Grito se agiganta,
Flora Figueiredo
embrutece, se enfurece,
morre na garganta...
Tempo destinado
Flora Figueiredo
a esfregar e descorar
nódoas do passado.
O canteiro assiste:
Flora Figueiredo
a antúrio, falso perjúrio,
pões o dedo em riste.
Quanto desafeto!
Flora Figueiredo
A palvra se deprava
frente ao alfabeto.
O sol envelhece.
Flora Figueiredo
pavio queima por um fio.
Verão que apodrece.
Festa chega ao fim.
Flora Figueiredo
Beijos sobram na bandeja.
Todos de amendoim!...
Linha de combate:
Flora Figueiredo
as granadas e os petardos
são de chocolate.
Urge a maritaca.
Flora Figueiredo
Desafia a paz do dia
a golpes de faca.
Numa pressa isana,
Flora Figueiredo
o jato divide em quatro
o azul-porcelana.
A estrela cadente
Flora Figueiredo
teima, se enrosca, se queima.
Quer o sol nascente.
Ouviu-se um estrondo
Flora Figueiredo
Baleia presa na teia?
Não! é marimbondo.