À Ela,
Renan Veltman
Eis o que uma mente faz às 3h da madrugada em um dia qualquer...
Tem a idéia idiota de enviar-te uma carta. (e prometo ser a última se você quiser)
Mas em meio à minha nova vida, não me agrada a idéia de não poder vê-la todos os dias. Embora cansado de “tanta caretice, da eterna falta do que falar”; precisava escrever-te uma última vez para ao menos não se esqueceres de mim...
Você talvez seja a única pessoa que embora eu saiba que provavelmente não consiga emocioná-la, não tenho nenhum medo ou receio de sofrer dos meus próprios sentimentos não-recíprocos. Alegro-me em ao menos ter certeza que você ao menos está ciente, ao invés de sofrer os efeitos do sentimento contido.
Infelizmente, muito escrevo e penso, porém nada faço.
Quero que saiba que seu beijo, ocultado em meus sonhos, que você na versão de minha deliberada emoção e imaginação supera qualquer outra concretizada no mundo físico.
Passa das 4 da manha e indago-me sobre quem sou eu..
Quem sou eu, para querer que me queira ou que esteja ao meu lado, embora saiba que talvez represento uma mera sombra em seu mundo?
Embora saiba que amo mais o amor ao amado, que exista a possibilidade de confundir sentimentos com ilusões, meus pensamentos são lúcidos ate mesmo nestas horas de madrugada.
Desculpe por não saber controlar meus impulsos, saiba que não irei mais chatear-te com palavras e confissões indesejadas.
Desejo poder, no mínimo, estar perto de você, quando você precisar ou simplesmente para dar boas risadas.
Renan Veltman