um pé no degrau
Carlos Seabra
um passo na escada
bate coração
Um rastro de lua
Luiz Carlos
Na rua de rastros
depois que a chuva parou.
um sapo azul,
Carlos Seabra
inspirado em Bashô,
salta no paul...
Una ao esforço a inteligência; trabalharás menos e fará mais.
Carlos Bernardo González Pecotche
Urgentemente
Eugénio de Andrade
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
é urgente destruir certas palavras.
odio, solidão e crueldade,
alguns lamentos
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
Vai morena gostosa,
Carlos Augusto Cacá
Vai passear pelas ruas,
Com seu perfume de rosa,
Com suas costas nuas.
Vai mostrar como é bela
Vai chamando a atenção
A rua é passarela
Na minha imaginação.
Vai aonde quiser.
Mas vai e volta pra mim.
Pra ser minha mulher
Pra sempre até o fim.
(do livro: Fadas Guerreiras, à venda em www.caca.art.br)
vassoura mata -
Carlos Seabra
a vítima é uma
grande barata
Vejo-te em todos os momentos...
Antônio Carlos Baena
Em pensamento de meus anseios,desejos de um Homem comum.
vela acesa
Carlos Seabra
testemunha olhares
sobre a mesa
velha na fonte -
Carlos Seabra
os cântaros se enchem
o sol se esconde
ÚLTIMO GRITO
carlos
Sinto o meu sangue jorrar
e não tenho prantos p/ chorar
sei que um dia todos irão se lembrar
daquela q/ morreu por acreditar.
Meus olhos só podem fitar o escuro
meu corpo já está frio, inerte e duro.
Tantas noites desertas,
tantos amores incertos,
tantas dores no peito.
Tão difícil ver a vida assassinada
tão difícil ver q/ meu último grito
não foi ouvido.
Será q/ alguém teria prantos,
teria voz, ou seguer
um gesto p/ esse momento?
Ao redor as flores vão dizer
que eu morri de viver.
As velas nos castiçais vão dizer
que eu vivi p/ morrer.
Solitário está meu corpo
que já começa a vagar.
Será q/alguém vai se importar,
Será q/ alguma flor vai se abrir?
Pra q/ falar, pra q/ chorar,
se agora de nada vai adiantar.
Agora q/ não há
mais amor em meu coração.
Agora q/ eu sinto q/ eu morri p/todos,
principalmente p/ vc...
Ninguém vai ver minha partida
não quero deixar prantos na despedida
Guarde meu nome contigo,
meu nome é nome, só nome;
é simples mas decisivo.
Eu parto s/ chorar dor
Eu parto mas deixo aqui o q/ fui
deixo amor............
Um poema para o sentimento
Antônio Carlos Baena
Com lágrimas mancho essa página,
Com o coração em chamas revelo-me.
Ainda que modestamente oculto esteja,
Para que ninguém perceba .
Toc,toc,bato com força mas
resposta não ouço.
Onde será que está a chave para abrir a
porta do seu coração?
Surdo quero me fazer ,mas meu coração insiste em me dizer:
Você sou eu,Eu sou você,ignore-me e a cada dia mais irá sofrer.
Feliz com você quero viver,
dizer todos os dias o que sinto.
Então num breve momento de desespero,
entrego meus sentimentos
sem nenhum apelo.
Porém,para que você venha a ser feliz,
tenha Eu que negar a mim mesmo e assim desistir de
Ti,farei.
Pois libertar,deixar viver, é a mais pura e verdadeira tradução, de meu sentimento por você.
Uma Sincera Declaração
Antônio Carlos Baena
Com teu encanto,encanta-me,
Apaga a memória, de uma dor sem glória,
Transforma um passado triste,em presente de alegria,
E em futuro de vitória.
Vamos escrever nossa história na pauta
Do Amor de Deus,e navegar no rio de bênçãos que Ele nos deu.
Linda, toda Bela,tirou meu chão, quando me atirou o seu olhar,
E por assim ser,com esse jeito teu,sempre seu quero ser.
Devolva meu coração.Não,não devolva,não consigo contra isso lutar,
Pois por isso tanto lutei,e agora,quero sim me entregar.
Faz-me feliz e lhe mostrarei,o quanto posso te Amar,
Tenho um lindo buquê,e a Ti quero entregar.
Com teu encanto,encanta-me,
Deixe-me sentir o sabor do teu beijo,
E dele tornar-me dependente,para que de mim tenhas dependência.
Vou a Ti com meu abraço,com o coração preparado,
Pois com Você quero viver e por toda minha vida,
Ser Feliz.
velho jornal
Carlos Seabra
levado pelo vento
prevê temporal
velho no banco
Carlos Seabra
corrida de meninos -
passam os anos
vento no bambu
Carlos Seabra
sopra e geme prazer
assim como tu
Verdades do Coração
Antônio Carlos Baena
Não escrevo por escrever,não expresso sem ter o que expressar,
Não uso as palavras como um jogo para mexer com as emoções das pessoas,
Tampouco quero impressionar,pois não há nada em mim que possa impressionar.
Escrevo errado,mas não minto.
Escrevo a verdade que sinto.
E as vezes essa verdade traz a mim a certeza que não quero ter.
Sabe, as vezes penso que,cada ser humano é um universo,
E para chegar no planeta chamado Coração é preciso muitos anos-luz.
Acho que minha viagem vai continuar,
pois creio que o seu coração já foi habitado.
Bom, é hora de partir,continuo minha jornada,
Por essa longa e velha estrada,
Por que meu coração está pronto a se encontrar,
Com minha bela terra amada.
Vida
CArlos
Vida: é o Amor existencial.
Razão: é o Amor que pondera.
Estudo: é o Amor que analisa.
Ciência: é o Amor que investiga.
Filosofia: é o Amor que pensa.
Religião: é o Amor que busca Deus.
Verdade: é o Amor que se eterniza.
Ideal: é o Amor que se eleva.
Fé: é o Amor que se transcende.
Esperança: é o Amor que sonha.
Caridade: é o Amor que auxilia.
Fraternidade: é o Amor que se expande.
Sacrifício: é o Amor que se esforça.
Renúncia: é o Amor que se depura.
Simpatia: é o Amor que sorri.
Altruísmo: é o Amor que se engrandece.
Trabalho: é o Amor que constrói.
Indiferença: é o Amor que se esconde.
Desespero: é o Amor que se desgoverna.
Paixão: é o Amor que se desequilibra.
Ciúme: é o Amor que se desvaira.
Egoísmo: é o Amor que se animaliza.
Orgulho: é o Amor que enlouquece.
Sensualismo: é o Amor que se envenena.
Vaidade: é o Amor que se embriaga.
Ódio, que julgas ser a antítese do Amor,
é o próprio Amor que adoeceu gravemente."
Vivemos numa época de muitos amores e de pouco amor. De muita superficialidade e pouca riqueza interior.
Carlos Afonso Schmitt
Viver é uma benção, ter saúde uma dádiva, ser feliz sempre, amar a si para amar alguém, viver.
CARLOS FÁBIO VIEIRA COUTINHO
vivo bem porque vivo intensamente cada segundo como se fosse o ultimo
rubens carlos dos santos junior. Jaz
Vivo por ela
Roberto Carlos
Ninguém duvida
Porque ela é tudo
Na minha vida
Quem ama não esquece quem ama
O amor é assim
Eu tenho esquecido de mim
Mas dela eu nunca me esqueço
Por ela esse amor infinito
O amor mais bonito
É assim nosso amor sem limite
O maior e mais forte que existe
Você
Roberto Carlos
Você, que tanto tempo faz,
Você que eu não conheço mais
Você, que um dia eu amei demais
Você, que ontem me sufocou
De amor e de felicidade
Hoje me sufoca de saudade
Você, que já não diz pra mim
As coisas que eu preciso ouvir
Você, que até hoje eu não esqueci
Você que, eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade, aqui em mim
Você ficou
Você que eu não encontro mais
Os beijos que já não lhe dou
Fui tanto pra você
E hoje nada sou
VEJAM O QUE ACONTECEU COM O AMOR ATRAVÉS DOS TEMPOS
carlos
> Década de 10
> Ele de terno, colete e cravo na lapela, embaixo da janela dela, canta :
>
> "Tão longe, de mim distante,
> onde irá, onde irá teu pensamento?
> Quisera saber agora se esqueceste,
> se esqueceste o juramento.
> Quem sabe se és constante,
> se ainda é meu teu pensamento
> e minh'alma toda de fora,
> da saudade, agro tormento!
> "
>
> Década de 20
> Ele de terno branco e chapéu de palha, embaixo do sobrado em que ela mora, canta:
>
> "Ó linda imagem de mulher que me seduz!
> Ah, se eu pudesse tu estarias num altar!
> És a rainha dos meus sonhos és a luz,
> és malandrinha, não precisas trabalhar."
>
>
> Década de 30
> Ele de terno cinza e chapéu panamá, em frente à vila onde ela mora, canta:
>
> "Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa!
> Do amor por Deus esculturada.
> És formada com o ardor da alma da mais linda flor
> de mais ativo olor,
> que na vida és preferida pelo beija-flor"
>
>
> Década de 40
> Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira, escreve para a Rádio Nacional
> e manda oferecer a ela uma linda música:
>
> "A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua,
> costuma se embriagar.
> Nos seus olhos eu suponho,
> que o sol num dourado sonho,
> vai claridade buscar"
>
>
> Década de 50
> Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma bela bossa:
>
> "Olha que coisa mais linda,
> mais cheia de graça.
> É ela a menina que vem e que passa,
> no doce balanço a caminho do mar.
> Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema.
> O teu balançado é mais que um poema.
> É a coisa mais linda que eu já vi passar."
>
>
> Década de 60
> Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço,
> ajeita a calça lee e coloca na vitrola uma música papo firme:
>
> "Nem mesmo o céu, nem as estrelas,
> nem mesmo o mar e o infinito
> não é maior que o meu amor nem mais bonito,
> me desespero a procurar
> alguma forma de lhe falar,
> como é grande o meu amor por você"
>
>
> Década de 70
> Ele chega em seu fusca, com tala larga, sacode o cabelão,
> abre a porta pra mina entrar e bota uma melo jóia no toca-fitas:
>
> "Foi assim, como ver o mar.
> A primeira vez que os meus olhos,
> se viram no teu olhar,
> quando eu mergulhei no azul do mar,
> sabia que era amor e vinha pra ficar... "
>
>
> Década de 80
> Ele telefona pra ela e deixa rolar um som:
>
> "Fonte de mel,
> nuns olhos de gueixa,
> Kabuki, máscara.
> Choque entre o azul e os cachos de acácias,
> luz das acácias, você é mãe do sol."
>
>
> Década de 90
> Ele liga pra ela e deixa gravada uma música, na secretária eletrônica:
>
> "Bem que se quis,
> depois de tudo
> ainda ser feliz,
> mas já não há caminhos pra voltar.
> E o que é que a vida fez da nossa vida?
> O que é que a gente não faz por amor?"
>
>
> Em 2001
> Ele captura na internet um batidão legal e manda pra ela, por e-mail
>
> "Tchutchuca!
> Vem aqui com o teu Tigrão.
> Vou te jogar na cama e te dar muita pressão!
> Eu vou passar cerol na mão,
> vou sim, vou sim!
> Eu vou te cortar na mão!
> Vou sim, vou sim!
> Vou aparar pela rabiola!
> Vou sim!"
>
>
> Década de 2010
> Deverá ter acabado o Amor
Vida
CArlos
Vida: é o Amor existencial.
Razão: é o Amor que pondera.
Estudo: é o Amor que analisa.
Ciência: é o Amor que investiga.
Filosofia: é o Amor que pensa.
Religião: é o Amor que busca Deus.
Verdade: é o Amor que se eterniza.
Ideal: é o Amor que se eleva.
Fé: é o Amor que se transcende.
Esperança: é o Amor que sonha.
Caridade: é o Amor que auxilia.
Fraternidade: é o Amor que se expande.
Sacrifício: é o Amor que se esforça.
Renúncia: é o Amor que se depura.
Simpatia: é o Amor que sorri.
Altruísmo: é o Amor que se engrandece.
Trabalho: é o Amor que constrói.
Indiferença: é o Amor que se esconde.
Desespero: é o Amor que se desgoverna.
Paixão: é o Amor que se desequilibra.
Ciúme: é o Amor que se desvaira.
Egoísmo: é o Amor que se animaliza.
Orgulho: é o Amor que enlouquece.
Sensualismo: é o Amor que se envenena.
Vaidade: é o Amor que se embriaga.
Ódio, que julgas ser a antítese do Amor,
é o próprio Amor que adoeceu gravemente.