"Não agir": uma atitude sábia...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Acredito que a essência da verdadeira ação está no "não agir". Logo, a verdadeira ação consiste em respeitar a natureza, deixando-a seguir seu curso; consiste em se permitir guiar por ela, agindo nos momentos oportunos de modo espontâneo e livre, sem interferências externas, seguindo a voz do coração.
A verdadeira ação consiste em acreditar que há sempre o momento certo para agir - nem antes e nem depois -, mas sim o momento certo para abraçar oportunidades; para desbravar caminhos e vencer, sem deixar de ser unidade com a cadência natural da vida.
A princípio não é o que nos choca, mas o nosso sistema de crenças que deve ser re-avaliado com lentes mais acuradas... Não podemos mudar a realidade manifesta no AGORA, mas podemos mudar quem nós somos e - a partir da realidade presenciada - ampliarmos nossa visão de mundo para que possamos agir consciente e coerentemente, sendo pontos de luz nas trevas do desamor, ignorância, preconceito e indiferença tão presentes no seio da humanidade...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Cedo ou tarde a VIDA sacode quem adormecido está... Porém, muitos preferem virar para o outro lado e continuarem dormindo.
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Crise é o elo que se rompe entre um passado superável e um futuro possível, impulsionando-nos à prática criativa.
Maria Aparecida Giacomini Dóro
A confiança é o lastro a todo comportamento moral e ético manifesto nas inter-relações humanas.
Maria Aparecida Giacomini Dóro
A dor me ensinou que...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
A vida simplesmente passa... Ou permanece, através dos frutos do amor semeado. E nós, viajantes do infinito, também passamos como cometas descomprometidos com o brilho-guia nas noites escuras da indiferença... Ou permanecemos, além do tempo e do espaço que ocupamos no universo, através da sensibilidade e do amor alentados pela humanidade.
O plantio é agora; a colheita, no futuro!
Amanhã... Depois... Não importa! O que realmente importa são as sementes que lançamos ao longo do caminho percorrido, pois um dia alguém as colherá.
Semear é preciso, mesmo que seja sob sol escaldante...
Um amor assim...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Amor que fala
e silencia
Amor que toca
e contagia
Amor que sente
e compreende
o coração da gente
Ah! Eu quero, sim.
Caminhos...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
São tantos caminhos...
Decido!
Bagagens... Pra quê?
Se levo amor no coração
Livre, despojada, desapegada sou
Caminhos comuns me confundem...
Desisto!
Busco o novo...
O imponderável!
Livre, despojada, desapegada vou
São tantos caminhos...
Uns, abrasados pelo fogo do amor
Outros, reverenciados por folhas outonais
Uns, embaçados por lágrimas de dor
Outros, iluminados por centelhas vitais
Íngremes ou brandos caminhos...
Não importa!
O que realmente importa
São os passos, a meta... O amor!
Livre, despojada, desapegada sou
E... Num repente,
Corro riscos, assumo falhas
Acerto passos... Sigo em frente!
Comprometimento
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Vá em direção a si mesmo.
Torne-se verdadeiramente quem você é.
Eu não posso pensar, sentir, querer e agir por você.
Mas eu estou com você.
Ausência...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Ausência...
Por que vestes
o véu da noite
e desnudas minha alma?
Ausência...
Por que gritas
no silêncio
e não ouves meus lamentos?
Ausência...
Por que insistes
ser presença
nos meus gélidos momentos?
Ausência...
Eu preciso te dizer
que não aprendi viver
com tua amarga presença
Num flash, um sonho...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Num flash...
A arte,
Prisão de átimos
Antes nunca existidos,
Depois jamais repetidos
Num flash...
Expressão registrada,
Prisão consumada
Do rosto
Do olhar...
Da vida em cena,
Vencendo o tempo
Que vai perdê-la
Num flash...
Expressão registrada,
Prisão consumada
Do medo
Da angústia...
Da dor que corrói a alma,
Vencendo o tempo
Que vai esquecê-la
Num flash, um sonho...
Liberdade!
Dá-me tua mão...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Deixa ir o que te marcou
Sem dores, nem lágrimas
Desapega-te!
Vem...
Não és página riscada
de uma história esquecida
Nem folha pisada
no chão da vida
Levanta-te!
Firma teus pés...
Caminha leve por entre rosas e espinhos
Supera-te!
Vem...
Dá-me tua mão!
Por que choras, menino?
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Por quê? Menino crescido
Menino criança
Na dor a lembrança
Do amor esquecido
Por quê? Menino talento
Nas ondas do vento a vida em risco
Riscos? Não! Um rosto, uma lágrima...
O grito! ...de apelo
Menino crescido não chores
A vida ...a morte em folhas caídas
Pois as marcas da dor
São também algemas rompidas
Amo-te!
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Amo-te!
Humano
Insano
Desumano
Amo-te!
Além das sombras...
Além das dores que matizas
n'alma que te alenta
Amo-te!
Na criança que foste um dia
No olhar vazio... No nada...
No reflexo do que pensas ser
Amo-te!
E mais, acredito
em ti o amor não morreu...
Agoniza... Vive!
Olhes além...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Olhes além...
Já não sou a chama
que iluminou tuas trevas
Olhes além...
Já não sou a água
que saciou tua sede
Olhes além...
Já não sou o chão
que firmou teus passos
Olhes além...
Já não sou a brisa
que embalou tua alma
Olhes além...
Já não sou o bálsamo
que aliviou tuas dores
Olhes além...
Já não és transeunte
de avenidas vazias
Olhes além...
Já não és pássaro ferido
E eu - no outro - preciso muito de ti
Olhar perspicaz
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Olhar que desnuda
a dor mascarada
Se aceita, redime
Se rejeita, condena
Mesmo assim, desumano,
é tão diferente
do olhar ausente...
Piso o solo sagrado do homem e resgato elos perdidos de minha história; revejo capítulos escritos à luz de uma frágil lamparina; completo lacunas no espaço e no tempo; vou ao encontro de ti e permito-me ser encontrada... Assim, descubro-te em mim!
Maria Aparecida Giacomini Dóro
O homem que perde a capacidade de se encantar, torna-se insensível diante do belo e também do trágico.
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Contrastes...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Já olhaste nos olhos
de quem te ama além das dores,
dos amores de verão?
Aquém, pautas reticentes
Mares que se abrem em ondas secas
Palavras ao vento
Promessas vãs
Juramento...
Ressaca de lágrimas ausentes
Já olhaste além das sombras
que cerceiam teu desejo de amar,
de ser amado(a)?
Aquém, contrastes
Horizontes que se fecham em breu
Palavras mortas
Ações tortas
Arrependimento...
A vida não te dá o que não podes receber
Nem te cobra o que não podes oferecer
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Passar pela vida sem deixar centelhas de amor e esperança no coração da humanidade é ter vivido em vão; é ter se consumido nas trevas da própria aniquilação.
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Despojado de máscaras, o ser humano cresce em individualidade e passa a expressar-se de modo mais autêntico. Sincronicamente uma presença luminosa - espírito da vida - emerge de sua essência, projetando-se nas telas vitais por ele matizadas... É essa presença que o torna único e especial, imprimindo em nossos corações as marcas de sua passagem.
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Vida plena
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Passado, naufrágio no oceano do tempo...
Futuro, miragem no deserto da vida...
Presente, dádiva de valor infinito
Amargas lembranças? Preocupações?
Nada vale a pena!
O que realmente importa é viver
Viver intensa e entusiasticamente
o momento presente
OUTONO...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Tão real! Existencial...
Caem as folhas, ficam os ramos
Doce/amargo sabor da vida
Identificado pelo paladar do homem
OUTONO...
Suaves melodias! Notas caladas...
Presença que alenta a alma
Ausência que alerta o coração
Fim do caminho? Novas encruzilhadas...
OUTONO...
Inverno, primavera, verão
Apagam-se as luzes... Ciclos se completam
Nada se perde, tudo se ganha
Vivendo a magia de cada estação
Somos humanos! Que bom que somos humanos!
Maria Aparecida Giacomini Dóro
Assim, imersos nas águas emocionais, podemos sentir os impactos das polaridades tão presentes em nossas vidas. Impactos que nos despertam do sono letárgico do "existir" para a expressiva aurora do "viver". Impactos que nos mostram que o equilíbrio se faz no caminho do meio...
Equilíbrio? Equilíbrio é chão; é lição! É vida pautada no agora, meu irmão!
A sensibilidade que brota da alma poética é a doce melodia que embala os sonhos; é a voz persistente que ecoa nas ondas do tempo e alimenta a chama do amor verdadeiro.
Maria Aparecida Giacomini Dóro