Não façamos da máquina
Valter da Rosa Borges
o sucedâneo do humano
ou seu mutante metálico.
Falta-lhe o senso do acaso,
do lúdico e do absurdo,
a convivência do equívoco.
O homem é o imprevisível,
o orgasmo do paradoxo,
e a aversão às repetências,
que é a essência do mecânico.
A máquina é a ordem sólida
oposta à fluidez do orgânico.