Cabe ao artista trazer para a realidade,o espaço que a educação não ensina.
Carlos Vaz
Cada um de nós é responsável p...
Carlos Torres Pastorino
"Cada um de nós é responsável por seus atos.
Por que vai desanimar, pelo que os outros fizeram a você?
Que tem você que ver com isso?
Siga à frente, ainda que o mundo inteiro esteja contra você.
Você há de vencer, mesmo que fique sozinho.
Continue sem desânimo, porque você é o único responsável por seus atos."
2007/09/05 enviada por WebMaster
Autoria de Carlos Torres Pastorino
Mensagens de Minutos de Sabedoria
caído, um corpo
Carlos Seabra
acabado, um sonho
imóvel, um morto
cama macia
Carlos Seabra
corpo se espreguiça
nasce o dia
Canção Da Eterna Despedida
Antonio Carlos Jobim Vinicius de Moraes
A noite é linda
inda palpita no mar
a lua cheia a se esvair em luar
Vem, ó minha amada
e fica linda e sem véu
como essa lua no céu
Eu sou o mar
Ó meu amor, diz que sim
E vem pousar o teu luar sobre mim
Vem que todo dia
cada noite tem um fim
só para nos separar
Ai, minha amada
madrugada chegou
e a sua luz me diz que devo partir
Mas meu coração
não compreende a razão
de me arrancarem de ti
É tanta a mágoa
desta separação
que já meu corpo chora a falta do teu
Que esses cantos meus
são como prantos de adeus
por me arrancarem de ti
Canção Do Amor Demais
Antonio Carlos Jobim Vinicius de Moraes
Quero chorar porque te amei demais
Quero morrer porque me deste a vida
Oh meu amor, será que nunca hei de ter paz
Será que tudo que há em mim
Só quer sentir saudade
E já nem sei o que vai ser de mim
Tudo me diz que amar será meu fim
Que desespero traz o amor
Eu nem sabia o que era o amor
Agora sei porque não sou feliz
CAMINHOS...
abilio carlos dos santos
( Parábola )
Que bom que a vida fosse como um campo florido ou um pomar com bons frutos.
Mas não é.
Na vida encontramos caminhos com curvas e retas. Precisamos aprender a percorrer, a cair e a levantar.
Na vida percorremos estradas asfaltadas e retas, mas também caminhos de terra com subidas acentuadas... Não é fácil!
Nesta viagem há muitas placas de “Pare” ou “Proibido”. Há controle de velocidade e não podemos ultrapassar... Se desobedecer será multado.
Cuidado! Não provoque acidente... Pense! Vidas serão interrompidas.
Respeite as pessoas... Não invada o espaço que não te pertence...
Chegue a Deus sem dívidas, sem vítimas e sem dores.
abiliocarlos
*
Um abraço do Pr.Abilio... Shalon!
*
CANSADO
Luiz Carlos Rodrigues dos Santos
Meu corpo cansado, dilacerado
É só o que restou de mim.
Pedaços de mim estão marcados
De dores e saudades sem fim.
Meus poemas sem concordância
São frutos da minha imaginação.
Sou apenas um cisco dessa existência,
Pó sem consagração.
Seres infames cobrem essa esfera,
Hipócritas dessa vida vão.
Por que essa empáfia se a morte nos espera?
Tua riqueza ficará enterrada no chão.
Estou cansado dessa podridão,
Quero explodir, tornar-me um ser celeste,
Quimera nessa imensidão,
Longe desses homens pestes.
Minha vida cansada, anda na contra-mão,
Não suporto mais essa sociedade torpe,
Pessoas brotando devassidão,
Imensuráveis lixos desnobre.
canta bem-te-vi
Carlos Seabra
sol por todo o lado
natureza sorri
CARTA AO AMIGO RAUL
Luiz Carlos Rodrigues dos Santos
Meu amigo chega de viajar,
Pegue seu disco voador,
E venha nos contemplar.
Você aqui faz falta,
Quero ouvir teu cantar.
Já ouvi tanta besteira,
Meus ouvidos não agüentam,
A poesia carece de tuas letras.
Meu amigo se aprece,
Logo sai o Trem das Sete,
Venha logo pra ficar.
Nesse hospício falta alguém
Para nos alimentar.
Venha tentar outra vez
Mudar essa sociedade maluca.
Estamos órfãos com certeza,
Das tuas irreverências.
Hoje aqui está mudado,
As fardas estão guardadas,
Venha impor a tua lei,
Mudar esse mundo maluco.
Não demore meu amigo,
Nos alerte com teu grito,
Esse mundo sem você não faz sentido...
Seriedade por aqui é besteira,
Precisamos de um Maluco Beleza,
Para ativar a nossa consciência.
Precisamos de uma sociedade alternativa,
Para termos uma metamorfose todos os dias.
Por isso meu amigo volte logo,
Precisamos de você para nos fortificar,
E nos ensinar as palavras do Gita...
casa quieta -
Carlos Seabra
cochila o avô e
dorme a neta
CASADOS
Carlos Correia
De tantos sonhos já sonhados,
Agora temos um realizado
o de estarmos casados.
Agora temos uma felicidade pra manter,
Longos dias um ao lado do outro para viver.
Dormir em nossa cama juntos, grudados,
E amanhecer bem porque somos amados.
Dedicar um ao outro nossa atenção,
Manter sempre acesa a chama da
nossa paixão.
Manter essa nossa troca de carinhos,
E esse amor, ao longo do nosso caminho.
Cuidar um do outro pra que estejamos
sempre assim,
Felizes, alegres e satisfeitos nesse
amor sem fim.
Cuidar dos nossos filhos, manter nossa
família unida,
Pra que quando todos crescerem, estivermos
com a missão cumprida.
Na verdade sempre de mãos dadas com Deus andar,
E quando as dificuldades e as coisas boas vir, a
Ele sempre buscar.
Isso tudo é o que eu quero e sempre quis,
Te fazer a mulher do mundo mais feliz.
te amo vc!!!
casal trocado
Carlos Seabra
juntos pulam o muro
lado a lado
Cem máximas que resumissem a sabedoria universal tornariam dispensáveis os livros.
Carlos Drummond de Andrade
Certas coisas que não consigo dizer.
Antônio Carlos Baena
Como definir o indefinível,se tudo que sinto não pode
ser expressado com palavras?
Como falar sobre algo que faz meu coração bater descompassado,
Que traz ao meu rosto aquela cara de bobo apaixonado,
Simplesmente por me lembrar de seu lindo rosto.
Tento me conter,mas a vezes me pego pensando em você,
Pensando como seria bom estar contigo,e ter o poder de parar o tempo para que
Esses momentos perdurassem para sempre.
E mesmo assim não conseguiria definir meu sentimento por Ti,
Não conseguiria dizer se Gosto,se estou Apaixonado ou se te Amo,
Pois realmente algo de bom acontece dentro de mim quando lembro-me de você.
Quero sempre tê-la em meus braços,acariciar seu corpo delicadamente,
E beijá-la bem devagar.
Quero me embriagar com seus carinhos,me deleitar no calor de seu corpo,
E navegar no profundo mar do seu olhar,que me hipnotiza e me leva á um labirinto,
No qual não me preocupo em achar a saída.
Então ao pensar sobre estas coisas percebi que te Amo,pois quem ama não consegue
Dizer o que sente,por que o Amor foge de qualquer possível explicação.
cerveja gelada
Carlos Seabra
amigos no boteco
palavra molhada
chão de caruma,
Carlos Seabra
crepitar no pinheiral -
passos ou fogo?
Chapeuzinho Vermelho,
Carlos Augusto Cacá
quando sonha seu sonho,
tem o lobo no meio
e um medo medonho.
Mas também tem vontade
de seguir seu caminho.
E encara a verdade,
modifica o destino.
Se perder a esperança,
ao olhar-se no espelho,
não verá a criança
e desbota o vermelho.
Se não é confiante,
já não come nem sonha.
Tem o lobo distante
e a cara tristonha.
Mas, se grita o vermelho
e o sonho se solta,
tem o lobo no meio
e alimenta a revolta.
(do livro Fadas Guerreiras, com adaptação do autor)
Chora Coração
Antonio Carlos Jobim Vinicius de Moraes
Tem pena de mim
Ouve só meus ais
Que eu não posso mais
Tem pena de mim
Quando o dia está bonito
Ainda a gente se distrai
Mas que triste de repente
Quando o véu da noite cai
Aqui fora está tão frio
E lá dentro está também
Não há tempo mais vazio
Do que longe do meu bem
Olho o céu, olho as estrelas
Que beleza de luar
Mas é tudo uma tristeza
Se eu não posso nem contar
O relógio bate as horas
Diz baixinho ela não vem
Ai de mim de tão altivo
Fiquei só sem o meu bem
Chora coração
Ouve só meus ais
Eu não posso mais
Chora coração
Caso do Vestido
Carlos Drummond de Andrade
Nossa mãe, o que é aquele
vestido, naquele prego?
Minhas filhas, é o vestido
de uma dona que passou.
Passou quando, nossa mãe?
Era nossa conhecida?
Minhas filhas, boca presa.
Vosso pai evém chegando.
Nossa mãe, dizei depressa
que vestido é esse vestido.
Minhas filhas, mas o corpo
ficou frio e não o veste.
O vestido, nesse prego,
está morto, sossegado.
Nossa mãe, esse vestido
tanta renda, esse segredo!
Minhas filhas, escutai
palavras de minha boca.
Era uma dona de longe,
vosso pai enamorou-se.
E ficou tão transtornado,
se perdeu tanto de nós,
se afastou de toda vida,
se fechou, se devorou,
chorou no prato de carne,
bebeu, brigou, me bateu,
me deixou com vosso berço,
foi para a dona de longe,
mas a dona não ligou.
Em vão o pai implorou.
Dava apólice, fazenda,
dava carro, dava ouro,
beberia seu sobejo,
lamberia seu sapato.
Mas a dona nem ligou.
Então vosso pai, irado,
me pediu que lhe pedisse,
a essa dona tão perversa,
que tivesse paciência
e fosse dormir com ele...
Nossa mãe, por que chorais?
Nosso lenço vos cedemos.
Minhas filhas, vosso pai
chega ao pátio. Disfarcemos.
Nossa mãe, não escutamos
pisar de pé no degrau.
Minhas filhas, procurei
aquela mulher do demo.
E lhe roguei que aplacasse
de meu marido a vontade.
Eu não amo teu marido,
me falou ela se rindo.
Mas posso ficar com ele
se a senhora fizer gosto,
só pra lhe satisfazer,
não por mim, não quero homem.
Olhei para vosso pai,
os olhos dele pediam.
Olhei para a dona ruim,
os olhos dela gozavam.
O seu vestido de renda,
de colo mui devassado,
mais mostrava que escondia
as partes da pecadora.
Eu fiz meu pelo-sinal,
me curvei... disse que sim.
Sai pensando na morte,
mas a morte não chegava.
Andei pelas cinco ruas,
passei ponte, passei rio,
visitei vossos parentes,
não comia, não falava,
tive uma febre terçã,
mas a morte não chegava.
Fiquei fora de perigo,
fiquei de cabeça branca,
perdi meus dentes, meus olhos,
costurei, lavei, fiz doce,
minhas mãos se escalavraram,
meus anéis se dispersaram,
minha corrente de ouro
pagou conta de farmácia.
Vosso pais sumiu no mundo.
O mundo é grande e pequeno.
Um dia a dona soberba
me aparece já sem nada,
pobre, desfeita, mofina,
com sua trouxa na mão.
Dona, me disse baixinho,
não te dou vosso marido,
que não sei onde ele anda.
Mas te dou este vestido,
última peça de luxo
que guardei como lembrança
daquele dia de cobra,
da maior humilhação.
Eu não tinha amor por ele,
ao depois amor pegou.
Mas então ele enjoado
confessou que só gostava
de mim como eu era dantes.
Me joguei a suas plantas,
fiz toda sorte de dengo,
no chão rocei minha cara,
me puxei pelos cabelos,
me lancei na correnteza,
me cortei de canivete,
me atirei no sumidouro,
bebi fel e gasolina,
rezei duzentas novenas,
dona, de nada valeu:
vosso marido sumiu.
Aqui trago minha roupa
que recorda meu malfeito
de ofender dona casada
pisando no seu orgulho.
Recebei esse vestido
e me dai vosso perdão.
Olhei para a cara dela,
quede os olhos cintilantes?
quede graça de sorriso,
quede colo de camélia?
quede aquela cinturinha
delgada como jeitosa?
quede pezinhos calçados
com sandálias de cetim?
Olhei muito para ela,
boca não disse palavra.
Peguei o vestido, pus
nesse prego da parede.
Ela se foi de mansinho
e já na ponta da estrada
vosso pai aparecia.
Olhou pra mim em silêncio,
mal reparou no vestido
e disse apenas: — Mulher,
põe mais um prato na mesa.
Eu fiz, ele se assentou,
comeu, limpou o suor,
era sempre o mesmo homem,
comia meio de lado
e nem estava mais velho.
O barulho da comida
na boca, me acalentava,
me dava uma grande paz,
um sentimento esquisito
de que tudo foi um sonho,
vestido não há... nem nada.
Minhas filhas, eis que ouço
vosso pai subindo a escada.
Texto extraído do livro "Nova Reunião"
Chego em casa
Roberto Carlos
Encontro apenas seu perfume
Alimento certo, nutritivo pro ciúme
Um bilhete escrito com batom me diz assim:
"Entre um take e outro eu telefono pense em mim"
Pra me relaxar ligo a televisão
Mas que tolice a minha
Triste tentativa em vão
Ela me aparece com alguém que não sou eu
Vejo noutros braços tudo aquilo que é meu.
Vejam só vocês que foi que eu fiz
Fui me apaixonar por uma atriz.
Outra vez eu tento controlar meu coração
Mas meu controle é mais remoto
Que o que eu tenho em minha mão
Fecho os olhos, tento não pensar
Mas não consigo
Com ou sem controle
É sempre nela que eu me ligo.
Vejam só vocês que foi que eu fiz
Fui me apaixonar por uma atriz.
O telefone toca, ela me chama
Me lembra que me ama
Aquela voz macia
Diz que tem ciúme e quer saber
Se nela eu pensei
Durante todo o dia.
chora poeta -
Carlos Seabra
musa obesa pensa
só em dieta
chuva lá fora -
Carlos Seabra
os pássaros, molhados,
foram embora
Clara manhã, obrigado. O essencial é viver.
Carlos Drummond de Andrade
com alicate
Carlos Seabra
abre o maluco
um abacate