Tristes Sinos
Luiz Guilherme
Tristes sinos a tanger!
Pelas frias campinas...
Pelas velhas ruínas...
Pelos caminhos de Minas.
Tristes sinos que dobram.,
Por estas romarias,
Pelas pradarias,
Na hora da Ave-Maria.
Dobre de sinos tristonhos.
Nas ermas distâncias...
Por rústicas estâncias,
Por meus sonhos de criança.
Frio repicar de sinos ,
Que espalham segredos...
Que trazem degredos,
Ânsias e medos.
Velhos sinos que segredam ,
Velhas profecias!
Profundas nostalgias...
Tristíssimas monodias!
Minha Proteção = = =
Luiz Guilherme
Naun tenhu mais controle sobre meus impulsos.
Vc é mais forte e
Derrotou minha inocência.
O desespero de querer estar com vc
é maior que o maior.
Minha fonte de energia
é o seu calor.
Vc naun está aqui e
eu naun vivo.
Minha alma pede proteção
aos eternos.
A sua é eternamente protegida
pela pureza de um coração amado.
O Culpado
Luiz Guilherme
Não posso culpar a chuva quando não cai
Não posso culpar as lágrimas que não escorrem
Não posso culpar alguém que não vem em minha direção,
Ou quem vem e não para
Não posso culpar a dor que me habita
Nem o amor que me abandonou
Não posso te culpar por olhares reincidentes
Nem por partir sem adeus
Não posso culpar o chão por ser duro
Nem por me esfolar nos tombos insistentes
Eu sou o culpado, fui condenado, estou cumprindo a pena,
Resignado a viver entre as grades do desespero
Sou culpado por te deixar ir, pelo fracasso na busca, pela fraqueza no caminho
Sou culpado pelas respostas erradas às questões do destino,
Pela falta de ação nos momentos exigidos
Talvez eu me perdoe, talvez eu sobreviva o suficiente pra superar
Talvez sangre até me afogar, talvez sucumba cheio deste vazio,
Talvez chegue até à cova plenamente satisfeito,
Ou talvez tenha que cumprir este penoso caminho sozinho
Carregando meu corpo dolorosamente até abandoná-lo no leito de morte.
Pensamento solitário
Luiz Guilherme
Vejam a sociedade amontoada
em esquinas sujas e perigosas
São crianças sem espaço
São jovens sem idéias
E os adultos? Estão sempre sem tempo
Escória! Desilusão! Medo!
Crianças reprimidas, jovens alienados
Gente sem nada para pensar
É o mal...
São flores da falta de futuro
E frutos nascem como pobreza
Como tristeza
É na Terra e no Universo
Planeta solitário
Assim como os habitantes
Cada um em seu viver...
É um mundo realmente triste...
Apatia... chega de miséria
Por favor, dê- me a mão
E converse um pouco comigo... um pouco!