A impaciência em que vivemos provém da nossa ignorância, queremos que os homens e as coisas sejam o que não podem ser, e deixem de ser o que são por sua essência e natureza.
Marquês de Maricá
A impaciência, quando não remedeia os nossos males, os agrava.
Marquês de Maricá
A imperfeição é a causa necessária da variedade nos indivíduos da mesma espécie. O perfeito é sempre idêntico e não admite diferenças por excesso ou por defeito.
Marquês Maricá
A impunidade é segura, quando a cumplicidade é geral.
Marquês de Maricá
A impunidade não salva da pena e castigo merecido; retarda-o para o fazer mais grave pela reincidência e agravação das culpas e crimes subseqüentes.
Marquês de Maricá
A impunidade promove os crimes, e de algum modo os justifica.
Marquês de Maricá
A impunidade tolerada pressupõe cumplicidade.
Marquês de Maricá
A inconstância humana é o produto necessário das variações da natureza, das circunstâncias e dos eventos.
Marquês de Maricá
A incredulidade que é da moda nas pessoas jovens, torna-se o seu tormento na velhice.
Marquês Maricá
A indiferença ou apatia que em muitos é prova de estupidez pode ser em alguns o produto de profunda sapiência.
Marquês Maricá
A ingratidão coletiva dos povos é punida pela ordem moral por uma pena igualmente coletiva.
Marquês de Maricá
A ingratidão descobre o vilão.
Marquês de Maricá
A ingratidão dos povos é mais escandalosa que a das pessoas.
Marquês de Maricá
A ingratidão faz pressupor vistas de interesse no benfeitor, ou indignidade no beneficiado.
Marquês de Maricá
A intemperança da língua não é menos funesta para os homens que a da gula.
Marquês Maricá
A intolerância irracional de muitos escusa ou justifica a hipocrisia ou dissimulação de alguns.
Marquês Maricá
A intriga que alcança os empregos não habilita para bem servi-los.
Marquês Maricá
A inveja de muitos anuncia o merecimento de alguns.
Marquês Maricá
A inveja, que abrevia ou suprime os elogios, é sempre minuciosa e prolixa na sua crítica e censura.
Marquês Maricá
A leitura deve ser para o espírito como o alimento para o corpo, moderada, sã e de boa digestão.
Marquês de Maricá
A leitura é um grande lenitivo para a velhice nos achaques que a incomodam, e reclusão a que obrigam.
Marquês de Maricá
A leitura, como a comida, não alimenta senão digerida.
Marquês de Maricá
A liberdade é a que nos constitui entes morais, bons ou maus; é um grande bem para quem tem juízo; e para quem o não tem, um mal gravíssimo.
Marquês Maricá
A liberdade que nunca é suficiente para os maus é sempre sobeja para os bons.
Marquês Maricá
A literatura inglesa instrui moralizando, a francesa deleita sensualizando: a primeira é racionalista, a segunda sensualista.
Marquês de Maricá