A intriga que alcança os empregos não habilita para bem servi-los.
Marquês Maricá
A inveja de muitos anuncia o merecimento de alguns.
Marquês Maricá
A inveja, que abrevia ou suprime os elogios, é sempre minuciosa e prolixa na sua crítica e censura.
Marquês Maricá
A leitura deve ser para o espírito como o alimento para o corpo, moderada, sã e de boa digestão.
Marquês de Maricá
A leitura é um grande lenitivo para a velhice nos achaques que a incomodam, e reclusão a que obrigam.
Marquês de Maricá
A leitura, como a comida, não alimenta senão digerida.
Marquês de Maricá
A liberdade é a que nos constitui entes morais, bons ou maus; é um grande bem para quem tem juízo; e para quem o não tem, um mal gravíssimo.
Marquês Maricá
A liberdade que nunca é suficiente para os maus é sempre sobeja para os bons.
Marquês Maricá
A literatura inglesa instrui moralizando, a francesa deleita sensualizando: a primeira é racionalista, a segunda sensualista.
Marquês de Maricá
A má educação consiste especialmente nos maus exemplos.
Marquês Maricá
A maior parte dos males e misérias dos homens provêm, não da falta de liberdade, mas do seu abuso e demasia.
Marquês Maricá
A maledicência é uma ocupação e lenitivo para os descontentes.
Marquês Maricá
A maledicência pode muitas vezes corrigir-nos, a lisonja quase sempre nos corrompe.
Marquês Maricá
A memória dos velhos é menos pronta, porque o seu arquivo é muito extenso.
Marquês Maricá
A mocidade é a estação da felicidade sensual, a velhice, a da moral e intelectual.
Marquês Maricá
A mocidade é temerária; presume muito porque sabe pouco.
Marquês Maricá
A mocidade é um sonho que deleita, a velhice uma vigília que incomoda.
Marquês Maricá
A mocidade expande-se para conhecer o mundo e os homens, a velhice contrai-se por havê-los conhecido.
Marquês Maricá
A mocidade viciosa faz provisão de achaques para a velhice.
Marquês de Maricá
A moda determina as opiniões de muita gente.
Marquês Maricá
A moderação em muitos homens é o reconhecimento da própria fraqueza ou mediocridade.
Marquês Maricá
A modéstia doura os talentos, a vaidade os deslustra.
Marquês Maricá
A morte anula sempre mais planos e projectos do que a vida executa.
Marquês Maricá
A morte de um avarento equivale à descoberta de um tesouro.
Marquês Maricá
A morte que desordena muitas coisas, coordena muitas outras.
Marquês Maricá