Frases de josa carlos ary dos santos

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Lira do amor romântico
Ou a eterna repetição

Atirei um limão n’água
e fiquei vendo na margem.
Os peixinhos responderam:
Quem tem amor tem coragem.

Atirei um limão n’água
e caiu enviesado.
Ouvi um peixe dizer:
Melhor é o beijo roubado.

Atirei um limão n’água,
como faço todo ano.
Senti que os peixes diziam:
Todo amor vive de engano.

Atirei um limão n’água,
como um vidro de perfume.
Em coro os peixes disseram:
Joga fora teu ciúme.

Atirei um limão n’água
mas perdi a direção.
Os peixes, rindo, notaram:
Quanto dói uma paixão!

Atirei um limão n’água,
ele afundou um barquinho.
Não se espantaram os peixes:
faltava-me o teu carinho.

Atirei um limão n’água,
o rio logo amargou.
Os peixinhos repetiram:
É dor de quem muito amou.

Atirei um limão n’água,
o rio ficou vermelho
e cada peixinho viu
meu coração num espelho.

Atirei um limão n’água
mas depois me arrependi.
Cada peixinho assustado
me lembra o que já sofri.

Atirei um limão n’água,
antes não tivesse feito.
Os peixinhos me acusaram
de amar com falta de jeito.

Atirei um limão n’água,
fez-se logo um burburinho.
Nenhum peixe me avisou
da pedra no meu caminho.

Atirei um limão n’água,
de tão baixo ele boiou.
Comenta o peixe mais velho:
Infeliz quem não amou.

Atirei um limão n’água,
antes atirasse a vida.
Iria viver com os peixes
a minh’alma dolorida.

Atirei um limão n’água,
pedindo à água que o arraste.
Até os peixes choraram
porque tu me abandonaste.

Atirei um limão n’água.
Foi tamanho o rebuliço
que os peixinhos protestaram:
Se é amor, deixa disso.

Atirei um limão n’água,
não fez o menor ruído.
Se os peixes nada disseram,
tu me terás esquecido?

Atirei um limão n’água,
caiu certeiro: zás-trás.
Bem me avisou um peixinho:
Fui passado pra trás.

Atirei um limão n’água,
de clara ficou escura.
Até os peixes já sabem:
você não ama: tortura.

Atirei um limão n’água
e caí n’água também,
pois os peixes me avisaram,
que lá estava meu bem.

Atirei um limão n’água,
foi levado na corrente.
Senti que os peixes diziam:
Hás de amar eternamente.

Carlos Drummond de Andrade

louco desafio:
comer fubá e cantar
o sole mio!

Carlos Seabra

Lutar com palavras
é a tuta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
[...]
Palavra,palavra
(digo exasperado),
se me desafias,
aceito o combate.

Carlos Drummond de Andrade

Lutar pel igauldade sempre que as diferenças nos discriminem,lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize

Boaventura de Souza Santos

madura no ramo
vou colher a fruta
da mulher que amo

Carlos Seabra

MÃE MYRTHES,VOÇÊ É INSUBSTITUÍVEL, VOÇÊ É ÚNICA, VOÇÊ É LUZ."

CARLOS FÁBIO VIEIRA COUTINHO

Mãe nos aguardou por 9 meses,cheia de alegria que ia ter um filho.

para nos filhos o nosso maior desejo e ver mae sorrindo,alegre,pois cuidou de nos.Nos ensinou os primeiros passos.Teve paciencia,nos deu comida ela e um presente de deus.

nathaliazimmerdos santos

Mais barulhento que biblioteca pública brasileira...

João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR

MAIS IMPORTANTE QUE CONHECER UMA CIDADE É SABER SE PERDER NELA

Carlos Fortuna citando W. Benjamin

MÃE(MEU ANJO)

Na minha vida existe um anjo que oferecia seu colo nos momentos de angústia,um anjo que me dava conselhos quando eu não sabia mais o que fazer,um anjo que não poupava esforços pra me ajudar,um anjo que passou por muitas dificuldades pra me ver protegido e forte,um anjo que me mostrou um caminho onde só o sol tocava e tudo era puro,um anjo que me pegava nos braços e voava para longe do frio e da escuridão que eu tanto temia,um anjo que transformava meu medo em coragem sem nunca me deixar sozinho,esse anjo me deu sonhos para sonhar e forças para continuar e a cada batalha perdida esse anjo me tirava das ruínas e do seu devaneio silêncioso e mesmo ferido lutava sem parar para me ver vencedor,tudo que hoje sou devo a esse anjo que tudo me ensinou.

DIEGO DOUGLAS DOS SANTOS

Maomé, disse nos últimos dos seus dias de vida.
“Ainda não encontrei a verdade!”

Artur dos Santos Saldanha

mãos que se tocam
olhos que se encontram
beijo na boca

Carlos Seabra

MATEMÁTICA

A toda a hora utilizada,
Por vezes rejeitada.
Mas um coisa é certa,
Sem ela não teríamos
Uma vida correcta.

Renato Alexandre dos Santos Freitas

Me disse ela
Que também tem saudade
Do beijo nunca dado
Do toque nunca efetuado
Do sorriso nunca trocado
Da música nunca compartilhada
Do silêncio respeitado
Do olhar inesperado
Do encontro nunca marcado
De mim ao seu lado!

Humberto S.Santos

Humberto S.Santos

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade

Mesmo que nos prendam, seremos livres em pensamento...

Roger Santos

Meu amor não é fogueira nem sopro.
Não se desfia nem se desdobra à toa.
É cauteloso e principia pouco
Para crescer a cada coisa boa.

Amor bondoso, resistente ao tempo,
Constante mesmo quando se magoa.
Envolvedor e, em seu envolvimento,
É mais amor e, sendo assim, perdoa.

Embora possa parecer maduro,
É meu amor também insaciável,
Sem rumo certo, amargo e inseguro.

É meu destino, mesmo tão amável,
Tornar o amor, além de insuportável,
Ao mesmo tempo, eterno e sem futuro.

(do livro: Fadas Guerreiras, à venda em www.caca.art.br)

Carlos Augusto Cacá

MÃES MÁS

Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:
– Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer vocês saberem que aquele novo amigo não era boa companhia.
- Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".
- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto a vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
- Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
- Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade por suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também!
E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
"Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo..."
– As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas.
As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (tocava nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails).
Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violava as leis do trabalho infantil. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho, que achávamos cruéis.
Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos, tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.
Enquanto todos podiam voltar tarde à noite, com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por qualquer crime.
FOI TUDO POR CAUSA DELA.
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", como minha mãe foi.
EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS.

Dr. Carlos Hecktheuer - Médico Psiquiatra

MANEIRA DE AMAR
O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na devida ocasião.
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mando-o embora,depois de assinar a carteira de trabalho.
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. "VOCÊ O TRATAVA MAL, AGORA ESTÁ ARREPENDIDO?" "NÃO, RESPODEU, ESTOU TRISTE PORQUE AGORA NÃO POSSO TRATÁ-LO MAL. É A MINHA MANEIRA DE AMAR, ELE SABIA DISSO, E GOSTAVA".

Carlos Drummond de Andrade

Meu nome e Luana vivo num riacho
+ meu amor ja foi por agua abaixo

Luana Santana Dos Santos Gomes

Meus textos estão registradas na Biblioteca Nacional. Os plagiadores serão processados.

João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR

micro na teia
navega na internet
grão de areia

Carlos Seabra

Microconto

Ficava horas olhando aqueles antigos grandes retratos ovalados na parede da sala, na esperança de que pelo menos um daqueles rostos severos piscasse um olho pra ele.

João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR

Microconto

Os soluços da viúva, às vezes, pareciam gargalhadas.

João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR

Microconto

Rosa está sempre na varanda.
Enfeitando a rua.
Sob a luz da lua.
Rosa, a cada beijo, renasce mais bela.
Invejada por palmas, azaléias.
Odiada por Marias e Florindas.
Enfeitiçando Jacintos.
Enlouquecendo jasmins.

João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR


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