As vezes
Raphael Santos Araujo
Às vezes não é sempre, é só as vezes penso que posso ser o que não sou por ter que carregar minha exatidão fúnebre por toda minha vida.
Vida sem graça, sem jeito, com anseio de virar morte, com receio de continuar vida.
Morte! “Faz parte da vida, mas se seu peito ainda bate? Que bata forte viva”!
Fácil falar difícil fazer. Pois cada palavra com anseio de magoar, fere, rasga, dilacera a alma, ensangüenta o coração, destrói sonhos.
Sonhos! São muitos! Palavras também...
E é assim: cada palavra um sonho, cada sonho destruído, é parte de um ser, um ser frágil como todos os outros, todos assim propriamente assim classificados como: Humanos!
Dizem que a esperança é a ultima que morre... Mas, morre! E assim é esperança perdida, morta.
Ai você chega ao fim do céu, ultrapassa um buraco negro, descobre o fim do infinito, faz o fogo água e da água vinho, e do tudo se faz nada...
E entre a vida e a morte! A morte é a que mais se aproxima das minhas qualidades. Pois eu tenho o que ela quer e só ela pode me dar o que necessito: A vida!
28/02/2005
Bem vou-vos abrir os olhos!
Renato Alexandre dos Santos Freitas
Que remédio tenho....
Então é o seguinte: a defesa é preferível à frota, porque esta se encontra sempre no mesmo sítio, enquanto que a frota pode ser levada para qualquer lado, podendo assim correres o risco de seres apanhado desprevenido, o que ninguém gosta como é óbvio! Então reflecte em termos de vantagens e de desvantagens entre as duas, qual te parece a mais adequada para defenderes o teu planeta?!
Bem quanto a isto só tu podes decidir entre ser um jogador inteligente e esperto, e com isto impregnares os teus planetas com defesas para ninguém te atacar ou preferes ser totalmente aniquilado e frustrado neste universo!?
Bem acho que vos já chamei à razão,
Por isso os meus sinceros cumprimentos e desejo um bom jogo a cada um de vocês!
Um abraço daqui do vosso camarada renato91 que está e estará sempre disposto a vos ajudar!
Boa idéia seria inventar, também, a bolsa-cachaça! Já pensou o quão mais felizes e conformados nós, povão, não ficaríamos, quantos milhões de votos não seriam ganhos com isso?
João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR
Brasil, mame-o ou deixe-o.
João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR
Brinco de perua é pneu de lambreta.
João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR
BUSCA
João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR
Ele:
- Não é aqui...
Ela:
- É mais em cima...
BUSCO O QUE MIM É INEVITAVEL POIS O RESTO JÁ MIM VEM AS MÃOS.
JORGE LUIZ DOS SANTOS 041650
Cabelos tão brancos:
Alckmar Luiz dos Santos
ancinho que raspa a terra,
colheita de anos.
Cachorro que rejeita cadela, pau nele.
João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR
CANTADAS DESAFINADAS
João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR
- Quer dançar, querida?
- Eu não, mas a minha avó, que tem mais ou menos a sua idade, está doidinha pra isso.
- Posso sentar nessa mesa?
- Pode. Senta bem em cima dessa garrafa de cerveja aqui.
- Sozinha?
- Infelizmente agora não mais.
- Vamos lá fora tomar um arzinho lá fora, bem?
- Vamos. Posso levar meu marido?
- E aí, gata? Que tal um rala-e-rola?
- Tudo bem. O preço é duzentão, tá?
- Qual o seu nome, princesa?
- Agora é Regina, antigamente era Tonho.
CAMINHOS...
abilio carlos dos santos
( Parábola )
Que bom que a vida fosse como um campo florido ou um pomar com bons frutos.
Mas não é.
Na vida encontramos caminhos com curvas e retas. Precisamos aprender a percorrer, a cair e a levantar.
Na vida percorremos estradas asfaltadas e retas, mas também caminhos de terra com subidas acentuadas... Não é fácil!
Nesta viagem há muitas placas de “Pare” ou “Proibido”. Há controle de velocidade e não podemos ultrapassar... Se desobedecer será multado.
Cuidado! Não provoque acidente... Pense! Vidas serão interrompidas.
Respeite as pessoas... Não invada o espaço que não te pertence...
Chegue a Deus sem dívidas, sem vítimas e sem dores.
abiliocarlos
*
Um abraço do Pr.Abilio... Shalon!
*
CANSADO
Luiz Carlos Rodrigues dos Santos
Meu corpo cansado, dilacerado
É só o que restou de mim.
Pedaços de mim estão marcados
De dores e saudades sem fim.
Meus poemas sem concordância
São frutos da minha imaginação.
Sou apenas um cisco dessa existência,
Pó sem consagração.
Seres infames cobrem essa esfera,
Hipócritas dessa vida vão.
Por que essa empáfia se a morte nos espera?
Tua riqueza ficará enterrada no chão.
Estou cansado dessa podridão,
Quero explodir, tornar-me um ser celeste,
Quimera nessa imensidão,
Longe desses homens pestes.
Minha vida cansada, anda na contra-mão,
Não suporto mais essa sociedade torpe,
Pessoas brotando devassidão,
Imensuráveis lixos desnobre.
Cantadas Desafinadas II
João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR
- Vamos pegar um cineminha hoje, meu anjo?
- Vamos. Eu pego a sessão das duas e você, a sessão da oito, ok?
- Vamos dançar?
- Vamos. Com quem?
- Você bebe?
- Bebia, agora não posso mais, por causa do coquetel contra a AIDS.
- Alguém já lhe disse que você é super linda?
- Muita gente, e alguém já lhe disse que você precisa usar um bom desodorante?
- Quer uma carona?
- Não de você, com essa carona feia...
- Você mora por aqui, minha santa?
- Não, moro lá na Conchinchina, do outro lado do mundo, e já estou indo prá lá.
Cantadas Desafinadas III
João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR
- Oi, vamos tomar uma bebida?
- Vamos, eu tomo uma cerveja e você toma um chá de sumiço, certo?
- Você pode me dar o número do seu telefone, benzinho?
- Claro, anota aí: 0000-0000.
- Quer ser minha namorada, bela?
- Ah, não posso, eu já tenho uma.
- Hum, você pra ser um anjo só faltam asas!
- Irra, e você pra ser um chato só faltam penas!
- Quer dar uma voltinha, mocinha?
- Quero. O senhor trouxe o seu andador, vovô?
- Ai, eu posso te beijar, sonho meu?
- Pode, mas primeiro volta lá pra sua casa e escova os dentes, tá?
CANTAR
Renato Alexandre dos Santos Freitas
Cantar faz rir,
Cantar faz sorrir,
Cantar faz sonhar,
Cantar faz imaginar,
Cantar anima-te,
Cantar ajuiza-te,
Cantar, cantar...
Haverá outra coisa tão boa
Que nos ajude a pensar?
Se houver, agradeço que exista
Para eu poder voar
Neste mundo de sensações,
Em que muitas vezes
Velo paixões
Tantas vezes que nem sei
Se quer aquilo que sei
10-03-2008
CARTA AO AMIGO RAUL
Luiz Carlos Rodrigues dos Santos
Meu amigo chega de viajar,
Pegue seu disco voador,
E venha nos contemplar.
Você aqui faz falta,
Quero ouvir teu cantar.
Já ouvi tanta besteira,
Meus ouvidos não agüentam,
A poesia carece de tuas letras.
Meu amigo se aprece,
Logo sai o Trem das Sete,
Venha logo pra ficar.
Nesse hospício falta alguém
Para nos alimentar.
Venha tentar outra vez
Mudar essa sociedade maluca.
Estamos órfãos com certeza,
Das tuas irreverências.
Hoje aqui está mudado,
As fardas estão guardadas,
Venha impor a tua lei,
Mudar esse mundo maluco.
Não demore meu amigo,
Nos alerte com teu grito,
Esse mundo sem você não faz sentido...
Seriedade por aqui é besteira,
Precisamos de um Maluco Beleza,
Para ativar a nossa consciência.
Precisamos de uma sociedade alternativa,
Para termos uma metamorfose todos os dias.
Por isso meu amigo volte logo,
Precisamos de você para nos fortificar,
E nos ensinar as palavras do Gita...
Cartas Marcadas
João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR
A morte tem um gosto de vinho, espinho
Que bebemos pra curar outra ressaca
Da nossa vida que de repente empaca
Nessa estrada que tem mais pó do que vinho
A morte tem um gosto de amar sozinho
Degustado nas noites, feito uma faca
Que nos adoece sem remédio, maca
Que atravanca, impiedosa, nosso caminho
Tem um cheiro de efêmero nossa morte
Quando, implacável, nos mata eternamente
Naquele instante em que ri de repente
E rouba nossas cartas e nossa sorte
E nos mata de manhã, com seu punhal
Rutilante, endiabrado, celestial
Casamento é loteria, e a maioria não ganha nem o mesmo dinheiro.
João Batista dos Santos - LondrinaPR
Casamento feliz é que nem a amizade verdadeira: uma condição divina, perfeita, maravilhosa, só que não existe.
João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR
Casamento feliz é que nem assombração, todo mundo já ouviu falar, mas nunca ninguém viu um pessoalmente.
João Batista dos Santos - LondrinaPR
CIÊNCIAS
Renato Alexandre dos Santos Freitas
Por nós estudadas,
Por nós glorificadas,
Por nós sonhadas,
E por nós fabricadas.
Civilização é a distância que o homem colocou entre ele e o lugar dos seus excrementos.
Brian Wilson Aldiss
Coloquei mais de duzentos textos aqui. Quando tento algum tag meu, como bosta, por exemplo, não sai nada. Que sacanagem, pô! Ganham um dinheirão com publicidade com as obras da gente e fazem uma bosta dessas? Não publico mais merda nenhuma aqui.
João Batista dos Santos Rua Amapá LondrinaPR
Chuva de Prata
Ed Wilson - Ronaldo Bastos
Se tem luar no céu
Retira o véu e faz chover
Sobre o nosso amor
Chuva de prata que cai sem parar
Quase me mata de tanto esperar
Um beijo molhado de luz
Sela o nosso amor
Basta um pouquinho de mel pra adoçar
Deixa cair o seu véu sobre nós
Ó lua bonita no céu
Molha o nosso amor
Toda vez que o amor disser
Vem comigo
Vai sem medo
De se arrepender
Você deve acreditar
No que eu digo
Pode ir fundo
Isso é que é viver
Cola seu rosto no meu, vem dançar
Pinga seu nome no breu pra ficar
Enquanto se esquece de mim
Lembra da canção
Enquanto se esquece de mim
Lembra da canção
Ó lua bonita no céu
molha o nosso amor
Cidade
José Carlos Ary dos Santos
A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância e a palavra medo.
A cidade é um saco um pulmão que respira
pela palavra água pela palavra brisa
A cidade é um poro um corpo que transpira
pela palavra sangue pela palavra ira.
A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.
A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.