eu: Fernando Pessoa por Mauro Gompertz - mmgompertz@su



Fernando Pessoa
por Mauro Gompertz - [email protected]

Tenho me deparado no decorrer da minha vida com muitas críticas e julgamentos, tanto proferidas por mim, como em meu desfavor. Sei que essa atitude não é meu privilégio, já que esse é o padrão de comportamento da humanidade.

Acredito que isso ocorra porque, de certa forma, as pessoas se sintam agredidas com as diferenças de pensamento e atitudes existentes entre os seres humanos. Mas é bom que exista mesmo pensamentos divergentes porque caso contrário, a vida nesse planeta se tornaria aborrecida. Que graça haveria se todos concordassem em tudo? Seria como se existissem vários robozinhos programados apenas para fazerem exatamente as mesmas coisas. Não devemos ter medo das divergências, mas das unanimidades que podem esconder muita repressão. Aliás, já ouvi uma frase dizendo que “toda unanimidade é burra”. Mais do que isso, é muito saudável haver divergências de idéias, de gostos, de atitudes. Imaginem vocês se todo mundo gostasse de ser médico, como ficaria a sociedade, que precisa também de engenheiros, advogados, professores, pedreiros, dentre outros. Isso quer dizer que todos, absolutamente todos, têm suas funções sociais.

Da divergência de pensamentos surge a crítica. Uma palavrinha que quando usada na proporção inadequada pode causar muitos estragos na vida das pessoas. Muitos dizem que existe crítica construtiva e destrutiva. Eu discordo, para mim a crítica jamais é construtiva, porque se assim o fosse, seria um conselho. Bem, de qualquer forma, a crítica tem duas utilidades. A primeira é exatamente para percebermos que existem outros pensamentos além dos nossos. A segunda é notarmos que podemos sempre melhorar o nosso desempenho.

Confesso que nunca agi bem diante de críticas porque sempre achava que estava errado e os outros certos. Hoje, pelo autoconhecimento consigo conviver melhor com isso porque já não me sinto tão culpado pelas minhas imperfeições como em outros tempos.

“De mãos dadas” com a crítica vem o julgamento. E esse é o maior problema, na medida em que podemos ser extremamente duros com as pessoas pelo singelo fato de não concordarmos com as opiniões e atitudes das mesmas. Sempre tive em mente que os criticados de hoje, são os ovacionados de amanhã. Imaginem quantas críticas e julgamentos não receberam Einstein que até a terceira série era tido como um “burro”. Outros que ousaram discordar do pensamento dominante também sofreram as conseqüências de suas posições, tais como Galileu, Gandhi dentre outros, mas que hoje são tidos como pioneiros e revolucionários.

Muitas das críticas vêm exatamente de diferenças culturais. Isso quer dizer que o conceito de certo e errado depende de qual civilização estamos nos referindo. Um exemplo disso é que para a cultura esquimó quando um viajante vem visitá-lo é costume oferecer a esposa para passar a noite com ele. Se o viajante não aceitar essa oferta, o esquimó se sentirá profundamente ofendido. Outro exemplo é o costume oriental de arrotar após a refeição, como sinal de satisfação.

Mas, pior do que julgar os outros é quando nos julgamos e por conta disso nos condenamos a um profundo sofrimento. Aquelas velhas questões que nos assombram sobre o que fizemos ou deixamos de fazer, em nada nos ajudam na construção do futuro. O que passou, passou. Não podemos mudar o passado, mas com certeza, podemos transformar o futuro através do presente. No máximo, podemos utilizar o passado como experiência para não repetirmos os erros. Claro que não é fácil acabar com a culpa, mas precisamos entender que quando erramos, no dizer dos Mestres, é por ignorância, jamais por maldade.

Quero finalizar com uma mensagem sobre o julgamento, canalizada por Maria Silvia Orlovas:

“Quando você julga, você também afasta as pessoas. Quando você olha alguém e acha que este alguém está errado e imediatamente faz críticas, olha o lado negativo, vê as coisas feias que essa pessoa fala, faz, demonstra para você, você está colocando um enorme foco nessa questão.
Quando você olha o erro sabendo que é um erro, mas não se prende ao julgamento, você evolui, você se liberta e você segue o seu caminho, porque não é necessário se envolver em todas as coisas erradas que o mundo lhe mostra. Não lhe compete julgar as pessoas, não lhe compete apontar as falhas dos demais, não lhe compete dizer onde os outros estão errando. Ao contrário, as suas obrigações antes de serem obrigações com a comunidade, são obrigações pessoais.
Esteja em dia com você. Cuide do seu equilíbrio, cuide de gerar paz interior, cuide de se organizar, cuide de limpar a sua casa e os seus arredores, cuide de manter a sua energia e sua vibração em ordem. Você é responsável pelo seu bem estar, pelo equilíbrio do seu organismo, pela sua saúde. Quando algo em você não está bem, naturalmente você sentirá que algo não está bem e é desse algo que você deve cuidar; fisicamente, quando já está no corpo físico, mas mentalmente olhe para você mesmo, veja a natureza dos seus pensamentos e observe onde você está colocando a sua energia, porque o seu pensamento é o produtor do céu e do inferno no seu corpo e na sua vida. Olhe para si mesmo sem se julgar, sem ficar constantemente buscando as falhas e apontando as suas falhas, as falhas dos seus pais, dos seus irmãos, dos seus amigos, as falhas que vocês cometeram consigo mesmos. Vocês são muito cruéis no julgamento e quanto mais cruéis vocês são com o julgamento, mais cruéis vocês são com o mundo, com a vida e se fecham num mundo, num mar de crueldade, de sofrimento e de dor.
A Chama Rubi, a Chama do amor cheio de compaixão está nesse momento sendo derramada, dissolvida, diluída em luz para que todos vocês possam receber junto com a Minha mensagem, junto com Meu amor de Mãe, de irmã, de companheira no mundo espiritual. Eu também envio a vocês a sabedoria da libertação, da liberdade: O não julgamento.
O Homem deve ter o seu intelecto, a sua mente a seu serviço, não algo contrário à sua natureza.
Quando vocês se julgam de forma pesada e se prejudicam, vocês aniquilam a sua força e a possibilidade de ascensão e de libertação.
Trabalhem a sua luz, enxerguem as suas belezas, vejam a sua inteligência como um ponto luminoso com o desejo de crescer, com o desejo de evoluir, com o desejo de aprender com a vida. Isso é altamente positivo e construtivo. Não sejam escravos de suas mentes, não sejam escravos do seu corpo dolorido, não sejam escravos de seus julgamentos. Façam da vida de vocês uma vida de paz e de libertação.
A serviço da Fraternidade Branca e do Raio da compaixão, Eu Sou Mestra Nada.
Estamos no astral do Planeta emanando essa vibração de consciência, emanando essa luz.
Bênçãos e paz”.

Texto revisado por: Cris

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