Frases de Kathlen Heloise Pfiffer

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A vida é uma coisa muito complicada de se entender. Nós passamos por tanta coisa de uma vez só, passamos por tantos momentos, que quando para os pra pensar em tudo que aconteceu, percebemos o quão rápido nossa vida passou.

Parece até comum quando chega o final do ano, escutar coisas do tipo “Nossa como o ano passou rápido; parece que foi ontem que ele começou...” E é nessas horas, que percebemos que o tempo está passando, que os anos estão correndo, que o mundo está mudando, que a nossa vida está diminuindo.

Dizem que quando estamos morrendo, passa em nossa mente um filme de nossas vidas, com todas as horas que foram importantes pra nós, os momentos bons, os momentos ruins. Mas me pergunto uma coisa: será que é nessas horas que nos arrependemos do que fizemos, ou pior ainda, do que deixamos de fazer?

É freqüente ouvirmos pessoas mais velhas falando: ”Ah se eu pudesse voltar no tempo e ter minha juventude de volta, seria tudo tão diferente...”. Parece que as pessoas, quando ficam mais maduras, começam a pensar mais nessa história de juventude. Pra nós, jovens, essa juventude vai durar pra sempre, vai ser eterna. Às vezes deixamos de fazer algo porque achamos que ainda temos uma ‘’vida toda pela frente’’ Mas é ai que cometemos nosso maior erro.

Não podemos perder uma chance, uma oportunidade. A vida é uma só, por isso precisamos aproveitar cada momento, cada risada, cada lágrima, cada pôr do sol e cada dia de chuva.

Se você deixou de fazer algo que queria muito, corra atrás! Faça de tudo para conseguir alcançar seu objetivo. Não deixe que a vida passe sem ter feito tudo que você podia ter feito.

Aproveite seu tempo. Pois quando o filme de sua vida estiver passando diante de seus olhos, tenha a certeza de que o que você ver vai deixá-lo satisfeito. Vai perceber que mesmo o tempo tendo passado, os anos terem corrido, o mundo tendo mudado e a vida tendo diminuído, tudo valeu a pena. E mesmo sabendo que a vida é complicada demais para se entender, nós entendemos, que o que importa mesmo, é viver. (kety 01/12/07)

Kathlen Heloise Pfiffer

Em cada pensamento meu, tem um espírito que vibra, um sol que aquece, um anjo azul, um filme de amor, um sorriso eterno, um desafio.

Em cada momento meu, tem um poema escrito, uma foto rasgada, uma música lenta, um bilhete de eu te amo, um carro chegando.

Em cada sentimento meu, tem o aniversario de um amigo, um colar colorido, uma gota de chuva, um número de telefone, um sussurro no ouvido.

E em cada movimento meu, existe um carnaval em setembro, um arco-íris, uma tempestade em copo d'água, um amor explosivo, uma vontade de voar, uma alegria eufórica, e uma imensa vontade de VIVER.

kety (17/06/07)

Kathlen Heloise Pfiffer

sou o que sou, e ninguém vai mudar isso. posso não ser sempre a mesma, mas serei sempre EU mesma. o que eu acho certo, eu digo e defendo, e reprimo o que acho errado. meu amor eu ofereço pra quem merecer, e minha alegria divido com quem me faz bem. meus amigos, minha família, meus amores, eu defendo com dentes arreganhados, e ai de quem se intrometer nisso. minhas decisões eu tomo por impulso, tomo por sabedoria, ou as vezes não tomo decisão nenhuma, como vier a calhar, eu faço. se vier a calhar. guardo dentro de mim, uma menina brincalhona, meiga e com sonhos a realizar, mas minha carapaça é forte, resistente a quedas e com um senso de se reerguer que só eu mesma consigo ter. do passado eu trago aprendizados, do presente, eu faço valer a pena, e do futuro, bom, do futuro eu carrego a esperança, e a vontade de viver. porque melhor maneira de prever o futuro, é inventá-lo! (kety 18/11/07)

Kathlen Heloise Pfiffer

Fico me perguntando ás vezes o que está acontecendo com o mundo. Ele está de ponta cabeça, e ninguém reparou? Ou ele parou de girar e eu ainda estou no ritmo antigo? Sinto-me deslocada, sinto-me fora de área. Ligo a TV, e o noticiário diz que a terra virou um forno (não que eu precisasse ver isso na TV pra notar), que o gelo está derretendo, diz que mais uma bomba explodiu na faixa de Gaza, que os preços não param de aumentar, que os jovens morrem cada vez mais cedo. William Bonner não me deixa mentir. O mundo está às avessas. A terra está soterrada de violência, de guerra, de fome, de desespero. No fim do túnel só se vê a escuridão. E o fim do túnel está cada vez mais perto. Nós estamos nos auto destruindo.

Eu vejo fome por todos os lados. Fome de comida, fome de justiça, de liberdade, fome de amor, fome de saudade, e vejo a fome de dinheiro, de corrupção. As pessoas estão famintas. E não conseguem achar uma fonte que supra sua fome. Cada vez mais. Cada vez mais famintas. Cada vez com mais sede. E onde isso vai parar?

Mas os erros continuam. Perda total por todos os lados. Erros meus, erros seus, erros nossos. Nós estamos vendo tudo na nossa frente, e continuamos cavando nossa própria cova. Está tudo errado. Essa estupidez humana sem freios, essa sociedade medíocre que corrompe nossas crianças, que tira nossos amigos, que leva os de bem pro crime. Onde está o amor? Onde está o respeito? O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.

Chegamos a tal ponto de sentir fraqueza, fraqueza que parece nos impedir de fazer algo que valha a pena. Ficamos parados diante da destruição de braços cruzados. Assistindo ao massacre da nossa própria civilização. Mas nem sempre fraqueza é sinal de que não somos fortes. Enquanto ainda existirem pessoas que acreditam, haverá um caminho. Ainda que as luzes tenham sido apagadas, a chama da esperança sempre brotará. Enquanto existirem pessoas com esperança, ainda haverá uma solução. Somos gotas de água nesse lugar, mas juntos formamos um maremoto.

Kathlen Heloise Pfiffer

Os tais homens cachorros tem certa sorte; sempre tem aquelas mulheres de coração mole que ainda os adotam. No começo sentem peninha, depois ficam apegadas, e começam a ter um certo afeto. Mas sabe, no fundo, elas sempre vão saber que é só mais um vira-lata, e que igual a ele tem mais umonte andando ai pela esquina. Mas atenção com aquelas que não tem coração mole e sequer sentem peninha. Portanto, aos cachorros de plantão, cuidado. Na minha mão o destino é certo: virar sabão.

Kathlen Heloise Pfiffer

Dizem que o medo mora perto das idéias loucas. Mas eu enfrento meus abismos, e quero viver minhas loucuras!

Kathlen Heloise Pfiffer

Parar de fumar, fazer ginástica, emagrecer.
Trabalhar menos, não trabalhar, arranjar um trabalho.
Estudar inglês, espanhol, francÊs, italiano, alemão, japonês.
Comer melhor.
Aprender a dizer sim, aprender a dizer NÃO.
Guardar dinheiro, ir ao dentista, terminar o tratamento.
Cortar doces, massas e frituras.
Viajar mais.
Amar, se apaixonar, se desapaixonar.
Morar sozinho, morar com alguém, deixar de morar com alguém.
Trocar de carro, comprar um apartamento, uma bicicleta.
Andar mais a pé.
Sair para dançar, sair com os amigos, ficar mais em casa.
Fazer um check-up, arrumar o armário, ir ao cinema.
Casar, casar de novo, casar mais uma vez.
Ter um filho.
Mudar de emprego, mudar de escola,
mudar de vida.

Não importa o que você queira mudar, mude;
mudar é bom, mudar faz parte da vida. (kety)

Kathlen Heloise Pfiffer

nos últimos tempos, eu tive andado meio que 'dormindo'. dormindo num sono profundo, e com noites perturbadas. já estava me perguntando até quando isso tudo ia durar. essa falsa sensação de descanso já estava me consumindo, e eu precisava muito acordar. mas acontece que eu não conseguia achar um modo de fazer isso. todas as minhas tentativas terminavam em um total fracasso. tentei primeiro fingir que conseguia ficar acordada, fingir que conseguia dormir e acordar a hora que quisesse. mas foi em vão, pois eu sempre acabava nesse sono profundo. então resolvi não fingir, mostrar que meu sono era perturbado, e que era assim que as coisas eram. pra que né? só serviu pra mim cair mais ainda naquele sono... e a escuridão se tornava cada vez maior. mas então, quando eu já estava sem esperança nenhuma, quando meu corpo já estava cansado... a cabeça se distraiu e a 'sorte' veio. uma luz, vinda de algum lugar, despertou-me, fez com que eu acordasse daquele sono profundo e perturbado. essa luz tem um nome, e um nome especial. e eu tenho agradecido todos os dias por tê-la encontrado. e agora, eu deito em meu travesseiro todas as noites, com a certeza de que o sono será leve, que irei sonhar, e que quando acordar, tudo vai ter valido a pena. (kety)

Kathlen Heloise Pfiffer

É como um filme que vai passando em minha mente. Um filme em preto e branco. O cenário muda a aparência já não engana mais. Os discursos vazios e cheios de clichês são os mesmos, acrescentados de alguns porquês a mais ou então a menos. O gosto amargo da derrota insiste em emergir das sombras, o gosto da decepção, do sentimento de perda, o sabor violento de uma despedida. Tudo isso nos persegue como noutra vida, noutra estação. As folhas que caem são as mesmas, todas carregadas de mentiras, de falsas promessas, de desejos não saciados, de beijos não dados, de corpos que não se tocam mais. Tudo isso se mistura num cenário escuro, exaustivo, de ar pesado. Tudo isso traz novamente aqueles dias frios, dias sozinhos, aqueles dias de que tanto eu um dia quis fugir, mas que insistem em me perseguir. São os dias em que me vejo mais uma vez sozinha.

Kathlen Heloise Pfiffer

O problema do amor (por Kathlen H.P. 02/11/07).

Hoje de manhã, estava no ônibus, e ouvi a conversa de duas mulheres de meia idade. Uma delas dizia que descobrira que seu marido, com quem estivera casada há oito anos, a havia traído. Podia sentir todo o rancor e tristeza possível na voz daquela mulher. A outra a consolava, dizendo que ele não a merecia. E disse em bom tom, que o amor a dois é o desperdício da vida, que ele só serve para construir decepções cada vez mais dolorosas. Senti-me perplexa com aquele comentário, e não consegui parar de pensar naquilo o dia todo.
Sempre acreditei no verdadeiro amor entre dois. E pode ter certeza, que nos últimos meses, tive motivos de sobra para deixar de acreditar. Porém, sempre tive fé de que o verdadeiro amor existia sim. Vejo tantas relações de anos, de casais que se amam em plena terceira idade, com a mesma intensidade de que se amavam quando se conheceram. Vejo cumplicidade explicita entre casais amigos, desde aqueles que ainda namoram, até aqueles que já construíram uma vida juntos. Horas, o amor está em todo lugar, o amor é a essência da vida. Como pode ser ele, um arquiteto de decepções?
Refletindo sobre isso, lembrei-me de uma música, de Renato Russo, que diz: "quem inventou o amor?” Certamente, se essa pergunta fosse feita a uma das senhoras do ônibus, elas diriam que foi alguém que teve uma enorme decepção amorosa, e para dar um nome a toda àquela agonia passada, escolheu amor.
Mas, eu não diria isso. Quem inventou o amor, foi sim, alguém que sofreu, que perdeu noites de sono, que derramou lágrimas, que fez loucuras, que gritou, que se arrependeu, que sentiu dor no coração. Mas este alguém com certeza sentiu uma felicidade além da conta. Sentiu o peito explodir de uma alegria indescritível, sentiu sabores, cheiros, toques de inimaginável esplendor. Sentiu-se completo, viu como o mundo pode ser belo, e como ainda vale a pena sonhar. A este turbilhão de sensações, deu-se o nome de amor.
Pensando mais um pouco (é, hoje estou pensativa pra caramba), cheguei à conclusão, a uma difícil conclusão, (especialmente para mim, podem acreditar); o problema não está no amor, e sim, a QUEM damos nosso amor. Todo ser humano é provido da capacidade de amar, nem que seu único amor seja o amor próprio, mas ele é capaz de amar.
O problema maior está em quando resolvemos dividir nosso amor. Aí é que se encontra o 'x' da questão. Achar a pessoa certa para compartilhar tão indefinido sentimento. Quando a achamos, o mundo fica 'blue'. Tudo são rosas, a sintonia é perfeita, o encaixe é surreal. "Ah, como o amor é bonito!"
Se não achamos esta pessoa, pensamos que o amor não passa de uma lenda, que é uma propaganda enganosa, e que estamos muito bem sozinhos, obrigada. (este caso é raro, mas acontece).
Mas o pior de tudo é quando pensamos ter encontrado a pessoa certa, a pessoa para dividir cumplicidade. Até ai tudo bem. Mas então o mar de rosas se transforma num vendaval, a pessoa que julgávamos a 'certa' não está mais nem ai. Talvez porque surgiu uma terceira pessoa, talvez porque o fogo da paixão terminou, ou vai lá saber o porquê (o amor tem razões que a própria razão desconhece). E nós, que demos todo nosso amor, que investimos toda nossa energia em uma relação, ficamos ali, parados, sofrendo, perguntando-nos onde foi o erro. Procurando uma palavra mal interpretada, um gesto não entendido. Esperando uma ligação que não vem. Um e-mail que não chega. Um beijo que sabemos que não será dado.
E sofremos. Sofremos e juramos nunca mais passar por isso, juramos nunca mais se entregar de tal modo, juramos nunca mais nos deixar ser enganados por alguém. Mas isso passa. Um dia, Drummond escreveu algo como “Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz." Ele tinha razão. Acredito que somos seres amáveis, no sentido literal da palavra. Nós somos o amor. E somos corajosos. Muito corajosos. Porque mesmo depois de sofrer tanto por amor, ainda amamos. E amamos de novo, e mais uma vez. Mesmo sabendo de todos os riscos, nos aventuramos procurando o que só este sentimento pode nos dar.
Então aqui vai uma dica de uma verdadeira 'amante'; não deixe de amar, o amor vale a pena. Porém, tenha a certeza de que você está entregando seu amor pra pessoa certa, para alguém que goste de você, não que só goste do amor, porque gostar de amor, todo mundo gosta. Dê amor a alguém que te complete de verdade, que te dê a chance de dividir sua vida com ele, mas que te dê o espaço para ter sua própria vida. E se não der certo da primeira vez, continue na busca! Não se deixe abalar pelo fato de um dia ter demonstrado seus sentimentos para quem não soube valorizá-los; o que importa é que você soube assumi-los, sem medo. E essa pessoa um dia vai ver o que perdeu. Alguém disse uma vez que “às vezes, construímos pequenos sonhos em cima de grandes pessoas, mas com o tempo percebemos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas eram pequenas demais para eles”. É a mais pura verdade. Mas nem por isso devemos deixar de sonhar.

Kathlen Heloise Pfiffer

Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Afinal, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem beijos quentes ou pro amor mal resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de bonito. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho. E pra seduzir somente o que me acrescenta. Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que as vezes me cansa. Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes ...Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer: - E daí? eu adoro VOAR! O escondido pra mim é bem melhor, e o perigoso é divertido. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Também sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, voracidade e falta de ar... Eu acredito é em suspiros, mãos massageando as costas, o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem paz pra minha vida. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou.

Kathlen Heloise Pfiffer

Escreva.
Ás vezes, eu tenho palavras pra falar de tudo. Falo de política, de economia. De meio ambiente, até arrisco falar de amor. Mas quando tenho que falar sobre o MEU amor, é o silêncio que toma conta de mim. Preciso desabafar. Preciso que alguém me ouça, nem que sejam essas linhas de palavras sem sentido. Sinto-me sufocada. Sinto-me presa. Perdida em um labirinto que não tem saída. Perdida num mundo que às vezes não consigo nem me encontrar.

Faço de tudo. Leio livros, faço exercícios, cozinho, saio com as amigas, fico com garotos, durmo. Mas em tudo que eu faço, eu nunca estou sozinha. Nunca. Ele sempre está ali comigo, sempre. Desde o dia em que conheci certo rosto, ele passou a viver dentro de mim, e desde então, é só nele que consigo pensar. Esse amor que me tira o sono, que me tira a atenção, que me corrompe por dentro, passou a fazer parte de mim. Faz tempo que começou, e não durou muito. Por vezes, até penso que é tudo uma grande bobagem, que é coisa da minha imaginação. Penso naqueles amores de filmes, de livros; paixões arrebatadoras, casos amorosos com muitas idas e vindas, com muito fulgor. Amores transcendentes. Tudo muito bonito. E então me lembro do meu amor. Não parece nada com isso tudo. Parece muito mais bobo, muito mais infantil. E por isso, guardo-o só pra mim, com vergonha sim desse sentimento. Mas chega um ponto, em que não consigo mais esconder. Então escrevo. Escrevo para aliviar a dor que sinto no meu peito, para esconder a tristeza que carrego em meu olhar.

Eu amo aquele homem. E isso dói mais do que tudo, ter a certeza absoluta de que o que eu sinto, é amor. Não é só atração, não é só ‘coisa de pele’. Antes fosse isso. Seria muito mais fácil de resolver. Mas não, é complicado. Sempre tive uma facilidade enorme de esquecer as coisas. Quando colocava em minha mente que devia esquecer alguém, eu esquecia e ponto final. Podia até demorar, podia doer muito, mas eu esquecia. Foi sempre assim, e sempre deu certo. Mas dessa vez, minha mente me pregou uma peça. Ela não quis esquecer. Eu não quis esquecer. E isso é o pior de tudo. Eu continuo não querendo esquecer. Por mais que eu saiba que isso tudo não tem futuro algum, que nunca vai dar certo, eu continuo com esse amor dentro de mim.

Eu sou jovem, muito jovem. Falo inglês, escuto MPB, freqüento lugares interessantes, conheço pessoas de todos os tipos. Tenho bom estudo, relaciono-me com pessoas cultas. Viajo. Não sou modelo, mas tenho boa aparência. Tenho uma fome de conhecimento, e estou sempre à procura de coisas novas. Tenho uma vida estável, moro com meus pais, e eles me dão tudo o que preciso. Então, o que eu vejo nele? Ele não é mais velho. É tão jovem quanto eu. É desbocado, fala o que vem na mente, usa um linguajar que minha mãe não me deixaria falar em hipótese alguma. Pra sair de casa, veste a primeira roupa que vê na frente, não se importa tanto com aparência. Não dá a mínima para os estudos. Desleixado. Tem sempre alguma mulher no seu pé. Sempre. É do tipo vigarista de primeira. “Um bom malandro, conquistador, naipe de artista, pique de jogador;” Então me diga, o que eu vejo nele?

Eu vejo no olhar dele um brilho que só ali encontro. Eu vejo um homem, com espírito de menino, com sonhos, com metas, objetivos. Eu vejo um jeitinho que só ele tem de dizer o quão chata e irritante eu sou. Eu sinto nele o melhor cheiro do mundo, eu sinto nos braços dele, a maior segurança que um dia já tive. Eu sinto no beijo dele um fulgor que nunca ninguém antes havia me feito sentir. Eu sinto no toque dele, a paixão mais eloqüente de todas. As palavras sussurradas em meu ouvido me paralisam, fazem com que eu esqueça do mundo lá fora. Ele já sabe como me conquistar. E ele às vezes faz isso sem perceber. Quando canta uma canção, quando me chama de anjo, quando me abraça e diz eu te amo, quando se mostra um cavalheiro. Quando beija minha testa, diz ‘Se cuida, e juízo né?’ Ele sabe ser doce. Na verdade, ele nem é tão vigarista assim. Isso é só uma desculpa que eu dou, e que eu sei que o deixa irritado.

E ele gosta de mim. Eu sinto que ele gosta. Do jeito mais torto possível, mas ele gosta. Antes até que ele não gostasse, tornaria tudo mais fácil, acabaria com essa minha esperança de um futuro que não vem. Quem olha pra mim quando falo dele, vê escrito na minha testa o que sinto. Posso falar mal, posso dizer que nem penso mais, posso mentir pros quatro cantos que ele não significa nada pra mim. Há, mas não adianta. Está estampado no meu sorriso, no brilho do meu olhar ao falar o seu nome.

Aonde isso tudo vai parar? Eu não sei. Mas guardo em mim a esperança de um dia encontrar um final feliz. Talvez não ao lado dele, talvez bem longe daqui, ou quem sabe ainda um dia nossas vidas se cruzem, talvez de um jeito melhor para nós dois. Talvez de um jeito que não machuque tanto. Mas enquanto isso, eu carrego comigo esse amor, que me mantém viva, que me mantém lúcida. Porque apesar de tudo, é bom demais amar.

Sinto-me bem mais leve. Não escrevi isso com a intenção de fazer um texto bonitinho cheio de fru-frus como eu geralmente faço. Escrevi como forma de desabafo. Ás vezes é a melhor coisa a se fazer. E se você está passando pelo mesmo, e não consegue achar uma solução, escreva. Escreva o que sente. Talvez a pessoa que você ame nunca veja isso. Mas você vai saber que ao menos tentou dizer, ou escrever, o que sentia. E alivia um pouco o peso sobre os ombros. Alguém me disse que quando a pessoa sofre, ou passa por um baque muito grande, revela na arte seus sentimentos. Escrever é arte. Nem que seja uma frase num guardanapo. Nem que seja no seu diário, ou na parede do seu quarto. Coloque para fora o que você sente. Se não consegue proferir, coloque tudo no papel. Sinta-se mais leve.

(kety 07/12/07)

Kathlen Heloise Pfiffer

A justiça tarda, mas tarda demais.

O Brasil é um país onde corrupção tornou-se sinônimo de política. Escândalos políticos há tempos fazem parte do dia a dia nacional e, lamentavelmente, o brasileiro parece já ter se acostumado a isto. Ouvir no noticiário que algum governante andou burlando leis, fraudando documentos, subornando funcionários, sonegando impostos, já não chama mais atenção. Não choca mais o ouvido de qualquer pessoa.

Questionam-se os brasileiros: em meio a tanta impunidade dos desonestos que pintam e bordam na sociedade de nosso país, até quando a massa aceitará em silêncio tanta desonestidade e falta de punição? Até quando o povo aguentará sustentar uma corja de marajás que sequer tem noção das dificuldades pelos quais o país passa? A resposta é simples: o povo aguentará enquanto não tiver formação e conhecimento suficiente para da maneira correta intervir e mudar o quadro político brasileiro.

Logo, esta “fiscalização” que o povo pode vir a fazer é praticamente impossível, e se for, está anos luz à frente da realidade nacional. Com um setor de educação deficiente, a base educacional brasileira vem formando indivíduos que só sabem abaixar a cabeça e contribuir, na maior parte das vezes inconscientemente, com a corrupção crescente, sendo coniventes e esperando que alguma solução divina caia do céu.

Em suma, o Brasil continuará sendo palco de corrupção e escândalos políticos por muito tempo. Enquanto cidadãos não possuírem base educacional suficiente para terem consciência da sociedade em que vivem e assim estarem condicionados para contestá-la, restará ao povo brasileiro a esperança de dias melhores, e a crença no dito popular de que a justiça tarda, mas não falha.


kathlen.

Kathlen Heloise Pfiffer

Pensamento sobre Raiva!

Kathlen Heloise Pfiffer

A fé da ciência
Voltaire disse que, se não houvesse um Deus, ele haveria de ser inventado. É verdade. As pessoas necessitam acreditar que existe algo maior acima delas, um ser superior, uma força indescritível, algo, ou alguém, que faça com que o mundo gire. É essa força, ao qual chamamos de Deus, que nos move, que nos dá forças para irmos adiante, que faz com que tenhamos esperança em dias melhores, é a este Deus, independente de religião ou credo, que atribuímos nossa fé. É a este mesmo Deus que recorremos quando precisamos de forças, quando o que necessitamos, vai além de qualquer compreensão humana, ou explicação científica que possa constar em livros.
É a fé em uma força maior, que faz com que a cada dia que passa, o homem busque novos horizontes, tenha sede de conhecimento, tente descobrir coisas novas que ajudem a melhorar nossa vida. E por que não, é a fé que move a ciência. Se não houvesse a fé, pra que buscaríamos descobrir coisas novas? De que adiantaria tantos esforços?
A falsa ciência cria os ateus, a verdadeira, faz o homem prostrar-se diante da divindade. A ciência pode sim explicar muitas coisas que acontecem por aqui, mas ainda assim, há falhas nessas explicações, há simplesmente indagações sem respostas, espaços não preenchidos. E é nessa hora, que evocamos a um Deus que preencha estes vazios, vazios que nenhum físico ou químico é capaz de preencher. A fé em Deus mora no limite aonde chega a ciência. Ciência que faz com que procuremos sim saber como tudo acontece, de que é feito nosso mundo, como viemos até aqui, para onde vamos. E quando nos cansamos de procurar por estas respostas na ciência, é novamente a Deus que recorremos. Porque o que realmente conta nessa vida é a certeza de um Deus, que, apesar da cegueira humana, é o sol de justiça e de vida, para sempre.
A fé é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a fé abrange o mundo inteiro. Porém, como disse Albert Einstein, a ciência sem a religião é aleijada, a religião sem a ciência é cega. E é assim que se faz a vida. Precisamos da ciência para que possamos viver e da fé para que nos impulsione a continuar vivendo. Se é a ciência que explica como gira o mundo, é a fé que faz com que este giro valha a pena.

Kathlen Heloise Pfiffer

Kathlen Heloise Pfiffer

Não são vilões que eu incorporo. Tudo isso faz parte da estrutura desse vaso ruim aqui. Que diferente do ditado, já caiu e quebrou. Hoje usa materiais inquebráveis e aderiu ao super-bonder. É assim que funciona. Eu não fiz por mal, mas foi um grande equívoco eu acreditar que pudesse viver de médias expectativas e sensações. Eu pra sempre serei a melhor amante, a pior inimiga, a maior injustiçada, a mais apaixonada, o teu mais terrível pesadelo, ninguém no mundo sofrerá mais do que eu e tão pouco poderá ser mais feliz.
Desse jeitinho mesmo. Potencializado e cheio de exagero.

(fragmento de um texto longo demis, mas eu gosto dessa parte)

Kathlen Heloise Pfiffer

ás vezes a lembrança é meio que, inevitável. é aquele tipo de pensamento que te pega num dia comum, ao arrumar o armário e encontrar uma foto, um objeto, um bilhete. dá saudade, o coração aperta, a gente pensa no porquê de ter sido como foi. mas então o céu lá fora tá azul, o vento sopra, e a esperança se renova. e nessa hora você guarda a foto, ou o objeto na caixa novamente, e continua. continua porque sabe que a vida não vai te esperar, que o mundo tá girando, e que isso tudo aqui é bom demais pra ser disperdiçado em vão. que você é bom demais pra se dar em vão. e então você vai a luta, e que venha o futuro!
(11/11/07) kety

Kathlen Heloise Pfiffer

Tema da redação: o Brasil melhorou, ou o mundo que piorou?

Jeitinho Brasileiro

O Brasil é um país engraçado, tem de tudo; Desde o trabalhador que acorda todo dia de madrugada para a sua labuta, até o engravatado que vai ao escritório na tranqüilidade de seu possante com ar condicionado. É o pais do branco, do mulato, do índio, oriental. Aqui é o centro de tudo, tudo acontece na terra do futebol.

E nessa vasta terra, onde a magia acontece, existe uma força, creio eu, que há somente aqui por essas bandas. É a força de vontade que o brasileiro carrega dentro de si. É a força de vontade de querer continuar, de não desistir, de olhar para fora e ver que ainda há um caminho, ainda há uma luz no fim do túnel.

Somos considerados um país subdesenvolvido, de atraso, mas nem por isso nos escondemos em nossas casas esperando uma solução cair lá do céu. Brasileiro que é brasileiro vai á luta, tem garra, quer vencer. Sabe como é, o mundo pode estar caindo lá fora, mas por aqui, sempre vamos ter aquele nosso ‘’jeitinho brasileiro’’ de resolver as coisas. É esse nosso jeitinho que nos diferencia de qualquer outro povo, que nos faz pensar que as coisas não estão tão ruins assim, que ainda há uma brecha para continuar.

É com esse mesmo jeitinho que o povo das praias lindas, das mulheres esculturais, do samba, vai à busca da felicidade, de uma vida melhor, de um futuro bom para suas crianças. É essa alegria que carregamos conosco que nos faz ver o mundo muito mais azul. É a alegria da hora de ir à praia tomar aquela cervejinha com os amigos, alegria na hora de trabalhar e de falar de assunto sério, aquela alegria meio triste (se é que isso existe) até mesmo na hora em que o mengão perde (afinal, sempre temos os títulos antigos para nos vangloriar).

Brasileiro é assim. Sempre tentando melhorar, sempre com aquele tom de bossa nova, com aquele sorriso na cara, e com o balanço que só ele tem. Pode ser o baiano do sossego, o paulista da agitação, o gaúcho do chimarrão, o mineirinho do trem bom, ou tantos outros ainda. Brasileiro que é brasileiro não desiste, tem fé em dias melhores e acredita que há de ter um meio para tudo. E se não houver, ele usa aquele seu jeitinho brasileiro.

04/2008
kety

Kathlen Heloise Pfiffer

(minha mãe pediu-me uma redação como presente de dia das mães)



Versos trocados
Pensei em várias formas de começar essa redação... Na verdade, acho que nunca fiquei tão nervosa quanto a fazer um texto antes. Parece que deu um branco na minha mente, as palavras parecem simplesmente terem sumido. Escrevi e reescrevi várias frases soltas, mas parece que nenhuma delas traduz em palavras realmente tudo o que eu quero te dizer... Mas então, no auge desse meu nervosismo de não saber usar frases e palavras, surgiu em minha mente algo que eu tenho certeza que seria um ótimo começo. Com certeza que você deve conhecer meus próximos versos;
“Amar é lindo, gostar também, amar o mundo inteiro, e a nós também...” Mas eu aposto que já deves estar pensando: por Deus, eu aqui esperando A redação da minha filha, que já faz textos excelentes, que só tira dez nessa matéria, mas ela vem até mim com esse textinho mixuruco de pré-escola... Pois é mãe, acontece que eu não consigo ver nada melhor do que esse texto para, no dia de hoje, transmitir tudo que sinto por ti. Acontece que hoje, com meus dezessete anos, jovem, muito jovem é claro, vejo nestes versos algo muito além de uma simples rima. Hoje vejo com outros olhos o que há onze anos atrás eu escrevi num pedacinho de papel.
Amar é lindo. O amor, o amor é o mais belo e raro sentimento que existe, é uma dádiva que o ser humano possui, de conseguir amar e ser amado. E isso mãe, eu devo a ti. Tu me ensinaste a amar, me ensinaste a respeitar, me ensinaste a dar valor à vida, aos amigos, aos familiares. E o mais importante de tudo: tu me deste amor. O amor mais singular que existe no mundo, o amor acolhedor, o amor que ensina, que provoca risos, lágrimas, que faz com que eu me sinta especial, protegida. Nos teus braços e no aconchego do teu colo eu sinto o verdadeiro amor, aquele que não existe em lugar algum da terra. Sinto amor em tuas palavras doces, em teus conselhos (que ultimamente têm me ajudado muito mais do que sequer tu imaginas.), em tuas broncas, sim, e por que não? Se brigas comigo é porque me amas, e queres o meu bem. Está certo que na hora posso não gostar muito, mas logo passa, pois o amor que me dás em seguida cobre qualquer tipo de irritação.
Gostar também. Mãe, tu me ensinastes a gostar das coisas mais inexplicáveis da vida. Conhece alguém, além de nós duas, que acorda, e vai pra geladeira comer aquela comidinha fria que sobrou do almoço? Ou que adora comer doce com salgado? Mas ainda mais importante, tu me ensinastes a gostar do doce da vida, e, também, a saber lidar com o amargo, com as dificuldades, me ensinou a gostar da vitória, a gostar de aprender, de buscar o novo, me ensinou a gostar de aproveitar cada fase que passo, e que ainda vou passar. Ensinou-me a sentir o gosto da vida, com suas doces e acolhedoras palavras.
Amar ao mudo inteiro. Amar a vida, amar a família, amar a mim mesma. Mostrar esse amor. Toda vez que tu vinhas como uma leoa defender-me, ou que vinha voando toda vez que eu gritava ‘’manhêêê’’... Toda vez que deixaste de fazer algo pela minha felicidade, ou então que se sacrificaste para ver um sorriso em meu rosto. Todas as vezes que bolastes aquela surpresa, toda vez que correste atrás de mim para me encher de beijinhos e carinhos. Toda vez que dividiste comigo tuas angustias, teus medos, tuas felicidades. Todas as vezes que estavas do meu lado quando eu passava pelas mesmas coisas. Mostraste teu amor toda vez que me destes a mão e disse pra eu não me preocupar que tudo ia passar que logo as coisas voltariam ao normal. Mostrastes e mostras teu amor todo dia que chegas em casa cansada, e ainda assim vem a minha procura, carinhosa e meiga. Mostras teu amor dia a dia, e me ensinas a amar da mesa forma.
E amar a nós também. Neste último verso, quero fazer na verdade aqui um pedido de desculpa. Por todas as vezes que não quis te ouvir, que fiquei chateada contigo, que bati o pé, todas as vezes que por algum motivo te decepcionei, quero pedir desculpas pelas grosserias, pelas cenas, pedir desculpas por muitas vezes exigir tempo demais teu, por as vezes pensar que vives em minha função. Quero pedir desculpas por muitas vezes não te dar o valor que realmente mereces, por não demonstrar o amor que sinto. Mas saiba de uma coisa; eu te amo, e muito. Amo mais que conseguiria amar qualquer outra coisa, qualquer outro alguém. A ligação que temos, é forte demais. É o mesmo sangue, a mesma carne. E nunca mãe, nunca quero que tenhas duvida alguma do meu amor por ti. Meu maior sonho, é que um dia, possas olhar pra mim já crescida, e pensar: “Que orgulho tenho da minha filha” E é por isso que tento melhorar a cada dia que passa, por isso que quero sucesso na vida, por isso que me esforço pra fazer a diferença. Para dar orgulho a quem me ensinou a ter garra, a ir a luta, a não desistir nunca.
Agora, espero que toda vez que lembrares daqueles meus versinhos, daquelas mal traçadas linhas de onze anos atrás, veja o seu significado com outros olhos. Sei que não existem palavras suficientes pra descrever tudo que sinto por você, e mesmo que houvesse, ainda assim não seriam suficientes. Nosso amor é transcendente, está acima de tudo aqui. Espero que com essas palavras tenha conseguido te mostrar apenas uma fração de tudo que por ti sinto, de tudo que a ti sou agradecida. Escrever-te estas letras significam para mim muito mais do que te dar qualquer outro presente, pois isto aqui, vem do coração, vem com sinceridade, vem com amor. Feliz dia das mães. :)

Kathlen Heloise Pfiffer

A vida é feita de etapas. É como um ciclo, onde tudo acontece. É um turbilhão de emoções, sentimentos, sensações, desejos. Cada fase por qual passamos, nos traz novas descobertas, novas alegrias, novos desafios. E viver cada etapa com todas as energias é o que dá o gosto doce da vida, é o que nos dá a alegria de existir, a vontade de vencer. A parte difícil mesmo, é quando temos que nos despedir de uma fase, dizer adeus a tudo aquilo que passamos. Começa quando deixamos o colo da mamãe, e nos aventuramos a descobrir o mundo com nossas próprias pernas (ou então mãos e pernas). E tudo é sempre novo, cada cheiro, cada textura, cada sensação. A brincadeira de roda, o esconde-esconde, se sujar na lama. Mas então isso já não é mais suficiente. E temos que abandonar a infância, tentar nossa própria liberdade, é a fase da rebeldia. Dói deixar de lado as bonecas, a coleção de carrinhos. Fingir que não se importa mais com os desenhos do canal da manhã, afinal, o que realmente importa é parecer adulto, e mostrar aos adultos que já estamos prontos para enfrentar o mundo, e que sim, eu já tenho 14 anos! Mas então vem a despedida da adolescência, a fase dolorida, que temos que deixar para trás as farras na escola, as tardes sem fazer nada, os beijos escondidos atrás do ginásio, as tentativas de entrar nos clubes noturnos, e partimos para uma vida de responsabilidades. Onde o relógio te cobra a cada minuto, onde há alguém dependendo de você, onde a vida não te trata mais como o filhinho querido da mamãe. E mais uma vez você diz tchau - tchau para uma etapa. E você continua. Continua passando por etapas. Muda de emprego, sai da casa dos seus pais, entra em dieta. Apaixona-se. E continua dizendo adeus ao que vai ficando para trás. Dói, e dói muito. Dói deixar algo que um dia nos fez tão felizes. E a única coisa que você pensa, é que a despedida é algo cruel, é algo que entristece que dá aquele aperto no peito chamado saudade. Saudade do antigo amor, da antiga rua, dos antigos amigos que agora estão longe, saudade de tudo aquilo que um dia foi especial para você, mas que agora fica no passado. Saudade que te faz lembrar das risadas, dos carinhos, dos beijos, dos aromas, dos sabores. É uma saudade que faz com que você se olhe no espelho, e perceba que cresceu. Que amadureceu, e que está pronto para a vida. Dizer adeus dói sim, mas há momentos na vida, em que temos que o dizer, abrir as janelas da alma para o novo, ouvir a melodia que agora nos embala. Perder um emprego é ruim, mas onde se fecha uma porta, abrem-se várias janelas. Mudar de casa é estranho, mas te mostra como tudo pode ser visto de um novo ponto de vista. Desfazer-se de um amor é dolorido, machuca, mas só assim crescemos emocionalmente e conseguimos continuar indo em busca da felicidade. È preciso sabermos quando uma etapa chega ao fim, precisamos saber dizer adeus ao que fica para trás, e sorrir com esperança para o que chega. Para ao fim de tudo, podermos olhar para trás, e dizer que nada foi em vão, e que cada segundo foi especial e eterno. :)

Kety.

Kathlen Heloise Pfiffer

Parece até comum quando chega o final do ano, escutar coisas do tipo “Nossa como o ano passou rápido; parece que foi ontem que ele começou...” E é nessas horas, que percebemos que o tempo está passando, que os anos estão correndo, que o mundo está mudando, que a nossa vida está diminuindo.

Dizem que quando estamos morrendo, passa em nossa mente um filme de nossas vidas, com todas as horas que foram importantes pra nós, os momentos bons, os momentos ruins. Mas me pergunto uma coisa: será que é nessas horas que nos arrependemos do que fizemos, ou pior ainda, do que deixamos de fazer?

É freqüente ouvirmos pessoas mais velhas falando: ”Ah se eu pudesse voltar no tempo e ter minha juventude de volta, seria tudo tão diferente...”. Parece que as pessoas, quando ficam mais maduras, começam a pensar mais nessa história de juventude. Pra nós, jovens, essa juventude vai durar pra sempre, vai ser eterna. Às vezes deixamos de fazer algo porque achamos que ainda temos uma ‘’vida toda pela frente’’ Mas é ai que cometemos nosso maior erro.

Não podemos perder uma chance, uma oportunidade. A vida é uma só, por isso precisamos aproveitar cada momento, cada risada, cada lágrima, cada pôr do sol e cada dia de chuva.

Se você deixou de fazer algo que queria muito, corra atrás! Faça de tudo para conseguir alcançar seu objetivo. Não deixe que a vida passe sem ter feito tudo que você podia ter feito.

Aproveite seu tempo. Pois quando o filme de sua vida estiver passando diante de seus olhos, tenha a certeza de que o que você ver vai deixá-lo satisfeito. Vai perceber que mesmo o tempo tendo passado, os anos terem corrido, o mundo tendo mudado e a vida tendo diminuído, tudo valeu a pena. E mesmo sabendo que a vida é complicada demais para se entender, nós entendemos, que o que importa mesmo, é viver. (kety 01/12/07)

Kathlen Heloise Pfiffer

Na física não existe amor platônico

Na física não existe amor platônico. Foi o que meu professor de física disse hoje, em uma daquelas aulas que a última coisa que você quer é estar realmente na aula. Ele estava se referindo aos elétrons, que quando são atraídos por corpos positivos ou neutros, não os rejeitam. Na física, que tudo parece ser complicado, a coisa mais impossível de se entender é simples assim. Quem dera se na vida real esse conceito fosse o mesmo, se tudo fosse uma simples equação do tipo você apaixonado + a pessoa dos seus sonhos = viveram felizes para sempre ao cubo. Mas, não existem fórmulas, não existem manuais, não existem regras quando o assunto é amor.

A verdade é que a vida é feita de exceções, e não de regras. Compreender isso leva algum tempo, talvez nunca se compreenda mesmo. Cada amor por si, é uma exceção. Ou você realmente conhece aquele típico amor Hollywoodiano? Onde o mocinho conhece a mocinha, vivem uma linda história de amor e tudo acaba com um lindo por do sol em cima de uma colina dentro de um daqueles carrões conversíveis. Não. Amor que é amor tem brigas, daquelas de jogar vasos um na cabeça do outro, tem muitas D.R’s bem na hora que o mengão entra em campo, tem aquele mau hálito quando os dois acordam, tem os almoços na casa da “sogrinha amada”, tem o dogão da esquina quando se tem somente uns três mangos no bolso pra comer. E claro, tem também a parte alucinante, a parte de subir pelas paredes pelo outro, a parte da reconciliação pós briga (uma das melhores), tem os filmes de sábado a tarde no inverno, as tardes na praia no verão, os apelidos breguérrimos que os casais insistem em se chamar e por ai vai. Vai bem longe na verdade. Cada amor é feito com uma dosagem de loucura, uma de certeza, ou então nenhuma de certeza.

O fato é que o amor é em si uma loucura. Afinal, não é coincidência demais que, a pessoa da sua vida, apareça justo na sua vida? Quero dizer, com tantos outros bares pra ela ir, tantas outras locadoras, tantos outros supermercados ou academias, a tal “pessoa certa” decide ir justo à quitanda do seu bairro comprar amoras às 08h30min da manhã de um sábado que você, por PURA coincidência, foi comprar cebola pra fazer creme acebolado pro seu sobrinho. Hãn me engana que eu gosto. Isso não é coincidência meu caro, isso se chama destino. Ah, então você deve estar pensando: lá vem de novo aquele clichê tão batidinho do destino. Ah sim, lá vem ele de novo. Eu acredito em destino, e esta tem sido uma das minhas mais fervorosas crenças. Digamos que uma das minhas respostas prediletas a tudo (e também o objeto de minha esperança).

Ok, você não acredita em destino? Então vamos aos fatos, vamos á Física. Como foi mesmo que eu disse? Na física não existe amor platônico. Tá legal, não se pode levar isso bem ao pé da letra no universo da conquista, mas vejamos pelo seguinte modo: um corpo tenta atrair o outro, e este só não se atrai se não quiser, ou seja: fica sozinho por pura opção. Pode até ser que demore um pouquinho pro corpo certo jogar seu magnetismo sobre você e te atrair, mas essa hora chega. Quando? Ah, isso só o destino sabe (é, o clichê de sempre). Eu ainda estou à espera da pessoa certa, e meu lado romântico diz sim que ele vai chegar e enroscará uma margaridinha nos meus cabelos lisos, fazendo pousar no meu rosto o sorriso de orelha a orelha. E então eu cederei meus elétrons e nós vamos viver assim, super neutros (só nessa parte), compartilhando elétrons aqui e acolá. Se na vida real, do contrário da Física, o amor platônico existe, então, também do contrário da física, na vida real existe o destino, destino que por coincidência ou não, faz com que a pessoa da sua vida, uma hora ou outra, apareça JUSTO na sua vida. ;)

kety 06/2008

Kathlen Heloise Pfiffer

A caixa do meu coração
Se eu pudesse fazer um pedido agora, somente um, eu pediria a Deus que me desse uma caixa. Mas eu queria uma caixa diferente. Esta caixa eu guardaria bem pertinho de mim, assim, em um lugar que estivesse ao meu alcance em qualquer momento. Os sentimentos nela contidos seriam grandes demais, mas, de acordo com meu pedido, eu gostaria de uma caixa bem pequenina, pra guardar num cordão, pendurado bem perto do peito. Uma caixa em que eu pudesse guardar não roupas, sapatos, fotos, cadernos, cartas ou jóias. Queria uma caixa em que eu pudesse guardar sensações. Uma caixa em que eu pudesse guardar o sentimento de cada momento, para que um dia, quando minha memória não for mais tão boa, quando a visão estiver mais fraca que nunca, a audição estiver errante, e o coração estiver batendo mais devagar, eu possa abri-la e ter novamente tudo aquilo que guardei tudo aquilo que um dia eu vivi.

Guardaria dentro da caixa, em primeiro lugar, a alegria da brincadeira de roda, das tardes brincando no pátio, dos desenhos da manhã, do nescauzinho feito todos os dias. Guardaria todos os natais, as páscoas com as pegadinhas do coelho no jardim, a brincadeira de pipa, as idas ao zoológico. Guardaria dentro da caixa, toda a alegria de ser criança, que agora, já falha um pouco na memória com o passar dos anos, e que eu sei, só tende a falhar cada vez mais. Em minha caixa, porém, esta alegria estaria a salvo.

Guardaria também a sensação de carinho familiar. Um dia, meus pais não estarão mais aqui. E quando este dia infeliz chegar, eu abriria minha caixa, e sentiria todo o amor deles novamente. Sentiria a segurança de meus pais, o amor deles por mim, a preocupação. Sentiria novamente toda a felicidade que passei ao lado deles, todas as barras que seguramos juntos também. Lembraria de como foi o importante tudo que me ensinaram, da angustia que passei e que lá estavam eles ao meu lado. A sensação de ter alguém que goste realmente de mim, que se preocupa, a sensação de ser acolhida, de saber que não estou sozinha no mundo, tudo isso ficaria eternamente guardado dentro de minha caixa.

Guardaria na caixa todas as lembranças de meus amores. O sentimento do amor, do afeto. O sentimento de querer mais e mais, de querer estar junto, a sensação de pele tocando na pele, de braços, beijos, laços. De suor, de arrepio, a sensação que só um beijo pode causar, a imensidão de se perder nos abraços de alguém. Guardaria também a sensação das lágrimas de amor, da dor da saudade. Guardaria o sentimento de aprendizagem que cada amor meu me deu. Isso tudo faria com que eu me sentisse mais viva no futuro, mais feliz por tudo que um dia vivi.

Mas em minha caixa, se eu pudesse, eu guardaria um pouco de cada amigo meu. Assim, um pedacinho de tudo que vivi com eles, cada sensação. Guardaria a euforia de todas as festas, de todas as parcerias, de todas as farras vividas. Guardaria a empolgação que passei ao lado de cada um deles, os planos feitos com tanto afinco. Guardaria todas as tardes e manhãs na escola, todas as risadas, todas as brincadeiras. Guardaria a compreensão de cada um deles, os conselhos, o apoio das horas difíceis. Guardaria o sentimento do companheirismo, o sentimento de adrenalina de todas as vezes que juntos aprontamos, guardaria as emoções que passei ao lado de cada um deles. Mas eu digo os amigos mesmo, que são poucos, mas que são especiais. Aos amigos, eu deixaria um lugar especial em minha caixa, um lugar de fácil acesso, um lugar que a velhice um dia não me impedisse de chegar.

Como esse pedido é um tanto quanto impossível, tentarei guardar, não em uma caixa, mas em minha memória, até quando eu puder, todas essas lembranças e sensações. A todos os que amo, que um dia amei, a todos aqueles que fizeram parte da minha vida em algum momento, que foram especiais, que marcaram algum momento, que me fizeram feliz, a todas estas pessoas, saibam que vocês estão em meu coração. Saibam que, no entardecer de minha vida, quando vocês estiverem na caixa do meu coração, eu vou abri-la, e vocês serão como as estrelas, que iluminarão minha noite.

22/05/08

Kathlen Heloise Pfiffer

Um suspiro de alívio.

Já tive aos montes pessoas que não compensam esquentando a cadeira ao lado do cinema, o banco ao lado do carro e o travesseiro extra da cama. E nem por um minuto senti meu peito aquecido. A gente até engana os outros de que é feliz, mas por dentro a solidão só aumenta. Estar com alguém errado é lembrar em dobro a falta que faz alguém certo. E ele sempre foi essa pessoa. Eu sempre pensei que de nada adiantava uma incessante busca, quando eu na verdade sabia exatamente onde se encontrava o que eu mais queria.

Eu sempre disse a mim mesma: é claro que isso passa. É claro que eu vou esquecê-lo, no futuro eu não vou sentir mais nada por ele. Parece até que isso era uma espécie de talismã pra que eu pudesse continuar toda vez que via alguma foto sua toda vez que alguém mencionava seu nome, quando eu involuntariamente relia cartas antigas, sentia seu perfume na rua ou toda vez que acordava assustada depois de passar mais uma noite com ele nos meus sonhos. É, mas no fundo eu também sabia que esse talismã ai não servia pra nada. Porque quando alguém me perguntava por ele, meu coração continuava acelerando, quando sentia seu perfume, minhas pernas ainda ficavam bambas, e quando sonhava com ele, eu continuava acordando encolhida agarrando o travesseiro numa tentativa fracassada de substituí-lo.

A verdade é que, eu sempre achei que seria triste tirar esse sentimento de dentro de mim. Eu me agarrava à beiradinha do meu amor, implorando pra que ele ficasse, ainda que doesse mais do que cabe em mim, eu implorava pra que pelo menos esse amor que eu sinto não me deixasse, que pelo menos ele, ainda que insuportável, não desistisse.
Sim, no lugar mais íntimo do meu eu, eu sabia que não ia passar, porque eu não queria que passasse. E toda vez que eu o encontrava, me vinha na mente tudo aquilo que eu insistentemente fingia tentar esquecer. Toda vez que o encontrava em uma festa, ou quando esbarrava com ele no centro da cidade, toda vez que tínhamos uma conversa (superficial como sempre, do tipo, como vai a família, como vai o trabalho), enfim, nessas horas eu continuava a sentir um embrulho no estômago e um calafrio na nuca que só a sua presença podia causar.

Até que algo muito estranho aconteceu. As conversas superficiais deixaram de ser superficiais. Os encontros se tornaram mais freqüentes, e um tanto quanto planejados. E então o passado voltou à tona, é como se eu tivesse apertado a tecla de retornar e o filme voltasse todinho, só que não em preto e branco, mas colorido, mais vivo que nunca. E a idéia de o ter novamente chegava a me dar arrepios, me tirou o sono por um tempo. E então ele me liga pra gente tomar um café, e eu sei que ele continua querendo a mesma coisa. Querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Querendo-me no escuro. E eu topei. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque ele me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.
Acontece que, após tê-lo novamente, parece que algo mudou dentro de mim. Algo foi embora. Senti-me mais livre, mais leve, mais solta. Eu me senti libertada. Foi preciso tê-lo novamente, pra perceber que não era falta da sua pessoa que eu sentia, e sim, falta de somente ter um carinho especial, um eu te amo no meio da manhã. Senti-lo novamente tocou somente meu corpo. Minha alma e meu íntimo continuaram intactos, e sua presença se passou por mim vazia. E o que eu achei que não tinha resolução, que nunca passaria, foi embora justo com a chegada do problema. Vê-lo, e perceber que nada mais significava pra mim, foi como uma carta de alforria, como uma ilha de esperança num mar de mesmice.

Hoje eu posso afirmar de mente e coração abertos que estou finalmente bem, em paz comigo mesma. E se por muito tempo os outros eram somente outros que passavam em minha vida enquanto eu esperava o encontrar, agora ele é só mais um outro.
Eu? Eu pra ele serei sempre única e incondicionalmente aquela que ele chama de “certa”. Quando ele está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que ele encontra forças. E,quando ele está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que ele liga. E quando está longe de casa, ele gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de si mesmo. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais íntimo, é em mim que ele pensa. Eu sei de tudo. E eu passei os últimos tempos escrevendo sobre como ele era especial e como eu o amava e isso e aquilo. Mas por hoje, isso acabou. Hoje não sinto mais pena de mim por não o ter. Lamento sim por ele não me ter mais ao seu lado.

kety 08/2008

Kathlen Heloise Pfiffer

O que me dá raiva é saber de tudo que fiz por ti.
todas as noites perdidas pensando no que aconteceu, todas as concessõs que fiz por nós,
tudo que deixei pra tras pra traçar um novo rumo, todo o orgulho que perdi em vão.

Me dá raiva pensar em todos os sorrisos que dei, quando o que recebi
em troca foram palavras vazias. Dá ravia ao lembrar de todos os beijos apaixonados,
jogados por ti ao vento. Todas as falsas declarações de amor, tudo que não vivi aprisionada a tua teia.

Me dá raiva ter sido pra ti tão fácil. Sempre me deixando a tua disposição, me dobrando em duas
pra atender teus caprichos, sempre ligando, sempre mudando pra me encaixar no teu molde.

Me dá raiva, por Deus, lembrar de tudo que vivi contigo. Todos aqueles momentos que me senti feliz,
que me senti amada. Momentos que agora vejo, aconteciam somente dentro da minha cabeça.

Me dá raiva pensar em todas as lágrimas que por ti derramei, de todas as promessas
que tirei de mim mesma, q que só me fazem sofrer, cada vez mais.

Me da raiva ter um dia pensado que vocÊ era o cara certo. Dá raiva não ter ouvido a razão,
que me dizia o tempo todo que aquilo era uma loucura. Ter ouvido a voz da emoçao, ah aquela velha raposa,
que me enganou. Porque eu tentava me convencer de que a raposa estava certa, mas eu só estava mentindo para mim mesma.

Me dá raiva em saber que não vai ter um 'final feliz'. Porque nem começar com 'era uma vez', começou.
Me dá raiva pensar que seu final feliz não vai ser comigo. Dá raiva pensar em quem vai te abraçar, quem vai te aquecer,
quem vai te tocar. Me dá raiva em lembrar de todos os meus amores, e pensar que vocÊ foi o melhor deles.

Me dá raiva quando penso no que não vai acontecer. Me dá raiva pensar nas flores e nos dias de sol.
Nos teus beijos, e em tudo que eu tinha sonhado pra nós. Os teus olhos, e mãos, e teu abrço protetor;
é o que vai me faltar. Me dá raiva não saber o que fazer deste amor.

Mas o que me dá mais raiva nisso tudo, é quando meu coração dispara ao te ver. É quando me derreto com
com tuas maõs tocando minha nuca. É quando acredito nas tuas palavras vigaristas, é quando te ligo de volta
quado você desliga. Me dá raiva sentir saudade depois de cada despedida, saber que não vou te esquecer. Me dá
raiva desse meu amor eloquente, sem razão, sem fronteiras. Raiva de saber que acabou. E me dá raiva, não ter raiva de ti,
nem só por um segundo, nem só por ter raiva.

Kathlen Heloise Pfiffer


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