Uma noite
Marcos Cesar Mello
Um momento
Uma saudade
A eternidade...
Risos, suspiros,
Sonhos, êxtase...
Corpos, cama,
Edredom, prazer...
Magia, Química,
Delírio, beijos...
Suor, ápice...
Eu, você
E a sensualidade
Que nos circunda...
Ah, saudades que me invade
Marcos Cesar Mello
Suas linhas me torturam
E em seu berço durmo...
Fujo da realidade cotidiana
Que cria em mim, angústia;
Sofro por não acreditar,
Por não chorar...
Ah, saudades que me conduz
Suas icompatilidades me sufocam
E em discurso minto,
Ando sem rumo definido
E não encontro soluções;
Para acreditar,
Para chorar...
Ah, saudades que me compreende
Sua nostalgia me alegra
E em lembenças vivo;
Procuro pelo passado
As razões desta dúvida
E já consigo acredutar,
Mas não consigo chorar...
Olha, você parece um morango doce. Daqueles que eu gosto. Aliás, vem aqui comigo comer morangos frescos? A gente pode esquecer do que acontece além da porta, apagar o verbo reflexivo "preocupar-se" de todos os dicionários e escutar aquele CD. Ou aquele outro. Ou o que você preferir. Acho que vou estar prestando mais atenção nos seus sons. Me perco, sim, acho que me perco nos seus tudo. Você me põe de cabeça para baixo com todas as suas definições particulares e apimentadas. E só eu sei o quanto eu gosto disso. Vem aqui comigo e entra com a chave que eu vou deixar debaixo do tapete. Vem, porque eu estou esperando com os morangos e só. E vem daquele jeito seu que eu acho lindo.
Marcos Cesar Mello
Você se habilita?
Brinde os sonhos,
Marcos Cesar Mello
Em contratempo
Vista as vertigens
Da saudade...
Alimente-se da felicidade
E rasgue a balbúcia
Deste mundo caótico...
Realize sua demência,
Alheia aos desejos,
De sua mente cansada
Pelas luxúrias diárias...
Não creie na aversão humana,
Que corrompe nosso cotidiano,
E se recicle para crescer...
Sinta as pulsações, dos amantes
Que exala seu odor contagiante...
E viva em comunhão,
Com sua alma
Que reflete sua inconformidade...
O tempo passa,
Marcos Cesar Mello
E entre as audácias da vida
Os seres se encontram...
A intrépida forma de agir das pessoas
Se confundem com as horas,
Numa coligação, confusa de apelos...
Lágrimas escorrem entre faces covardes,
E atropelam as expressões mais suaves...
Pequenos fascínios se deixam levar,
Pelas curtas emoções alheias,
Fugindo de um mundo irônico e cínico...
O tempo passa...
E a vida se encurta,
Provando aos seres
Sua impaciência de morr
Dois corpos unem-se...
Marcos Cesar Mello
Apenas um...
Único aroma,
Único sentido...
Risos, suspiros, gemidos.
Inquietude, _..._ cumplicidade.
Novo tempo,
Abraços, palavras soltas,
Calor, suor...
Tudo se misturando
Até um próximo desejo,
Num novo eclipse....
Fetiches vorazes
Marcos Cesar Mello
Afogam os pensamentos
Remetendo os sonhos
Ao divã...
As horas confundem-se
Com os desejos,
Traduzindo as formas
Em abstratos inertes
Na consciência...
Prismas formam-se
E escorrem como suor
Pelos corpos grudados
Em puro êxtase...
Atigindo um climax
Que retrocede,
Ao instante da perplexidade
De quando cruzei seu olhar...!!!
No teu corpo - como jóia - me encontro;
Marcos Cesar Mello
Carícias constantes, estratégias novas,
num percurso lindo! Um encanto!
A felicidade reside, nesta alcova!...
Instantes incalculáveis de fantasias;
No ápice incontrolável me lanço!
Proporciono-te loucuras e alegrias;
Depois deste amor, desfaleço-me... Descanso!...
Conturbado, os pensamentos voam sem nexo;
Ouço palavras do etéreo, nunca ditas,
Testo a minha consciência, já sem reflexo;
Desfruto, sem cessar desta paz Infinita!...
JEILDA!!!
Marcos Cesar Mello
Musa de sublime inspiração
Onde traduzo minhas essências platônicas...
Figura de beleza inconfundível
Com um toque ímpar de gracilidade,
Que faz meu eterno sonho
Repousar as mais intensas
Revelações do ser...
Mística que conduz
A intrépida forma do viver
Em sentidos plausíveis
Ainda inerte no tempo.
Deusa ao qual remeto
Minha sensibilidade,
Tentando converter
O real em abstrato...
Buscando a seiva que alimenta
O mais nobre dos sentimentos...
O AMOR....
Estrela permanente,
Marcos Cesar Mello
Reluz em minha noite
Irradiante e soberana...
Cálice de balsámo, onde
Afogo meu ser...
Amada deusa
Zelosa e sútil,
Zanza perene
Entre as linhas
Meridionais da minha existência...
Quando seu sonho
Marcos Cesar Mello
Refletir sua saudade,
E em seus pensamnentos
Nossa vida transpor...
Volte!!!
Quando seu desjo
Atropelar sua simpatia,
E em seus poros
Nosso amor exalar...
Volte!!!
Quando seu erro
Coincidir sua crição,
E em seus acasos
Nossa relação aparecer...
Volte!!!
E eu estarrei aqui, pronto para:
Seu sonho, realizar...
Sua saudade, matar...
Seus pensamentos, eternizar...
Seu desejo, saciar...
Sua simpatia, exaltar...
Seus poros, cheirar...
Seu erro, consertar...
Sua criação, brindar...
E seus acasos amar...!!!
Quando seu corpo de leve, no meu se apoiou
Marcos Cesar Mello
Quando seu desejo latente me tocou
Vibrei de ternura e paixão...
O fogo que estava em meus olhos, derramou-se
pelo corpo afora e cada partícula gemeu de prazer.
O céu uniu-se com a terra e, como respingos de chuva
meu suor escorreu molhando
seu corpo...
Lambi suavemente gota por gota
desta chuva incandescente
que escorrendo sobre nós
trouxe um mundo de prazer.
nossos corpos escorregaram em busca do âmago profundo.
E num gemer
bem manhoso... sons desconhecidos
vibrei no abraço
apertei-o na entrega
sentindo o poder.
E num delírio só nosso
me preencheu com amor,
e no espasmo final,
nos olhamos, nos sorrimos
e tudo emudeceu...
Pensamentos tácitos
Marcos Cesar Mello
Tomam conta de meu ser...
Em contraste recordo
Alguns momentos
Que juntos passamos...
Uma saudade contagiante
Inunda minh'alma
Revelando uma figura ática
Pela qual, encontro-me hipnotizado...
E não mais consigo ficar distante;
Trazendo a mim o desejo
De que as horas parem
E imortalizem este momento,
Pare que eu não precise
Acordar deste sono poético...
Neste silêncio tão meu
Marcos Cesar Mello
Soa em meu ser a música suave
Nessa calma noite mirando o céu
Sonho em meio ao olhar das estrelas
Este amor que espero vai chegar
Quase sinto o leve toque de mãos
E a presença ausente de um outro coração
Que junto ao meu pulsa tão forte
No mesmo sentimento de só amar
Enquanto o mundo gira e tenho vida
Sonho assim o amor que sendo meu
Será entregue e tão somente teu!!!
Num livro poético
Marcos Cesar Mello
Deixo meus rastros,
Ao orgasmo sintético
De todos os astros...
Ao sol e a lua
Escrevo clareza,
Você passa nua
Exaltando a beleza....
Estrelas cometas
Apresentam seus brilhos,
Com suas facetas
Conheço meus trilhos...
Percorro o universo
Com toda emoção,
E termino este poema
Segurando sua mão....
Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
Marcos Cesar Mello
Um povo herói, cansado e faminto
Sofrendo a injustiça da força Pátria
Chorando a morte de seu filho desnutrido.
Óh senhor de punho forte,
Faça um milagre aos teus seguidores antes da morte,
No teu seio não se vê maldade
Só carinho, compreensão e prosperidade.
Óh Pátria amada, desonrada pobre, pobre...
Brasil, empunhe a bandeira da igualdade
Nos pátios do Planalto e sociedade,
Não fujas da realidade que plantates
Alimente teus famintos por caridade,
Óh Pátria amada, desonrada pobre, pobre...
Dê vida ao teu céu azul-anil
Liberte o teu povo já descrente
Lave a tua cara BRASIL!!!