"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'"
Caio Fernando Abreu
"Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim"
Caio Fernando Abreu
"Você vai me abandonar e eu nada posso fazer para impedir. Você é meu único laço, cordão umbilical, ponte entre o aqui de dentro e o lá de fora. Te vejo perdendo-se todos os dias entre essas coisas vivas onde não estou. Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê. E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio, enquanto agora sou uma planta carnívora exigindo a cada dia uma gota de sangue para manter-se viva. Você rasga devagar o seu pulso com as unhas para que eu possa beber. Mas um dia será demasiado esforço, excessiva dor, e você esquecerá como se esquece um compromisso sem muita importância. Uma fruta mordida apodrecendo em silêncio no quarto."
Caio Fernando Abreu
... e como um simples olhar ou um simples sorriso pode mudar tudo...
Jacson Fernando Heiderscheidt
... o tempo que temos, se estamos atentos, será sempre exato.
Caio Fernando Abreu
.. Mas só muito mais tarde, como um estranho flash-back premonitório, no meio duma noite de possessões incompreensíveis, procurando sem achar uma peça de Charlie Parker pela casa repleta de feitiços ineficientes, recomporia passo a passo aquela véspera de São João em que tinha sido permitido tê-lo inteiramente entre um blues amargo e um poema de vanguarda. Ou um doce blues iluminado e um soneto antigo. De qualquer forma, poderia tê-lo amado muito. E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida – reconheceu, compenetrado. Como uma ideologia, como uma geografia: palmilhar cada vez mais fundo todos os milímetros de outro corpo, e no território conquistado hastear uma bandeira. Como quando, olhando para baixo, a deusa se compadece e verte uma fugidia gota do néctar de sua ânfora sobre nossas cabeças. Mesmo que depois venha o tempo do sal, não do mel. ...
Caio Fernando Abreu
...a ligação entre as diferenças, a própria interrogação da dúvida.
Jacson Fernando Heiderscheidt
...cada um por si e Deus para todos ou será todos esperando por Deus.
Jacson Fernando Heiderscheidt
...da única coisa de que precisamos nos libertar é de nos mesmos.
Jacson Fernando Heiderscheidt
...eu a olho nos olhos, vejo eles brilharem em um meigo sorriso, que encadeia uma chama interior...
Jacson Fernando Heiderscheidt
...foi quando eu senti, mais uma vez, que amar não tem remédio.
Caio Fernando Abreu
...não sei a essa altura ou aqui embaixo alias somos todos iguais.
Jacson Fernando Heiderscheidt
...quando voltei percebi que não era mais o mesmo, mais que todos a minha volta ainda pensão que sou...
Jacson Fernando Heiderscheidt
...somos todos iguais, só que divididos por lideres do passado.
Jacson Fernando Heiderscheidt
...tão livre quanto minha mente quando fecho os olhos.
Jacson Fernando Heiderscheidt
..há um ar de silêncio entre
fátima pessoa
a promessa e o sonho.
Fecho os olhos e sonho distante.
Ele ainda é paixão presente e sonhada a vida toda,
parece que agora tudo acabou -mas deve ter sido amor.
1 Para onde foi o teu amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? para onde se retirou o teu amado, a fim de que o busquemos juntamente contigo?
Provérbios de Salomão
2 O meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de bálsamo, para apascentar o rebanho nos jardins e para colher os lírios.
3 Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele apascenta o rebanho entre os lírios.
4 Formosa és, amada minha, como Tirza, aprazível como Jerusalém, imponente como um exército com bandeiras.
5 Desvia de mim os teus olhos, porque eles me perturbam. O teu cabelo é como o rebanho de cabras que descem pelas colinas de Gileade.
6 s teus dentes são como o rebanho de ovelhas que sobem do lavadouro, e das quais cada uma tem gêmeos, e nenhuma delas é desfilhada.
7 As tuas faces são como as metades de uma romã, por detrás do teu véu.
8 Há sessenta rainhas, oitenta concubinas, e virgens sem número.
9 Mas uma só é a minha pomba, a minha imaculada; ela e a única de sua mãe, a escolhida da que a deu à luz. As filhas viram-na e lhe chamaram bem-aventurada; viram-na as rainhas e as concubinas, e louvaram-na.
10 Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, brilhante como o sol, imponente como um exército com bandeiras?
11 Desci ao jardim das nogueiras, para ver os renovos do vale, para ver se floresciam as vides e se as romanzeiras estavam em flor.
12 Antes de eu o sentir, pôs-me a minha alma nos carros do meu nobre povo.
13 Volta, volta, ó Sulamita; volta, volta, para que nós te vejamos. Por que quereis olhar para a Sulamita como para a dança de Maanaim?
14 Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro. 15 Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável. 16 Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão. 17 Quem teme ao Senhor tem amigos verdadeiros, pois tal e qual ele é, assim será o seu amigo.
Provérbios de Salomão
26 Riqueza e força engrandecem o coração, mas acima delas está o temor do Senhor. Com o temor do Senhor nada falta, e além dele não é preciso buscar outra ajuda. 27 O temor do Senhor é como paraíso de bênçãos, e sua proteção está acima de qualquer glória.
Provérbios de Salomão
6 Põe-me como selo sobre o teu
Provérbios de Salomão
coração, como selo sobre o teu braço;
porque o amor é forte como a morte; o
ciúme é cruel como o Seol; a sua
chama é chama de fogo, verdadeira
labareda do Senhor.
7 As muitas águas não podem apagar
o amor, nem os rios afogá-lo. Se
alguém oferecesse todos os bens de
sua casa pelo amor, seria de todo
desprezado.
::: Você :::
Fernando Camargo Leme
De repente um olhar
Já não posso mais disfarçar,
Meu coração bate mais forte
E meus olhos nos seus a brilhar...
O primeiro beijo...
Parece que vou explodir,
Seus lábios nos meus se calam,
Já não tenho mais como fugir...
Seu sorriso...
Não existe nada mais belo,
Ser sempre o motivo de sua felicidade,
AH! Isso é tudo o que mais quero.
Minha vida...
MINHA?? Não sei se posso afirmar...
Pois como pode ela existir
Se somente o que faço é te amar????
(::: Você :::
De repente um olhar
Já não posso mais disfarçar,
Meu coração bate mais forte
E meus olhos nos seus a brilhar...
O primeiro beijo...
Parece que vou explodir,
Seus lábios nos meus se calam,
Já não tenho mais como fugir...
Seu sorriso...
Não existe nada mais belo,
Ser sempre o motivo de sua felicidade,
AH! Isso é tudo o que mais quero.
Minha vida...
MINHA?? Não sei se posso afirmar...
Pois como pode ela existir
Se somente o que faço é te amar????
(Fernando Camargo Leme)
A beleza da mulher alegra o rosto e supera todos os desejos do homem. Se nos lábios dela existe bondade e doçura, o seu marido é o mais feliz dos homens. Quem adquire esposa tem o começo da fortuna, pois ela é auxiliar semelhante a ele e coluna de apoio. Onde não há cerca, a propriedade é saqueada, e onde não há mulher, o homem vagueia gemendo.
Provérbios de Salomão
A certeza
Fernando T. S.
Com certeza este não é o melhor momento para nada.
Talvez o que esteja acontecendo seja para abrir os olhos de todos a minha volta, menos os meus, que por todo o tempo se mantiveram abertos. Mas o fato de não estar acontecendo nada, me mostra que mesmo de olhos arregalados, cada vez enchergo menos e, que tudo é somente uma ilusão da minha imaginação que insiste em me pregar peças.
Com certeza hoje irei desligar-me desse mundo, nem que seja por alguns segundos, e respirar aliviado a falta dessa confusão."
A aliança
Luiz Fernando Verissimo
Esta é uma história exemplar, só não está muito claro qual é o exemplo. De qualquer jeito, mantenha-a longe das crianças. Também não tem nada a ver com a crise brasileira, o apartheid, a situação na América Central ou no Oriente Médio ou a grande aventura do homem sobre a Terra. Situa-se no terreno mais baixo das pequenas aflições da classe média. Enfim. Aconteceu com um amigo meu. Fictício, claro.
Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um homem dos seus 40 anos, naquela idade em que já sabe que nunca será o dono de um cassino em Samarkand, com diamantes nos dentes, mas ainda pode esperar algumas surpresas da vida, como ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o carro no meio-fio e preparou-se para a batalha contra o macaco, não um dos grandes macacos que o desafiavam no jângal dos seus sonhos de infância, mas o macaco do seu carro tamanho médio, que provavelmente não funcionaria, resignação e reticências... Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. Onde desapareceu diante dos seus olhos, nos quais ele custou a acreditar. Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.
— Você não sabe o que me aconteceu!
— O quê?
— Uma coisa incrível.
— O quê?
— Contando ninguém acredita.
— Conta!
— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?
— Não.
— Olhe.
E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.
— O que aconteceu?
E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.
— Que coisa - diria a mulher, calmamente.
— Não é difícil de acreditar?
— Não. É perfeitamente possível.
— Pois é. Eu...
— SEU CRETINO!
— Meu bem...
— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria.
— Mas, meu bem...
— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha!
E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Ele chegou em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara? Nada, nada. E, finalmente:
— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:
— Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.
Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam.
— O mais importante é que você não mentiu pra mim.
E foi tratar do jantar.
(Do livro "As mentiras que os homens contam)
A consciência tranqüila é o melhor travesseiro.
Provérbios Latinos