Levo a vida sorrindo, embora me custe lagrimas.
Kleber Castro Alves
Na arte da vida nao existem regras fixas, apenas podem ser talhadas segundo as circunstancias que nos revelam e definem o nosso percurso individual como seres humanos.
Arlindo da Silva Castro
minha alma chora
Conceição Di Castro
Minha alma chora,
Transfigura meu coração em dor,
Traz a angústia de querer
E não poder ter.
Meus olhos, angustiados, marejam o sofrimento.
Minhas mãos tremem;
Minha pele transpira a dor represada;
O desespero me consome por inteiro.
Tu entraste na minha vida,
Deu-me mostras da felicidade,
Mas não deu a segurança de ser amada.
Deixaste que eu apenas sonhasse
Que um dia poderia vir a amada.
Sei que, às vezes, apontou-me caminhos vários,
Ao mesmo tempo em que me dizias que também me querias.
Não quis enxergar a verdadeira realidade.
Amas demais a outra, não a mim.
Hoje, a realidade tira a máscara
Que eu não quis enxergar.
O "Adeus" de Teresa
Castro Alves
A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus
E amamos juntos E depois na sala
"Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a fala
E ela, corando, murmurou-me: "adeus."
Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus
Era eu Era a pálida Teresa!
"Adeus" lhe disse conservando-a presa
E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!"
Passaram tempos sec'los de delírio
Prazeres divinais gozos do Empíreo
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse - "Voltarei! descansa!. . . "
Ela, chorando mais que uma criança,
Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"
Quando voltei era o palácio em festa!
E a voz d'Ela e de um homem lá na orquestra
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei! Ela me olhou branca surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!
E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"
Castro Alves
O paraninfo é o professor a quem incumbe a última lição e o amigo a quem cabe o primeiro conselho.
Oswaldo de Castro Aranha
O que falta é vontade política para mobilizar recursos a favor dos que têm fome
Josué de Castro
Pediram-me para desenhar a poesia
Inês Castro
Para mim iss é complexo
Porque dou asas à imaginação
E a poesia é um reflexo!
Porque as pessoas ficam assim? Olhos enchem de lágrimas com o simples fato da distância. Coração aperta com o simples pensamento da ausência. Palavras não expressam o que o coração sente, tenho certeza disso. E um olhar? Será que dá realmente pra entender tudo que se passa no coração de alguém? Eu sofri mais estou feliz. Já sofri, mais sei que vou ser feliz. Só depende de mim.
Neto de Castro
Presente de Jah... Ó poderoso Jah.
Neto de Castro
Queria um reggae bem bonito pra falar das vezes que procuro por você. Imagino sempre uma solução. Olhe para traz e veja tudo que a gente já deixou passar.O tempo passou mais eu não percebi. Mesmo assim eu continuo procurando algo bom pra mim guiar. Éeh.. eu pensei que a brisa que passou levaria tudo de ruim que ficou. Mais lembrei que brisa não leva rancor.
Borboleta foi embora mais casulo ficou.
Eu sei que nem o mais sábio iria entender o meu sorriso que chegou contigo assim que a gente se tocou. Um sorriso que trouxe paz. Ela é o meu bem-querer. Uma gota de orvalho, um sorriso, uma flor no coração. É... Eu plantei uma flor.
Nenhum obstáculo me impediu de continuar e eu ainda espero a semente desabrochar em seu coração. Lembra? Aquela flor que eu plantei.
Peguei carona no teu colorido. O tom do teu olhar nesse final de tarde... Quando o sol se por a brisa que passar por mim me levara a você?
Final de tarde com todos os seus mistérios eu sinto aquele vento que sopra com seu cheiro. A gente esqueceu o que tava combinado? Frases feitas... Perfeitas.
Eu só quero te fazer sorrir... Sorrir junto com você. Ver-te feliz... Ser feliz com você. Mais e agora que estou escrevendo essas palavras pra você. Elas podem ate não serem perfeitas. Mas você sabe que é pra você? Tente me ouvir, me ver.
Bom... Eu podia ate tentar naquela ilusão. Mais com você é diferente. Frente a frente, eu e você. Tudo é mais fácil. Mais é difícil esquecer o que eu faço sempre que você vai... Eu fico aqui bolando coisas mirabolantes... Pareço um iniciante.
O que será de mim quando o dia amanhecer? Da pra ver o tempo ruir. Solidão. O pensamento lá em você e tudo me dividiu. Um carinho, um abraço, me da, por favor. Não vejo problema. Quero atenção. Diga que sou seu. Mãos dadas caminhando na rua.
Você é uma criatura tão diferente. Não tenho o mapa da sua alma... Não sei como o coração não sangra quando tento de rever.
Na hora sempre parece que eu não vou agüentar... Lembra aquele tempo que passamos juntos? Vai ficar pra sempre. Quando fecho os olhos é você que eu vejo... Então eu paro e faço um desejo. Vem pra cá, meu presente de Jah.
Câmbio, desligo.
Primavera...
Marcelo de Castro Costa
... flores... cores... alegria...
Verão...
... calor... praia... emoção...
Outono...
... renovação...
Inverno...
... frio... cobertor... lareira...
Você...
... primavera... verão... outono... inverno...
Porque...
Como a primavera...
... transmite alegria, com seu sorriso
... irradia beleza, tal qual as flores
... chama a atenção, igual as cores
Como o verão...
... queima, mas com seu amor
... encanta, tal a praia, seu encanto
... emociona, aquele, que lhe encanta
Como o outono...
... renova esperanças, daqueles que a amam
Como o inverno...
... chama o frio, para que seja aquecida
... pelo cobertor, ou, caso, queira, pelo seu amor
... e a chama da lareira, traduz a força de sua paixão
Quando tudo parece esta se firmando...vem a onda e destroi o castelo...desistir?...NAO,NAO...é apenas mas uma experiencia...
Leia castro
QUISERA EU
Doris Castro
Quisera ser
Teu anjo, e não me desgrudaria de ti um segundo que fosse...
Quisera ter
O dom da poesia, e te faria lindas frases ....
Quisera poder
Alcançar as estrelas, e ainda hoje te ofertaria a que mais brilhasse...
Quisera saber
Aonde estás agora, e correria ao teu alcance...
Quisera entender
A lógica do acaso, e interpretaria a nossa história dando a ela um final feliz.
Solitate
Deborah Kênia de Castro
Esse idiotismo português assaz doloroso pra mim...
Já ouvira falar de sua companhia, mas a pouco conheci pessoalmente.
Seu conceito parece simples, explicável... Entretanto meu coração não compreende como é possível suportar...
Seria pouco dizer que saudade é nostalgia, vai além de sentir falta de alguém...
Saudade é sentir-se inebriado pela expectativa de um reencontro
É recordar com os olhos marejados de emoção daquele primeiro beijo...
É sonhar acordada, é ler, cantar, poetizar... É assistir filmes de amor, admirar casais enamorados...
É suspirar ao esplendor das lembranças que são apenas de nós dois...
Saudade é escrever seu nome incontáveis vezes num papel e circular com um coração apaixonado...
É parar no tempo e ver o tempo parar ao imaginar novamente seus abraços...
Saudade é esperar ansiosamente para ouvir sua voz num próximo telefonema e sorrir com você e sorrir de nós...
É falar aos amigos sobre você até não agüentarem mais...
Saudade é pedir as borboletas em tom desesperado que me leve em suas asas para encontrar-te. É falar pra esperança não esmorecer caso elas, as borboletas, digam que terei de esperar a chegada do verão...
Saudade é pedir licença ao arrebol para juntos começarmos o dia pensando em você...
Saudade não é dor por você estar longe, é a aflição por não tê-lo por perto...
Saudade é querer gritar com toda força, pra quem quiser ouvir: Amor, cadê você?
Saudade é pedir a Deus que abrevie o tempo...
A saudade não me para... Ela acalenta a vontade de dizer te amo!
Sua amizade é simplesmente indispensável para a minha felicidade!
Isabelly Castro
Tudo um dia tem um fim. As férias viram só recordação. Será que ainda é hora de te abraçar bem forte? O que eu quero? Eu lembro que estava só quando você chegou e me alegrou, lembrei daquela velha canção que fala de nós dois. Como é que pode? Você chegou mais sua presença não resolve. "Não se preocupe rapaz! Você se preocupa demais!". Será? Sabe aquela linha do horizonte? Que flutua evitando que o céu se desmonte. Eu a segui e agora sei que o mar na verdade é uma ponte. Te leva pra qualquer lugar. Mais estou fraco pra ir tão longe então penduro minhas idéias em um balão e o solto, sobe balão e leva minhas idéias para alguém que consiga entende-las, eu já não entendo mais. Agora já estou bem mais calmo. De onde vem essa calma? Eu não sei. Eu sonhei novamente, um sonho antigo, com um cavalo que tinha asas (como pode um cavalo ter asas? não sei, só sei que foi assim). Eu não queria ir embora daqui, eu sou igual a vocês. Por favor me deixem ficar. Não solta minha mão. Eu tenho medo. Olhe tudo o que eu escrevi. Ahhh! Quer saber de uma coisa? Deixe que digam, que pensem, que falem! Mais bem que eu queria voltar... E ter de volta tudo que eu perdi sem querer. Pelo menos uma vez queria esquecer-se de lembrar dos meus acertos idiotas. Queria ver o mais simples como o mais importante e dar-te o valor merecido. Eu sangro sozinho na solidão da noite, mais não estou triste, pelo contrario, meu sangue me lava a alma e liberta minha dor. Mais sei que por trás das sombras eu ainda sou feliz, meus dentes brilham de alegria então olho pro céu e procuro aquela estrela... Não a achei hoje. Onde você está?
Neto de Castro
Câmbio, desligo.
Um revolucionário pode perder tudo: a família, a liberdade, até a vida. Menos a moral.
Fidel Castro
~*~* O laço de fita ~*~*
Castro Alves
Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.
Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.
Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.
E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!
Meu Deusl As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.
Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.
Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia libertes as tranças
Mas eu... fico preso
No laço de fita.
Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepital
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.
“Mas não é agindo apenas sobre o corpo dos indivíduos, degradando-lhes o tamanho, mirrando-lhes as carnes, roendo-lhes as vísceras e abrindo-lhes chagas e buracos na pele, que a fome aniquila o homem. É também atuando sobre seu espírito, sobre sua estrutura mental, sobre sua conduta social.
Josué de Castro
No estudo da influência da fome sobre o comportamento humano devemos considerar, em separado, a eventualidade da fome aguda das épocas de calamidades e a da fome crônica, latente ou específica.
Nenhuma calamidade é capaz de desagregar, tão profundamente e num sentido tão nocivo, a personalidade humana como a fome, quando atinge os limites da verdadeira inanição. Fustigado pela necessidade imperiosa de comer,o homem esfomeado pode exibir a mais desconcertante conduta mental. Seu comportamento transforma-se como o de qualquer outro animal submetido aos efeitos torturantes da fome(...). - 1957