Os moços são tão solícitos sobre o seu vestuário, quanto os velhos são negligentes: aqueles atendem mais à moda e à elegância, estes à sua comodidade.
Marquês de Maricá
Os moços, por falta de experiência, de nada suspeitam, os velhos, por muito experimentados, de tudo desconfiam.
Marquês Maricá
Os nossos inimigos contribuem mais do que se pensa para o nosso aperfeiçoamento moral. Eles são os historiadores dos nossos erros, vícios e imperfeições.
Marquês Maricá
Os nossos maiores inimigos existem dentro de nós mesmos: são os nossos erros, vícios e paixões.
Marquês Maricá
Os pequenos inimigos, ainda que menos danosos, são sempre mais incómodos que os grandes.
Marquês Maricá
Os pobres divertem-se com pouco dinheiro, os ricos enojam-se com muita despesa.
Marquês Maricá
Os povos desencantados tornam-se insubordinados.
Marquês Maricá
Os povos, como as pessoas, variam de opiniões e gostos, e na sua inconstância passam frequentes vezes de um a outro extremo.
Marquês Maricá
Os que asseveram que os maus são ou podem ser felizes, não têm noções claras da genuína felicidade.
Marquês Maricá
Os que falam em matérias que não entendem parecem fazer gala da sua própria ignorância.
Marquês Maricá
Os que governam preferem o engano que os deleita à verdade que os incomoda.
Marquês Maricá
Os que mais possuem não são os que melhor digerem.
Marquês Maricá
Os que menos sabem governar-se são
Marques de Maricá
os que mais ambicionam governar
os outros.
Os que não sabem aproveitar o tempo dissipam o seu, e fazem perder o alheio.
Marquês Maricá
Os que reclamam para si maior liberdade são os que ordinariamente menos a toleram e permitem nos outros.
Marquês Maricá
Os sábios duvidam mais que os ignorantes; daqui provém a filáucia destes e a modéstia daqueles.
Marquês Maricá
Os sábios falam pouco e dizem muito, generalizando e abstraindo resumem tudo.
Marquês Maricá
Os sábios que são respeitados pelos seus escritos são algumas vezes desprezíveis pelas suas ações.
Marquês Maricá
Os soberbos são ordinariamente ingratos; consideram os benefícios como tributos que se lhes devem.
Marquês Maricá
Os tolos são muitas vezes promovidos a grandes empregos em utilidade e proveito dos velhacos, que melhor os sabem desfrutar.
Marquês Maricá
Os velhacos têm por admiradores todos os tolos, cujo número é infinito.
Marquês Maricá
Os velhos caluniam o tempo presente atribuindo-lhes os males de que padecem, consequências do passado.
Marquês Maricá
Os velhos dão bons conselhos para se redimirem de ter dado maus exemplos.
Marquês Maricá
Os velhos erram muitas vezes por demasiadamente prudentes, os moços quase sempre por temerários.
Marquês Maricá
Os velhos invejam a saúde e vigor dos moços, estes não invejam o juízo e a prudência dos velhos: uns conhecem o que perderam, os outros desconhecem o que lhes falta.
Marquês Maricá