" Não há o que neste mundo não possa ser dividido.
Ana Beatriz Figueiredo Mota
Não há sonhos grandiosos que não possam ser transformados em milagres existentes.
Não há quem ame e não persevere, ou mesmo, tenha esperança.
Mas há vida em nós, exatamente, da medida dos nossos sentimentos.
Se amamos mais, vivemos mais.
Se amamos menos ou pouco, vivemos tão inconstante e derradeiramente!
Há algumas coisas pequeninas que transformam nossos dias e nossas atitudes diante do mundo.
Coisas estas que, muitas vezes, não enxergamos diante de nós; passam despercebidas, envoltas na correria dos dias.
Palavras, sorrisos, gestos...
Tudo contido num emaranhado de circunstâncias que devíamos priorizar, mas nunca há tempo suficiente.
Aprendí, por mais que não tenham me ensinado, que pequenas e singelas coisas podem nos transformar...
Aprendí, ao contrário da educação encarceradora que tive, que o mundo está à nossa volta para ser desbravado, questionado e, diante de nossas atitudes, transformado...
Aprendí que a maior fidelidade da vida é aquela que devemos à nossa felicidade. Não importa o quão feliz estou, mas importa que eu sempre caminhe ao alcance dos meus objetivos. E no final do caminho, ou não, sempre poderei dizer que não há arrependimentos...
Pois amei, segui e perseverei em busca de sonhos!
Isto já significa tudo!"
a fé é a superação da força, o consciênte em realizar.
hunaldo mota
A fortuna do tempo
Ana Beatriz Figueiredo Mota Soares Resena
exata e irremediável,
a que veias há de romper
corroendo a face dos seres
e aviltando-as com seu poder.
A fortuna opróbria
a qual o vento ateia seu véu,
sem querer.
fazendo-te, morte, enxergar as lágrimas brandas
e quentes, ainda ao amanhecer!
A fortuna do pecado,
do desejo desmedido
Querer, ter...
Ainda jaz dentro do peito
“A dor que desatina sem dor”,
como dizia o poeta,
sem para quê, nem por quê.
Mas entre todas as fortunas,
da fortuna do saber,
que não se finda nas raízes,
pois é maior que qualquer ser.
Desta, pois, exala encantos
e nem mesmo o amor supera,
nem desejo, virtude ou miséria.
No saber, ao ouvir as luzes,
tampouco importa com quais sentidos...
Sentindo o olor destas palavras
ou até mesmo apalpando alheios gritos.
Pois pouco importa onde mora
as outras fortunas desmerecidas,
se com o saber meu ser se eleva
e alcança o maior segredo da vida!
A menininha mimada nunca foi fresquinha,
Ana Beatriz Figueiredo Mota
Atravessa qualquer parada, aprendeu a se virar sozinha.
Sozinha, assim, nem tanto.
Ela não vive sem amor, paixão, encanto...
Tem dessas que viram patricinhas, outras guerreiras de primeira linha.
A bonequinha de porcelana revestiu-se de aço,
Aprendeu a andar a ponta dos pés para depois andar nas pedras sem sapatos.
Mãos de princesa e alma de Joana Darc...
Dedilhar piano nunca foi seu forte,
Diga isso aos seus pais, eles tiveram sorte!
Cansou de ser Rapunzel na torre coberta de flores,
Cansou de esperar pelo príncipe encantado,
Deixou de acreditar em amores...
Bobos da côrte enfeitiçados.
Mas chorou por um monte desses, que depois se mostram sapos.
Príncipe mesmo só um...Não exatamente príncipe.
Homem pra ela tem que ser plebeu, guerreiro, constante.
Daqueles que não saem fora por nenhum instante, seja qual for!
Chorou e ainda chora...
Porque espera que mude o mundo...
Liberdade é a palavra certa...
Igualdade é o que espera.
Livre das barreiras que o preconceito revela,
Não gosta de muros, nunca gostou.
Não precisa de armas para tentar revolucionar.
Não gosta de flores, senão em seus botões, vivos e suntuosos.
Ramalhetes são desperdícios...
Homens infiéis que os mandam para encobrir defeitos, mais ainda!
Deixou de ver a vida como um filme, cansou de esperar do nada!
A luta é a melhor maneira de se sentir amada, armada!
Mas ainda ama o som do mar,
Música alta, baladas constantes...
Para quê drogas, se a vida é tão mais inebriante?
A menininha dos laçinhos cor de rosa...
Vestidinhos rendados...
Sapatinhos de cristal...
Mulher... pra ser exato...
Laços rosas nas caixas de presente,
Vestidos, ainda sim, mas em croquis e moldes,
Pq desenhar ainda é seu ponto forte!
Sapatinhos de cristal???
O que eu falei sobre andar nas pedras???
Sua nobreza não vem de impérios
Corre em suas minhas veias!!!
Faz parte da alma...
À minha amiga Paola...
Ana Beatriz Figueiredo Mota
ÉS A MENINA-MULHER SURPREENDENTE, ARDENTE E COMPLEXA!
DÁ SENTIDO AOS QUE ESTÃO À SUA VOLTA, PORQUE BRILHA E, AO MESMO TEMPO, ILUMINA A TUDO QUE SE FAZ PRESENTE!
PORQUE SORRI DE UM MODO INFINITAMENTE MÁGICO E QUANDO CHORA, SEUS OLHOS ESPELHAM A ALMA...ALMA MAIS DOCE, FORTE E SÓBRIA...
GESTOS MAIS AFETUOSOS E INIMITÁVEIS...
ÉS INTEIRAMENTE PAOLA, ESTRELA EM METAMORFOSE.
MAIS RARO QUE TEU OLHAR?
O CORAÇÃO E OS DESEJOS...
MAIS INDECIFRÁVEL?
TEUS SEGREDOS.
Meu Complemento
Ka Mota
Penso em você
Imagino você
Agora... tudo em mim está completo.
Muitas perguntas ainda não foram respondidas, e talvez nunca sejam.
Ana Beatriz Figueiredo Mota Soares Resena
Porque o tempo cria nós nas pessoas e as atam num destino desmerecido e indesejado.
Observo muito ao meu redor, os seres caindo em ostentações forjadas ,e presos, tentam continuar suas vidas, que poderiam ser bem melhores.
Na vida tudo vai tudo vem,mais as coisas mais importantes ficam guardadas em nosso coração
Talison Mota
No reino dos sentimentos
zezinho mota
a amizade é como uma nascente,
de agua cristalina e pura
ambas nascem
e correm livremente
até chegarem ao seu destino.
Os sentimentos e as correntes
da agua cristalina
seguem paralelas
enquanto uma desagua
no mar
a outra segue para o coração
que a acolhe com amor
com muito querer e ilusão.
O Amor é uma historia q todos nós escrevemos
Talison Mota
Onde quer que eu vá, levo comigo uma certa nostalgia daquilo que não se pode compreender. Algo tão insólito que me faz pensar e repensar milhões de vezes sobre questões que não são minhas, exatamente.
Ana Beatriz Figueiredo Mota
Me inquieto no mal alheio e nele estabeleço meu caos! Sem prudência, defendo e mergulho n’algo que, se antes era irrelevante, agora se faz essencial.
Já quis ser poeta, almejei glórias, fortunas, mas descobri a tempo que a única e primeira glória do homem é o amor e a humanidade à flor da pele!
Considero que o livre arbítrio deva se exercitar à intuição, senão seremos tão dispersos como folhas ao vento.
Á personagem da história...
Ana Beatriz Figueiredo Mota
Á quelas, gravadas com tanto primor e maestria, que nos deixaram noites e noites sob a luz das estrelas, extasiados, envolvidos e admirados...
Áquelas que povoaram sonhos e realidades diversas,
Que fascinaram os pueris, que lavaram a alma dos pecadores, que aviltaram os presunçosos...
Á personagem inesquecível, nos atos, na essência e nas razões, que o próprio punho criador desconhece e , por sublimes vezes, estremece com seu vigor...
Á personagem que encheu-nos de glórias, que nos fez crescer interior e exteriormente,
Que nos acompanhou dias e noites , numa incansável luta acadêmica, árdua, porém encantadora.
À Capitu, Paulo Honório, Macabéa, Peri, Cecília , Emília, Brás Cubas, Iracema, Policarpo Quaresma, Riobaldo, Capitão Rodrigo, Dona Flor, Gabriela e a tantos outros , as nossas sinceras homenagens e nosso grandioso apreço.
Ao meu amigo Rodrigo Resena...
Ana Beatriz Figueiredo Mota
Não fale uma palavra
não é preciso dizer com excessos
pois teus próprios braços me dizem algo
da imensidão do céu ao infinito mar
com aguçadas e bravias marés,
com cintilantes e jocosos jasmins.
E inebriada estou a tanto
que me pergunto o quanto...
De tantos amores padeci por ti
e de êxtases ressurgi então
Para te dizer com beijos
tudo que não precisa ser dito...
O que já foi devorado,
fundamentado e exilado em meu ser,
Quanto teus olhos me laçam
Quando tua alma me toma
mais e mais uma vez em teus braços.
Neles me debruço,
me enredo e ,as vezes em soluços, esqueço
do pavor que é amar sem extremos
da angústia que é a certeza de findar-nos tão cedo,
tão antes do esperado...
mil anos, que sejam contados...
Queria viver eternamente do teu amor
e por ele renascer todas as manhãs
como nesta e noutras...
Pois meu bem é maior que a vida
e mais desejado do que há além dela.
Ao meu querido professor...
Ana Beatriz Figueiredo Mota
Eu confesso – Poucas são as pessoas que gostam de mim – pois não sei fingir.
Tenho uma alma revolucionária, ao extremo, e me provocam agonia e pesar tantas manifestações desumanas e miseráveis.
Ultimamente tenho pensado a respeito disso e cheguei a algumas conclusões.
Antes de tudo, devo ponderar sobre a facilidade e destreza que certas pessoas encontram em serem mesquinhas, pobres de espírito, baixas moralmente e desfavorecidas em intelecto. E isto não é marca de classes menos abastadas; pelo contrário, vejo cada vez mais pessoas que se dizem “endinheiradas” cometerem barbaridades contra as condutas da boa educação.
Exatamente isto, talvez mesmo por se taxarem “endinheiradas”. Possuem apenas dinheiro, folhas ao vento, mas sem nenhum valor espiritual, sem qualquer civilidade social ou condições normais e saudáveis de raciocínio .
E, realmente pensando sobre isso, sentindo-me envolvida por um mundo caótico e sem freios de cidadania, me surpreendi com a existência, bem nítida, de pessoas raríssimas, que diante de tanta falta de educação, indignidade e lixos humanos, conseguem se fazer “luzes” aos olhos alheios. Conheço poucas pessoas assim, mas tenho orgulho de suas existências presentes e coexistentes à minha vida.
Uma dessas pessoas? O meu professor de literatura. Seu nome pode ser dito, sem receios: Osmar Oliva.
Não estou escrevendo sobre o assunto para alçar elogios de ordem prosaica ao nobre docente. Quero apenas, diante de tantas desfavoráveis experiências humanas, citar apenas uma das poucas que pode ser digna de louvor.
Bem... O professor e doutor Osmar Oliva é alguém que se atém a comentários pertinentes à sua disciplina, ao conhecimento científico de sua área e também de outras, e nunca à comentários extraclasse. Respeita nossos horários de início e término de aulas, mesmo que alguns necessitem sair mais cedo para conseguir condução, o que ele entende perfeitamente.
Mas o que me chama mais atenção nele é a maneira de ser humilde e voraz, simultaneamente, em seus discursos. É humilde ao apontar nossas falhas de maneira coesa e ética, é voraz em nunca atingir um desafeto com más palavras, antes com boas palavras aos que à ele parecem pertinentes. É exatamente isso que me encanta em sua fala.
O professor derrota verbalmente, com uma oralidade magnífica, os tons alheios de arrogância e desumanidade. Ele declara, de um modo não-verbal, olhos de superioridade à ignorância que persuade os mesquinhos, e parece conseguir vê-la ao longe, como algo que não quer atingir nunca, pois sabe que estas banalidades pertencem apenas aos tôlos.
Então, eu utilizo agora um grande clichê: “Quero ser como ele, quando eu crescer.”
Quero que minha alma atenha-se acima das coisas mundanas, momentâneas e que coexista na delicadeza da nobre linguagem humana. Desejo mais afetos que inimigos e quando não puder tê-los nessa ordem, desejo o silêncio, somente. O meu e o alheio.
Que eu esteja, sempre, acima das coisas e das pessoas pequenas. Que eu apenas sinta que passaram por mim, como o vento, por mais que o vento seja dotado de uma positividade enigmática. Apenas peço a Deus que me dê forças e coragem para não responder aos medíocres, que ocupam suas vidas e suas podres almas de tanta sordidez e futilidades, da vida alheia, da inveja ao mérito dos justos.
E por isso também que estou escrevendo. Por que parece tão fácil responder com grosserias à pessoas baixas e tão difícil assumir a nobreza de caráter de apenas uma, quando a encontramos em nossas vidas?
Escrevo para dizer ao professor Osmar e às raras pessoas como ele que sinto orgulho de conhecê-los, de tê-los tão próximos, para que talvez eu consiga absorver e aprender coisas boas. Escrevo para que estas poucas pessoas possam ter a certeza de uma admiração verdadeira e saudável, porque são dotados de atitudes saudáveis e justas.
Escrevo para não perder meu tempo com pessoas ou coisas fúteis. Prefiro preencher minhas horas com palavras afetuosas e puras.
Neste semestre, essencialmente, entre tantas decepções e desprazeres, pude conhecer uma pessoa maravilhosa, que com certeza ofuscou e apagou muitas tristezas, muitas lágrimas, não só minhas, mas de muitos colegas... Com a sutileza de suas considerações, com sua evocação e admiração machadiana, com seus apontamentos sobre a sedução da escrita, com sua postura lúcida e perfeita, com a aura do professor realista e espontâneo. Passei a amar a literatura, passei a ler Machado de Assis. Quero ter como exemplo pessoas excelentes e íntegras!_________________________________
Por um instante eu queria ser lúcida
Ana Beatriz Figueiredo Mota
e velar meu sono de maresia
e deitar meus braços sobre as pontes
que unem sonhos e fantasias.
Queria estar repleta de sentidos,
e de sentidos, ser exata
alheia ao mundo
fulgaz ao caos
remando a vida
aparando lágrimas e estrelas.
Queria ater-me a olhares sutis,
desvendar enigmas,
aparar a brisa
e fugir do tempo.
Fugir do destino do fim.
Fugir, por apenas um instante
e por tantos outros,
de mim."
Desde o final do século passado e durante a primeira metade do século XX, os pedagogos influenciados pelas teorias da chamada escola nova defenderam a idéia otimista de que a educação teria uma função democratizadora, ou seja, a escola seria um fator de mobilidade social.
Ana Beatriz Figueiredo Mota
Tendo em vista constatações feitas sobre a educação brasileira, chegaram a conclusões de que a escola não é equalizadora, mas reprodutora das diferenças sociais.
Segundo Arthusser, o estado tem um aparelho repressivo (exército, polícia, tribunais, prisões, etc.) que assegura a dominação pela violência, mas também se utiliza de outras instituições pertencentes à sociedade civil, como a família, a escola, igrejas, meios de comunicação, os sindicatos, os partidos e outros, a fim de estabelecerem o consenso pela ideologia, e que por isso são chamados de aparelhos ideológicos de estado.
A escola não exerce a violência física mas sim a violência mediante forças simbólicas, ou seja, pela doutrinação que força as pessoas a pensarem e a agirem conforme a ordem vigente. Os textos didáticos veiculam certos valores que visam adequar o indivíduo à sociedade, integrando-o na ordem estabelecida. O caráter ideológico existe também na literatura infanto-juvenil e em livros do ensino médio, sobretudo nos de moral e cívica, história e geografia. A criança conhece uma realidade estereotipada, idealizadora e , portanto, deformadora.
Nossa primeira escola foi fundada pelos jesuítas em 1542, na Bahia. O objetivo era propagar a fé cristã e salvar as almas daqueles que não temiam a Deus, como os índios. Hoje podemos refletir sobre a escola que está sendo construída para as próximas gerações.
Em 1930 foi criado o ministério da educação e saúde, o ensino é instituído como integral, público e obrigatório. Em 1937 o golpe do presidente Getúlio Vargas interrompe as mudanças educacionais que vinham sendo discutidas desde 1932. 1961 foi o ano da promulgação da lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB), tornando a escola aberta, mas não obrigatória para os concluintes do quarto ano primário. Paulo Freire promove a valorização da cultura do aluno. O ano de 1985 marca a luta estudantil. Política e escola se mesclam na luta por ideais. O impeachment (1992) repete este cenário de indignação. Em 2001 vemos a criação do programa bolsa-escola, e mais uma vez o governo se aproveita da estrutura escolar para reafirmação de estratégias políticas.
Estamos assistindo, hoje, a um incrível aumento dos programas e propostas de formação contínua, realizados por diferentes esferas dos sistemas públicos e privados de ensino, pelos sindicatos de professores e até mesmo pelas editoras de livros didáticos. Caberia perguntar que interesses movem esses diferentes órgãos e instituições a patrocinar tais atividades. Inúmeros autores têm mostrado como a política de livros didáticos serve para desqualificar o trabalho docente. Esses livros definem os conteúdos e ensino, sua organização e seqüência e a forma de transmissão, deixando pequena margem de autonomia para o docente.
Por estas análises, concluímos que a escola tem função reprodutora, enquanto peça da engrenagem do sistema político vigente. Daí se justifica as críticas sofridas por não atender os reais interesses de seus alunos e de estar de certa forma na contra-mão dos objetivos pretendidos pela sociedade. Apesar disso ela persiste até o momento, pois a escola é um espaço passível de luta, de denúncia da domesticação e seletividade e de procura de soluções, ainda que precárias e parciais.
EDUCAR COM AMOR
“Toda criança tem direito a educação gratuita e ao lazer infantil. Nesse ponto, acho que muitas crianças já estão na escola, mas é preciso que sejam escolas boas e não as que a gente vê por aí, algumas de barro, cheias de buracos, outras de lata, já pensou que calor? Juliana estuda numa escola de lata lá em São Paulo, no verão alguns de seus colegas chegaram a desmaiar por causa do calor. E quando faz frio é de gelar. Por isso, não é preciso só escola, tem que ser adequada e o ensino tem que ser bom.”
O estatuto da criança e do adolescente deixa bem claro o motivo da escola pública ainda existir no Brasil até os dias de hoje e infelizmente a resposta é uma só: por obrigação.
Não tenho vergonha de dizer que sinto vergonha em viver num país onde nada é feito por amor e sim por obrigação.
A escola pública em muitos países, até mesmo em alguns de terceiro mundo, é devidamente organizada e amparada pelos desejos e anseios de uma sociedade, possivelmente, patriótica ou que pelo menos tem respeito pelos seus cidadãos. No país em que vivemos, ou melhor, sobrevivemos, não há respeito, não há amor, não há motivação nem desejo, por parte da comunidade e dos governantes.
Com origem na revolução francesa, a escola pública se tornou fato histórico de suma importância . E atualmente, há a necessidade do desenvolvimento escolar acompanhar a globalização e os processos tecnológicos, atualizar seus conteúdos e evoluir social e moralmente.
E o mais importante, explícito na citação de Keity Jeruska Alves dos Santos Zadorosny, a escola é necessária, mas não uma escola qualquer e sim uma escola adequada, que ofereça ensino de qualidade.
Volto a afirmar, não percebemos amor na sociedade que possa move-la aos interesses alheios e eventualmente, mesmo que alguns ignorem, para seu próprio benefício, pois uma sociedade sem educação gera marginalidade e violências de todo tipo.
Nossas casas não precisariam ser adornadas por cercas elétricas, alarmes; não haveria necessidade em construir tantos presídios, não seria necessário tantos carros blindados e tanto temor das ruas e das grandes cidades, se a comunidade passasse a enxergar na educação, desde a mais tenra idade, a solução para todo mal que enfrentamos. Mas os homens se fecham em si, principalmente aqueles que têm nas mãos poder para mudar ou para lutar por justiça igualitária, e vivem como prisioneiros de seus sistemas falidos e medíocres.
Quando se perde alguém, perde no sentido de não poder vê-la nem tacá-la mais(senti-la sempre).
Ana Cláudia Mota Melo
A vida continua, novas chances são dadas a quem quer continuar a batalha apesar de tudo; mais do que certo, a vida não se resume à uma única pessoa, mesmo que ela tenha sido tudo pra você um dia...
quem não muda a si mesmo, não muda coisa nenhuma.
josé mota
Saudades,
Alexandre Mota
Uma memória nostálgica
De quem longe está...
Lembranças,na mente e no olhar
No coração, entre erros e acertos,
O horizonte,
Num apaixonado observar...
É exatamente por isso que não deves olhar-me.
Ana Beatriz Figueiredo Mota
Pois, por ti, meu peito perde o rumo, e eu já não sei o que fazer, dizer ou, até mesmo, ser.
Porque se torna óbvio, quando me olhas, que a luz da própria lua se torna menor que a luz dos olhos meus em tua direção.
Então volte, e somente ao teu redor contemples. Pois seguir-te é um risco e amar-te impossível, para todo o sempre se torna.
E, não me julgues ao decorrer dos versos. Não vêm de mim, de outra, senão, que em mim se faz presente, por mais que eu tente mantê-la em segredo, adormecida.
Cale-se e não diga nada. Que tuas palavras tornam-se tempestade em minhas veias e inundam meu coração, fazendo-o bater mais forte, desmedido.
Peço apenas que continue teu caminho. E eu, em sonhos muitas vezes permitirei, que aquela a quem guardo secretamente, te encontre, em algum lugar também secreto, onde os olhares, as palavras e os desejos possam ser sentidos e multiplicados. Sem medos ou anseios.
E não guarde estas linhas, pois não as escrevi conscientemente. Apenas dei mãos aos sentidos de alguém que em mim repousa, à espera de sonhos!
Então vá, antes que não haja volta,
antes que desperte-a para sempre!
Eu agradeço à todas as pedras que estavam e estão presentes ao longo de meu caminho.
Ana Beatriz Figueiredo Mota
À algumas que me fizeram tropeçar e, muitas vezes, me ferir profundamente.
Outras que apenas estavam lá esperando que eu passasse por elas, almejando a queda e não contavam que houvesse, mais perspicazes que elas, desvios para o caminho correto.
Muitas das quais não valem sequer serem mencionadas, mas que também agradeço: àquelas pequeninas e inferiores pedrinhas que, às vezes, entram em nossos sapatos e provocam um pequeno corte. Mas são ponderáveis, são apenas “pedrinhas”.
Há! Agradeço às pedras gigantes, de caráter duvidoso, que muitas vezes num árduo e vão esforço tentavam se passar por flores. Mas eram medíocres e ignorantes o suficiente para acreditarem em seus próprios disfarces.
Agradeço à todas...
Às pedras invejosas que desejam ter asas como os pássaros e por isso se sentem prazerosamente bem utilizadas nos estilingues, alvejando e destruindo.
Às pedras maldosas que entram em nossas vidas sorrateiramente nas solas de nossos sapatos para causar incômodo e tomarem nosso precioso tempo tentando removê-las.
Às pedras preciosas e pontiagudas que pensam ter valor porque, aparentemente, brilham mais que as outras; no entanto, não têm valor senão adornar seres tão enfadonhos quanto elas. São apenas objetos de consolo para fúteis. Quando esbarram umas nas outras e lascam-se um milímetro podem cortar e ferir profundamente quem as carregou longo tempo.
Às pedras formadas de torrões de barro, que se consideram humildes e bondosas por enfatizarem que nenhum mal podem provocar à alguém, mas que, desesperadamente, se tornam vorazes e nas tempestades se fazem enxurradas que levam tudo, levam vidas, levam sonhos e levam até mesmo as outras pedras.
Agradeço à estas também, que todos os dias desejam, desesperadamente, pela chuva, para transformarem-se. Mal sabem que a mais triste das tempestades vem de seus próprios olhos, pelas lágrimas sentidas, por desejarem ser tão gloriosas e percebidas, mas terem a certeza que são e sempre serão apenas torrões de barro.
Ilusão desmedida, desenfreada, devassa, estúpida!
Ana Beatriz Figueiredo Mota
Que circunda minh'alma vaga...
e a faz desordenada , alada!
Que vem estragar minhas palavras...
Com um olhar destrincha os gestos,
desarma, desnuda, rebusca.
Se ao menos eu gritar teu nome pudesse...
VIDAAAAAAAA...
O que mais hei de entregar-te?
Se quando me olhas,
já não sou eu,sou metade.
Inteira, mente, só a ti pertences.
Antes que eu morra pelo platônico descompasso
e antes mesmo de ser findado meu querer,
sem haver, alento, começado.
Vira-te, que contemplar prefiro as suntuosas nuvens,
ou ao breu da noite, atravessar ...
À tempestade, até mesmo, se vier.
Pois apenas uma senha entrega-me,
an-da...
Vá pra onde não me alcança teu olhar.
E em secreto esconde meu pesar.
D'onde nenhum ser possa avistar.
Não há paixão que dure
Ana Beatriz Figueiredo Mota
Não há sonhos em branco
Não há alguém que não ceda
Diante de encantos...
Não há alma que freie
Impulsos de desejo
Não há quem segure olhares,
Quem não se precipite ao beijo.
Não há quem siga ao vento
Por mera distração
Há aqueles que dele fazem temporal,
Mesmo sob o mais intenso clarão...
Não há quem fixe e não arda,
À olhares entrelaçados de medo...
Há aqueles que deixam-se perder,
Por conta de seus segredos...
Não há penumbra hostil,
Que não venha acompanhada
De frutos nostálgicos ,
Face da pessoa amada!
Não há quem pressupõe
Algum dia mudar seu turno,
Estando diante daquilo que
Lhe faz perder o rumo!
PAISAGEM
Ana Beatriz Figueiredo Mota
Havia um lindo lago do outro lado da cidade. Era um lugar iluminado e místico, quase irreal. As águas cristalinas espelhavam as árvores frondosas que cobriam todo o vale, que cercavam o lago e se dobravam acima de suas margens. O caminho de pedras era simétrico e desenhado, passo a passo que poderia ser percorrido, da casa de largas varandas e portas gigantes até os arbustos da montanha. A montanha era inebriante, verde como o alto mar, e nas noites de lua cheia exalava o olor das milhares de plantas medicinais e flores de todas as espécies.
Eu me sentava e podia então tocar o verde do capim mal cortado, as flores vermelhas que pareciam brilhar ao meio dia, a água morna do lago. Sentia o vento tocar minha face e correr entre todas as árvores do vale. Ele brincava, ia e voltava em um balé que fazia as folhas caídas ao chão dançarem e voarem derradeiras vezes. Pareciam ter vida.
Durante as noites meu olhar se fixava ainda mais àquela paisagem porque o sol nunca sumia atrás do vale, ele permanecia dia após dia e iluminava além do que poderia.
Muitas vezes eu chorava por não poder nadar no lago, por não ser permitido que eu pudesse cortar algumas flores para fazer um lindo arranjo, pela impossibilidade de atravessar o longo vale para ir até a floresta. Mas minha tristeza não durava muito. Ao ver as gaivotas sobrevoando a mata, bebendo da água pura e límpida meus olhos se abriam ainda mais e por mais que me fossem restritas algumas coisas, somente a presença daquele lugar me extasiava. Ao deitar continuava desejando olhar e ao acordar eu corria em direção à maravilhosa vista. Todos os dias.
Em um mundo de criança onde brinquedos e cantigas tomavam lugar entre os pequeninos, o meu mundo era observar e até mesmo sonhar com aquele maravilhoso lugar.
A porta do casarão permanecia fechada e poucos adultos pareciam morar lá. As janelas davam para uma pequena igreja, a qual eu não conhecia o interior. E nunca poderia conhecer.
Fazia minhas orações olhando para ela, mas não havia quem a freqüentasse, senão eu, ao longe. E por mais que eu esperasse o sino tocar, ele continuava em silêncio e nem mesmo o vento era capaz de movê-lo para uma melodia sequer.
Em uma noite, ao fazer minha última oração à porta da pequena igrejinha, olhei para o sol forte e vigoroso no horizonte e cheguei a toca-lo. Deitei-me na cama e enquanto o sono vinha a passos lentos o sol foi se apagando.
Na manhã, ao acordar, estava escuro, o vento entrava pela janela do meu quarto e o sol já não existia. Do céu escuro descia uma chuva forte e ameaçadora. Não conseguia ver o vale, nem o lago, todas as árvores e flores. As gaivotas, pensava eu, deveriam ter voado para longe e a igreja não estava ao lado do casarão. Aliás, não havia também o casarão e suas varandas espaçosas e o caminho de pedras que um dia eu me imaginei percorrendo-o. Tudo havia sido levado, sumido. Para terras distantes, talvez.
Desci as escadas de casa e avistei meu pai na pequena salinha, nos fundos de casa.
Ele já sabia porque eu estava chorando. Então, pegou cuidadosamente minhas pequenas mãos e me guiou até o meu quarto. Na parede rosa, pendurou novamente o quadro e disse:
- Você gosta tanto dele que resolvi termina-lo.
A paisagem havia milagrosamente voltado. Mas, naquele instante, entre o casarão, a igreja, o vale e as flores, no caminho até os arbustos do lago, caminhava uma menina, de vestidinho vermelho e sapatos de cadarço. Na maior árvore, às margens do lago, podia-se avistar um balanço, de cordas verdes, coberto de heras que davam flores rosas e amarelas. Com certeza aquela menina, todos os dias, pela eternidade de sua infância, seguiria o caminho de pedras e iria até o lago, sentar-se ao balanço e admirar as gaivotas brancas.
Ainda a vejo e às vezes chego a conversar com ela. É impressionante que sua felicidade e seus desejos atravessem barreiras materiais ou não e se façam presentes em mim. Ainda oro, algumas vezes me esquecendo da igreja, onde os sinos nunca tocaram. Ou tocaram, em algum momento de desatenção. Mas o sol continua brilhando, dias e noites. E daqui muitos e muitos anos ainda estará lá, iluminando o vale e o meu quarto.
Verdadeira felicidade...
Ana Cláudia Mota Melo
Encontrar a felicidade é dever e não sorte, é merecimento, recompensa.
Felicidade é poder contar com alguém, é poder ajudar alguém, mesmo que sua ajuda seja apenas por palavras, o que nos parece pouco, mas que pode fazer enorme bem a quem as recebe.
Felicidae é sorrir mesmo quando se quer chorar e chorar quando o momento pede milhões de sorrisos; é abraçar a família,ouvir os avós, contar sempre com os irmãos,farrear com os primos e viver com os amigos.
Felicidade é descobrir o rio de oportunidades que a vida dá,é viver cada dia julgando-o o melhor do ano; fazer isso é viver de verdade, é não caminhar para o fim empurrando os dias com a barriga; mesmo que nada de especial aconteça cada dia é uma bênção.
A felicidade não está no mundo, não está na roupa, no dinheiro, na festa, no trabalho, se ela não estiver de verdade dentro de você, essas coisas não tem o menor valor.
Enfim...
Felicidade mesmo é ter AMOR; amor à você, às pessoas e à tudo o que se faz, pois qualquer coisa mesmo a menor de todas, se feita com amor traz a maior e mais verdadeira felicidade do mundo!!!