcha, quando a costumeira torna-se rara.
Agora me dá uma pane metal. Eu fico fula de raiva, porque o tive todo o dia ao meu lado e nunca falei... (-Puxa, como você é bacana, você sabe compreender! Você é três quartos da minha laranja! Você é três quartos do meu quarto! Você é quase eu!).
Agora eu preciso me reestruturar, preciso pedir na sua ausência física. E o pior é que eu não vou ter, na minha frente, seus olhos! Chorando, e seus lábios dizendo: “-Deixa isso pra lá...”
Você já foi para um lugar onde lhe darão melhor, você foi para eternidade. Provou que fez tudo por todos e por mim. E mesmo sufocada corrente conseguiu esta convenção.
Tardia os olhos dos outros mais terrivelmente ao tempo e você foi sempre tão sem vaidade, que nem ficou para certificar. Agora estou aqui, no meu quarto sozinha e vejo como você suportou tudo. Você realmente me amou! E eu agora que percebo que também te amei!
Mas agora é tarde, muito tarde... Você já se foi!