A gente sempre acha que está bem , onde a gente não está.
César Arruda Barbosa
- A acusação é sempre um infortúnio enquanto não verificada pela prova.
RUI BARBOSA
(Rui Barbosa - Novos discursos e confissões, 112)
ENTREVISTA: MARCIO FUNGHI DE SALLES BARBOSA -
Marcio Funghi de Salles Barbosa
DEPRESSÃO
A Organização Mundial da Saúde nos alerta para o fato de que a Depressão já é a quarta causa de incapacitação para o trabalho (Folha de São Paulo de 12/12/2001) e que deverá chegar a ser a segunda causa em 10 anos, a persistirem os atuais indicadores de piora sócio-econômica.
O psiquiatra Márcio Funghi de Salles BARBOSA fala sobre a Depressão e nos mostra como identificar seus sintomas.
INFO: Qual o papel do estresse sobre a depressão?
BARBOSA: Nas depressões adquiridas o estresse é o fator desencadeante e dependendo da sua intensidade e dos fatores do indivíduo, poderemos ter depressão aguda (súbita) ou crônica (com uma formação mais demorada). Na depressão aguda o fato estressante aniquila o indivíduo e este cai em profundo abatimento, podendo chegar ao suicídio, se não lhe dermos provas rápidas de que existe solução para seu problema.
INFO: Na depressão crônica, o estresse é mais brando?
BARBOSA: Nem sempre. Muitas vezes, a um estresse intenso, pode surgir um quadro depressivo de longa duração, um pouco mais brando que no momento inicial, mas de forma também destruidora. Na maioria das vezes a depressão crônica é precedida de uma série de acontecimentos que geram estresses e depois de algum tempo, cria-se um estado de preocupação com o que está para acontecer, chamado de Distress, que é o DIStúrbio do esTRESSe. Aos poucos ele gera uma deficiência de substâncias químicas no sistema nervoso, levando o indivíduo à depressão.
INFO: Existem também depressões por problemas orgânicos?
BARBOSA: Sim, existem as chamadas “depressões orgânicas”, isto é, causadas por distúrbios orgânicos, como a epilepsia, a esquizofrenia, a AIDS, a arteriosclerose, o câncer e tantas outras doenças. Há a Depressão Puerperal, que surge no período da gravidez, podendo acompanhá-la, ou surgir no pós-parto. Existe também, um outro tipo, chamado de Depressão Maior, causada pela herança genética, e que se traduz por múltiplas deficiências no Sistema Nervoso, que, quando alterna depressão com um comportamento agitado, euforizante, é chamado de Transtorno Bipolar. Recentemente foi descoberto um gene, o 5-htt, que pode variar no seu tamanho. Quando encurtado, por fatores de perturbação genética, ele coloca as pessoas mais sensíveis ao estresse e à depressão, dificultando o transporte e o formação de substâncias químicas no cérebro, predispondo ao aparecimento da depressão.
INFO: É possível haver cura da depressão sem tratamento?
BARBOSA: É possível e ocorre mais em pacientes com depressão, com surgimento devido a reação a problemas físicos, situacionais ou em momentos de extrema tristeza.
Temos a necessidade de lembrar, que na Depressão Maior, a primeira crise costuma ceder com medicamento mesmo errado, ou insuficiente, ou ainda sem medicamento nenhum. Mas poderá voltar em novos surtos, muitas vezes mais intensos que o primeiro. O maior problema é o estrago causado nos neurônios (células nervosas) a cada recaída, com chances de levar a consequências graves, duradouras, como problemas vasculares, de memória, de equilíbrio (confundido com labirintite), dentre outros. E é difícil, para o leigo, saber se a sua depressão é passageira, ou orgânica. Requer análise de um especialista qualificado. Isto não está sendo posto, para significar: "todo mundo que sofre uma tristeza, deve ir ao psiquiatra", mas para tornar consciente as pessoas, de buscarem ajuda, se o estado de tristeza persistir.
INFO: Psicoterapia ou medicação, qual o melhor tratamento?
BARBOSA: Certa vez um clínico nos ligou, para pedir-nos que déssemos uma bronca em uma nossa paciente, que havia ido a um “curador”, numa tentativa de se curar da depressão. O acalmamos e quando ela chegou, com medo da bronca, lhe perguntamos se tinha conseguido alguma ajuda. Ao dizer que não, respondemos: ”Que pena!”
Coitado de quem se julga capaz de usar um só recurso, para todos os clientes. Vai perder muitos...
INFO: Que tipos de problemas costumam ser observados no tratamento com medicamentos na cura da depressão?
BARBOSA: Os problemas observados costumam ser passageiros e se referem à adaptação medicamentosa, sendo os mais comuns: ligeiro atordoamento, sonolência leve e queixas gastrintestinais, como náuseas leves, formação de gases com abdome distendido e por mais frequentemente, prisão de ventre. Ao se receitar um antidepressivo, observamos os efeitos colaterais e se não forem atenuados, ao nível da boa tolerância, devemos procurar outros compostos. Como a maior incidência é de problemas digestivos, junto com os medicamentos, nós estamos instituindo farta dieta líquida, frutas com aveia e mel, verduras, fibras e estamos contentes com os resultados obtidos com a inserção de lactobacilos no dia a dia dos nossos pacientes. Eles agem impedindo a agressão mais severa dos medicamentos e temos visto casos de correção imediata do intestino preso, ressecado, levando ainda em conta, que os intestinos com uma flora reforçada, resistente a agressões, propiciam uma melhor absorção medicamentosa, com redução de doses e de sintomas colaterais.
Contudo, o médico deve avaliar os riscos/benefícios do uso de um determinado antidepressivo, pois muitas vezes a medicação, embora satisfatória no combate à depressão, pode gerar um estado de ansiedade/irritabilidade, se produz reações sérias, como não evacuar, ou não ter uma boa digestão.
INFO: Lendo o quadro fornecido por V. S., onde são demonstrados os principais sintomas da Depressão, vimos que existe uma distinção de queixas físicas, psíquicas e afetivas. Os compartimentos são,na realidade, assim separados?
BARBOSA: De forma alguma! Sintomas físicos podem surgir como resposta a descontroles afetivos, que por sua vez podem surgir por alterações físicas ou psicológicas. Os estudos sobre a química cerebral mostram cada vez mais a inter-relação entre o físico, respondendo ao psíquico. Chamamos a atenção para algumas das observações existentes neste quadro. Elas mostram exatamente isto.
INFO: Quando saber se há a depressão, uma vez que muitas pessoas têm ocasionalmente alguns destes sintomas?
BARBOSA: A certeza de que existe um processo de depressão, surge quando existem, simultaneamente, dez ou mais sintomas entre os mais frequentes, por um período de dois meses seguidos ou mais. Entretanto, pode surgir a depressão chamada de mascarada, onde as queixas são físicas e onde não é feito um diagnóstico psíquico, levando o paciente a tratamentos que produzem ainda mais sintomas depressivos, como o tratamento da hipertensão, gastrite e outras manifestações da própria depressão, que podem ser encaradas como co-morbidades (doenças conjuntas), mas no fundo, seriam consequência da depressão.
INFO: Por que vemos algumas pessoas afirmando aos pacientes, que a depressão é falta de força, caráter ou de auto-esforço?
BARBOSA: em meio à população existem deprimidos que querem crer nesta bobagem. Quem pensa assim é desinformado.
INFO: É possível perceber pessoas que não são deprimidas, mas que exibem estes sintomas?
BARBOSA: Com muita frequência! Principalmente entre os portadores de outras doenças, entre os fanáticos por dietas, entre os compulsivos, como os jogadores, trabalhadores, bebedores, drogaditos e uma enorme gama de problemas psíquicos, físicos, situacionais. A própria definição de saúde diz que “Saúde é (utopicamente) o perfeito equilíbrio entre o bem estar físico, psíquico e social”.
No mundo de hoje com os políticos e poderosos se desintegrando, num processo utópico de compensação da própria inferioridade, com destruição da “res-pública”, será possível que existam muitos sadios entre a população comum? Entretanto, a conclusão que surge, a cada dia, é que o processo atual é inevitável, para a queda que antecede ao próximo crescimento social.
Sempre foi assim, ao longo da história: a espécie humana cresce em picos e vales, onde uma curva estatístico-gráfica mostra que, se traçada pelos picos ou através dos vales, ela é ascendente, apesar das quedas. Essas quedas são vistas com tristeza, pelos que pensam com mais sensatez, mas são essenciais para a acomodação social, até que os humanos se conscientizem do processo harmônico de desenvolvimento, centrado no indivíduo, e não na busca do poder, que não cabe num caixão apertado.
INFO: Os remédios antidepressivos causam alguma dependência?
BARBOSA: Não, os antidepressivos, jamais causam dependência. Esta é uma conclusão definitiva, referendada por diversos órgãos de vigilância dos psicofármacos, inclusive pelo "Food and Drugs Administration", órgão norte-americano, respeitado em todo o mundo.
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Marcio Funghi de Salles Barbosa
www.drmarcio.com
O segundo é o milagre da vida que não se repete
Rui Barbosa Batista
Rui Barbosa Batista
www.mensagensvirtuais.com.br/RuiBarbosa
Não se evita a guerra preparando a guerra. Não se obtém a paz senão aparelhando a paz.
Rui Barbosa
"Às vezes o medo nos impede de conseguirmos coisas que nos fariam muito felizes.
Karen Barbosa Ferreira
Por receio de não conseguirmos, deixamos de tentar.
Por medo de sermos rejeitados, deixamos de falar.
Por medo de perdermos, deixamos de apostar.
Enquanto o tempo vai passando, e levando as oportunidades.
E a gente vai se esquecendo dos nossos propósitos.
Dos nossos sonhos. E nos conformando com o pouco que conseguimos,
e com o muito que deixamos de conseguir.
Vamos deixando de lado todos os planos que tivemos um dia, de ser feliz.
Tudo isso por medo de arriscar.
Se a vida é um jogo, porque não jogar?
Se temos a chance de conseguir, porque logo pensamos que as coisas
vão dar errado,ao invés de dizermos pra nós mesmos,que se
não der certo,ao menos poderemos olhar pra trás e dizer que tivemos
a coragem de tentar.
Coragem não é não ter medo. Coragem é enfrentar o medo.
Coragem, é saber que podemos falhar, mas mesmo assim colocar o nosso
na reta. Por que vale muito mais a pena ganhar.
Mas é totalmente impossível ganhar sem arriscar.
Arrisque-se. Erre. Acerte.
Isso é viver."
Texto By Karen ;]
"BRAINSTORMING" - Pensamento Criativo
Marcio Funghi de Salles Barbosa
Há 16 anos fomos convidados por um cliente nosso, para promover uma melhoria na comunicação de sua empresa. Julgava-a truncada, o pessoal desmotivado e as respostas que obtinha eram todas muito formais, insatisfatórias. A empresa parecia estar bem, segundo ele, mas ele não estava confortável.
Iniciado o diagnóstico, que como na psiquiatria, começa com a queixa principal, ouve-se a história empresarial, começando dos funcionários antigos, até os estagiários, pudemos identificar alguns travadores de línguas, que depois percebemos serem pessoas muito responsáveis, mas tensas e que exerciam um patrulhamento grande, com medo de que a situação empresarial escapasse de seus controles.
Vimos gente contratada para seguir ordens e não para criar idéias. Como já vínhamos praticando com vários grupos e empresas o "Brainstorming", resolvemos misturar pessoas sorteadas de diversos departamentos, para proporem e acharem solução para diversos problemas que identificassem.
A estratégia era não mexer com os cobras criadas e fazê-los se envolverem paulatina e sem traumas, da modificação que a empresa precisava.
Discutimos a idéia e obtivemos a aprovação do nosso empresário.
No fundo, o que queríamos testar, era o uso desta ferramenta formidável de criação, onde descontraidamente, fôssemos aprofundando a comunicação.
Um curso rápido de "Brainstorming" foi ministrado, onde abordamos o conceito; porque precisávamos ousar fazer voar à imaginação; discutimos as diferenças existentes entre quociente intelectual e poder de realização (depois exaustivamente discutido pelos re-inventores da roda, sob o título de inteligência emocional); mostramos como age a sociedade adaptando o indivíduo; como o perfeccionismo resultante desta adaptação, quando feita errada, criava o medo de errar; mostramos como transformar palmeiras imperiais, de funcionário samambaias, assustados; mostramos os defeitos causados por idéias preconcebidas; discutimos os diversos ambientes de trabalho; exemplificamos como a escola pode atuar sobre a criatividade. Neste ponto partimos para explicar claramente, como certos fatores, além dos apontados, podem bloquear ou desenvolver a criatividade. Discutimos como o Método científico age na criação de soluções de problemas, suas facilidades e entraves.
Por fim foi ensinado o "Brainstorming" e a platéia se divertiu, com os primeiros ensaios, livres da crítica prejudicial. Como é sabido, o método visa tirar do processo criativo, o peso da crítica, até a fase de avaliação final, onde, inclusive, outras ferramentas podem ser usadas, para se estudar a viabilidade de determinada solução proposta.
O gratificante, sentido pelo empresário, foi a descontração do pessoal considerado sisudo, em torno do método. Ele próprio ria das soluções jocosas propostas, todas elas importantes para a quebra da barreira criativa.
Após o iniciação, agendamos duas reuniões por mês, aos sábados à tarde e, por incrível que pareça, os funcionários se dispuseram a participar dos "Brainstorms", sem cobrar da empresa, nenhuma hora extra. Esta, por sua vez, resolveu fazer um churrasco com a turma participante, às suas expensas.
Todo mundo vibrou com a idéia e demonstravam ansiedade com o sorteio para participarem do grupo. As discussões e conclusões, eram registradas em atas simples, distribuída quinzenalmente aos funcionários, que as sorviam.
Em seis meses de reuniões, o ambiente era tão profundamente mudado, que um dos gerentes se abriu inteiramente, demitindo-se, por não sentir-se competente a integrar a nova era.
Foi ajudado pelo ex-patrão a arrumar novo emprego, e abraçado por todos os funcionários, com uma despedida dada a um amigo sincero.
Foi muito bonito e os resultados estão sendo aperfeiçoados até hoje, segundo me contou recentemente o filho do empresário, que está, hoje, à frente de toda a empresa.
Tenho percebido que muitas empresas se mantpém herméticas, denotando a insegurança de quem a administra, crendo que fechada, não terá fantasmas a assombrá-la. Este é um comportamento típico de quem administra no "atacado", esquecendo que no "varejo" as coisas fogem ao seu controle, com gerentes e chefias que mais lembram a Gestalt.
Repito indefinidamente: _ Firma sem problemas é firma falida. Empresas dinâmicas têm sempre novidades instigantes e preocupantes para serem vencidas.
Crescer é otimizar, planejando a evolução, sem saltos sem rede, analizando os erros e acertos cometidos até então. Denominamos a isto "otimizar-revoluindo", sem medo de errar e usando o Pensamento Criativo ("Brainstorming"), que fornece ferramentas para solucionar e descobrir problemas solucionáveis, com alegria e prazer.
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Márcio Funghi de Salles Barbosa
Psiquiatra, Terapeuta e Consultor
de Relações Públicas nas Empresas
www.drmarcioconsigo.com
E-1/2: [email protected]
"Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
raphael eustaqueo barbosa
mais do que de máquinas, precisamos de humanidade.
Mais do que de inteligência, de afeição e doçura.
Sem essas virtudes, a vida será de violência
e tudo será perdido."
"UMA NAÇÃO QUE CONFIA EM SEUS DIREITOS EM VEZ DE CONFIAR
RUI BARBOSA
EM SEUS SOLDADOS, ENGANA-SE A SI MESMA E PREPARA
A SUA PRÓPRIA QUEDA".
- Se os fracos não tem a força das armas, que se armem com a força do seu direito, com a afirmação do seu direito, entregando-se por ele a todos os sacrifícios necessários para que o mundo não lhes desconheça o caráter de entidades dignas de existência na comunhão internacional. (Rui Barbosa – A Revogação da Neutralidade Brasileira, 33).
RUI BARBOSA
À beira do lago
Eunice Arruda
aliso o brilho da lua
com as mãos molhadas
A diferença entre o amor e a paixão:
Priscilla Barbosa
A paixão nasce
Mas tem que ser cultivada
Senão, morre.
O amor nasce
Não precisa ser cultivado
E nem por isso morre.
Essa é a diferença que faz a diferença!
A DIFERENÇA ENTRE O INTELIGENTE E SÁBIO, É QUE O SÁBIO PENSA À LONGO PRAZO.
MANOEL BARBOSA
A escravidão do negro é a mutilação da liberdade do branco.
Rui Barbosa
A especulação é no comércio uma necessidade; é nos abusos, uma inconveniência; mas entre as inconveniências dos abusos e a necessidade do uso, esta,em todos os casos dessa espécie a liberdade, que deve ser respeitada, porque se em nome de abusos possiveis nos quiserem tirar a liberdade do uso, talvez não nos deixem água para beber
Rui Barbosa
A força do direito deve superar o direito da força.
Rui Barbosa
A injustiça, senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade [...] promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.
Rui Barbosa
A inteireza do espírito começa por se caracterizar no escrúpulo da linguagem.
Rui Barbosa
A justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta.
Rui Barbosa
A justiça pode irritar-se porque é precária. A verdade não se impacienta, porque é eterna.
Rui Barbosa
A liberdade não é um luxo dos tempos de bonança; é, sobretudo, o maior elemento de estabilidade das instituições.
Ruy Barbosa
A CULTURA DA EMPRESA
Marcio Funghi de Salles Barbosa
Um dia o indivíduo se cansa de correr para os outros, ou atrás de empregos e resolve partir para o “seu negócio”.
Pensa, que pensa, briga com a mulher pela “sua intolerância”, com a sogra “pela constante implicância”, corre até o boteco, onde os amigos fiéis o acolhem sempre, ou então vai até a mamãe, que é sempre imparcial, “a favor do filho”.
E fala, que fala, e crescendo em seu idealismo, pimba: Nasce uma empresa!
O dinheiro é curto, mas a idéia parece boa.
Procura um possível comprador e descobre, que eles estavam precisando, há tempos, que alguém tivesse esta idéia brilhante. A primeira encomenda é uma piada: 30 unidades.
Pede ao primo rico e descobre que o Banco é mais barato, pois não tem que ouvir asneiras, do tipo: “Só trinta!? Você está ficando louco!”
Hipoteca o carro, a casa, compra o estritamente necessário, fica alguns sonos sem dormir, mas “Voila!”, conseguiu produzir as trinta em tempo recorde, com boa qualidade.
Entrega, recebe aquele dinheirinho, que corresponde ao gasto inicial, mais 15% “de lucro”, sem incluir a mão de obra, a eletricidade, a água, os minutos atendendo a mulher ao telefone, que queria falar do júnior, que estava “quase reprovado” e outras coisas “sem importância”, pois tivera sucesso.
Recebe uma encomenda de 100 iguais...
Não sendo burro, resolve buscar o Otacílio, amigão da sinuca, que estava desempregado, ensina-o a produzir as 100, com comissão, pois não pode pensar em salário.
Deixa o Otacílio se virando com todo o entusiasmo e sai em busca de novos clientes. Consegue em vinte dias, mais 1000 encomendas iguais.
Passa o Otacílio para chefe-treinador, com um modesto salário, contrata mais 3 peões do ramo e manda a esposa e a sogra engolirem as imprecações, mas elas afirmam “que é mera sorte de incompetente”.
Em um ano está produzindo 5.000 por mês. Resolve sair da informalidade, registra a micro-empresa, contrata um anúncio num jornal de repercussão e em 10 anos contrata uma empresa publicitária (barata), que acaba tendo uma idéia fantástica. Suas vendas crescem para 500.000 por mês e esperto, continua expandindo, até chegar a 1.000.000 por semana, iguais àquelas.
O Otacílio? É Diretor de Produção; além disto a empresa já tem um casca grossa no RH, que põe medo até na sogra de qualquer um; o carinha de vendas vive com a pressão alta, mas esconde seus chiliques, que só a Da. Carminha ouve (a secretária). E vende, que vende!
Um dia, nosso bem sucedido personagem vai dar uma volta no carrão e resolve ver a periferia onde omite já ter habitado lá.
Vê os velhos colegas de sinuca, mas os vidros escurecidos do carro, o ocultam. “Ainda bem! Já imaginou se me reconhecessem e me fizessem passar o desgosto de dizer não, a algum pedido de empréstimo?”.
Dá umas quatro viradas de esquinas e, pasmem... Descobre uma fabriqueta vagabunda, anunciando ser produtora das mesmas, com uma diferencial na aparência, que não percebera até então!...
Quase tem um treco, mas se recompõe e voa até a empresa convocando meio mundo, para uma reunião de emergência a portas fechadas. Dali sai uma brilhante idéia: contratar um espião, que arrume emprego “lá na tal” e descubra como, quantos e para quem.
O leitor identifica alguém parecido? Pois pode ter certeza que é o tal.
Existem milhares destes em qualquer ramo de atividade.
A paranóia se instala, todos os puxa-sacos vêm lhe contar fuxicos, invenções, tentando ganhar as boas graças do infeliz patrão, que novamente passa a receber o chumbo da sogra: “Não falei? O cara tá ficando doido! Precisa de um psicólogo!”
Sem querer, a sogra deu uma dentro. Ele pensa: “Por quê não buscar alguém que me aconselhe? Quem? Acho melhor pedir uns calmantes para um médico.”
O Otacílio entra em sena e diz: “Faz tempo que eu quero lhe dizer algo e não pode passar de hoje!”
“Fala Otacílio!”, consegue responder.
“Eu nunca pensei em fazer o que estou fazendo, estou explodindo e quero minhas contas!...”
“Que isto meu caro, sou eu, seu amigo. Acha que é hora de falar nisto? Só confio em você!”
“Vou aguentar mais um pouco, mas arranja alguém para o meu lugar, senão minha mulher me mata. Minha pressão chegou a 17 X 13. Isto não é vida!”, confidencia o Otacílio.
Nosso herói quase despenca. Toma água, café, água gasosa, come um iogurte, vomita tudo e se pergunta: “Onde foi que eu errei?”
Exatamente neste ponto, se usar uma visão sócio-antropológica associada ao método científico, o consultor, quando contratado, inicia um diagnóstico da empresa.
Questões como: “Quando começou a empresa? Como? Onde? Por quê? Para servir a que ramo? Quem alavancou? Como evoluiu? Com foram feitos os primeiros contratos? Quando iniciaram a fazer (se os fazem) os planejamentos? Por quanto tempo se estendem os planejamentos? Qual o patrimônio social da empresa? Quanto vale a marca do(s) produto(s)? Qual o nome do porteiro? Quem faz as compras? Quem cuida do almoxarifado? Qual o estoque mínimo necessário? Quantos são os fornecedores? São propositadamente diversificados, de forma a permitir que cotemos os preços das mercadorias? Que gastos supérfluos estão sendo feitos? Qual a capacidade ociosa ou sobrecarregada a firma está suportando? Quantos são os compradores da Empresa? Existe só um? Qual o grau de satisfação dele(s) para conosco? Que área está servindo de gargalo empresarial? Quais bancos nos oferecem vantagens reais? Quando paramos de otimizar nosso produto/produção? Como está a comunicação intra/entre os departamentos? Como anda a manutenção dos equipamentos industriais? Os equipamentos são padronizados de forma a serem substituídos por diversas marcas, conforme os preços e a qualidade? Está o RH, pelo menos obtendo informações, sobre a doença do pai do pai do torneiro chefe? Mais outras cem perguntas devem ser analisadas”
Paramos por aqui, pois não tivemos a intenção de falar sobre nenhuma novidade. Nem usamos coerência, para fazer as perguntas, as deixamos fluir, pois as fazemos sempre, checando sem parar.
Muitos já nos perguntaram: “O quê um psiquiatra entende disto?”
Nossa resposta é: “Nada, se o psiquiatra, psicólogo, engenheiro, consultor, administrador, gerente ou diretor, não perceberem como se deve usar e para que serve o método diagnóstico, aprendido com o Método Científico de raciocinar”.
A Cultura da empresa não é só um luxo, ou um modernismo, que se tenta impor goela abaixo. É questão de vida ou morte, se deixarmos que os otacílios dirijam a empresa e não causem preocupação, pois o dinheiro está entrando fácil. Entretanto, criou uma brecha tão grande, que lá na Vila, outro concorrente e sabem-se lá quantos, usaram o mesmo caminho, só aperfeiçoando um pouco daquilo?
Conhecemos empresas, onde uma análise banal, nos revela qual sua vida útil. Em quanto tempo poderão estar falidas, se certas idéias não forem identificadas, discutidas, implantadas e não forem eliminados seus gargalos.
Só para criar um raciocínio: em japonês, um mesmo ideograma significa risco e oportunidade. Cabe ao bom empresário escolher, como vai lê-lo.
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A esperança e a sogra são as últimas que morrem.
Marcio Funghi de Salles Barbosa
A esperança, a sogra e mulher chata, são as que matam mais.
Água mole em pedra dura, tanto bate, que acaba a água.
Água mole empedra o duro, se estiver gelada.
Água que passarinho não bebe, bebo eu.
Águas passadas no móvel, mancham.
Águas passadas, já passaram e eu nem vi!
Alegria de pobre é brigadeiro.
Alegria de pobre é impossível.
Alegria de pobre: durepoxi.
Antes tarde do que caduco.
Antes tarde do que mais tarde.
Boca fechada não fala.
Cabrito que é bom não berra, come quieto!
Carro a álcool, o sonho do usineiro.
Carro a álcool, você ainda vai empurrar um.
Cudum, não quer duas lombrigas.
Depois da tempestade vem o boi e dança.
Depois da tempestade vem a gripe.
Depois da tempestade, continua a cobrança. (Sobre o apagão)
Devagar, se vai com fome.
Devagar, só vê de longe.
Devagar, nunca se chega.
Devo não, nêgo!...
Devo, não pago. Nego, enquanto puder.
É chato ser bonito. Mas é muito mais chato ser feio.
É dando que se engravida.
É doído que se engravida.
É doido quem pensa que engravidou a grávida, que já estava grávida de outro que a engravidou. E é grave!...
Em casa de ferreiro levaram ferrada do Paulinho, o do Sindicato!
Em casa de ferreiro, espeta-se com pau.
Em casa de ferreiro, o espeto é a sogra.
Em casa de ferreiro, o pau ta um espeto...
Em casa do Ferreira, o espeto é do Paulo.
Em boca fechada, nem entra mosquito.
Emboca fechado, senão entra mosca.
Gato escaldado tem medo de friagem.
Gato escaldado tem medo de lingüiça.
Gato escaldado tem pele sem sarna.
Gato escaldado.. morre.
Há malas que vem de trem.
Há males que vem e ficam.
Há males que vem de trem. A sogra, por exemplo.
Há males que bem pro bem! Sorte minha!
Há malhos que vem pra bem.
Há males quem vem para pior.
Mais vale um pássaro na mão, que uma gaiola voando.
Moça bigoduda, rapaz feioso...
O futuro: adeus pertences!...
Os últimos são atrasados.
Os últimos serão desclassificados.
Pipoca, amendoim torrado, casei com a Vera, fiquei cansado.
Quando um não quer... o outro insiste.
Quem cedo madruga, fica com sono o dia inteiro.
Quem com ferro fere, confere o ferro que tomará.
Quem com ferro fere, não sabe como dói.
Quem com ferro ferra, com ferro se ferrará.
Quem confere ferro, com ferro será ferido.
Quem dá aos pobres, empresta, adeus!
Quem dá aos pobres, logo se ferrará.
Quem dá aos pobres, paga a conta do motel.
Quem espera, sempre cansa.
Quem não a risca, é porque não tem caneta.
Quem não tem cão, não caça, compra caça.
Quem empresta, adeus dá aos pobres.
Quem ri por último é retardado.
Quem ri por último, foi ao dentista.
Quem ri por último, reforçado?
Quem ri por último, ri de si.
Quem tem boca, vai ao dentista.
Quem tudo quer, tudo tem.
Quem vê cara não vê o resto.
Quem vê cara, não vê que horas são.
Se Maomé não vai à montanha, é porque lá é longe.
Se Maomé não vai à montanha, então vai à praia.
Sol e chuva, corro à casa da viúva.
Sol e chuva, vou sair de guarda chuva.
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Marcio Funghi de Salles Barbosa
Sem nada para fazer,exceto pensar!...
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A minha escrita
Anne Caroline Barbosa
Eu brinco de escrever quando sinto inspiração.
A diferença é que não escrevo com os dedos e sim com o coração.
Escrevendo me sinto viva, me faz bem expressar o que sinto.
Eu solto a imaginação, às idéias vem e o poema acaba fluindo.
Escrever é um dom que espero saber aproveitar.
Acho que escrever sobre o que sinto está bom pra começar.
Escrever não tem mistério e não precisa ser em rima.
Pegue um lápis, um papel e exercite a sua escrita.
Escrever é uma arte que precisa de um auxílio.
Para que eu tenha uma boa escrita estou sempre lendo livros.
A leitura me ajuda muito na hora de escrever, mas, além disso, leio pra ter cultura, precisamos dela pra crescer.
Escrevo por prazer, tenho dúvidas se quero escrever como profissão.
Mas pra quem tem dúvidas como eu, quando chegar à hora certa é só seguir o coração.
Vou ficando por aqui, do meu destino eu não sei e se você depois de ler este poema sentir vontade de escrever, escritor principiante...
Boa Sorte a você!
A morte não extingue, transforma; não aniquila, renova; não divorcia, aproxima.
Rui Barbosa