Frases de carlos ruiz zafan

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Não quero ser o último a comer-te

Não quero ser o último a comer-te.
Se em tempo não ousei, agora é tarde.
Nem sopra a flama antiga nem beber-te
aplacaria sede que não arde

em minha boca seca de querer-te,
de desejar-te tanto e sem alarde,
fome que não sofria padecer-te
assim pasto de tantos, e eu covarde

a esperar que limpasses toda a gala
que por teu corpo e alma ainda resvala,
e chegasses, intata, renascida,

para travar comigo a luta extrema
que fizesse de toda a nossa vida
um chamejante, universal poema.



Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade

Não se decreta a imortalidade de qualquer espécime, ainda que seja a rosa ou o Rosa. (Homenagem a João Guimarães Rosa, declarado imortal pela Academia Brasileira de Letras e falecido três dias depois).

José Carlos Machado - Autor de Casos Lendas e Loro

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o meu futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles,considero a enorme realidade.
O presente é tão grande,não nos afastemos.
Não nos afastemos muito,vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher,de uma história,
não direi suspiros ao anoitecer,a paisagem vista da janela,não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicidas,não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é minha matéria,o tempo presente,os homens presentes,a vida presente.

Carlos Drummond de Andrade

Não ter vícios não acrescenta nada à virtude.

Antonio Machado y Ruiz

Não uso palavras...
Veja, é tão simples perceber...
Meu corpo fala...
Fala dormindo,sorrindo,
E quando te vê...
Quer entender o porquê.
Por que os meus olhos sentem,meu nariz te beija,
Minha boca te cheira e meus ouvidos te vê?

Antônio Carlos Baena

NATAL É TODO DIA QUANDO SERVIMOS Á UM DEUS, QUE DEU SEU ÚNICO FILHO PARA MORRER POR NÓS, PARA QUE TENHAMOS VIDA ETERNA EM JESUS CRISTO SALVADOR.

CARLOS FÁBIO VIEIRA COUTINHO

Necessitamos sempre de ambicionar alguma coisa que, alcançada, não nos torna sem ambição.

Carlos Drummond de Andrade

Nem me seduz o vício, nem adoro a virtude.

Antonio Machado y Ruiz

Neve ou não neve
onde há amigos
a vida é leve

Alice Ruiz

nfelizmente, a grande maioria das pessoas precisam passar por experiências dolorosas antes de perceberem a sua "real importância e responsabilidade" no seu modo de vida. Passamos e perdemos muito tempo jogando a nossa felicidade nas mãos e terceiros, seja no amor, no trabalho e até na família.

Criamos fantasias, e fantasias são diferentes de sonhos. O sonho é aquela mola que nos impulsiona, que nos empurra para a frente, que nos dá força para lutarmos por objetivos. Já ás fantasias são fruto de nossa carência emocional e normalmente são desejos fugazes.

Sabe a criança que pede um brinquedo, pula, grita e berra no supermercado e, quando ganha, brinca meia hora e logo joga o brinquedo num canto qualquer? Isso é a fantasia, ou caprichos do orgulho.

Será que o seu desejo de hoje, aquilo que anda fazendo você sofrer, não é apenas uma fantasia? Será que você não esqueceu da pessoa mais importante na sua vida (você) e está maltratando seu coração, sua saúde, seu lado espiritual com idéias e conceitos que só trazem sofrimento?

Hoje o desafio é comprar um presente para você. Pode ser aquela caneta de R$ 1,99. O importante é o valor que você vai dar para o ato, para o presente e, principalmente, para você mesmo.

Tudo isso é só para lembrar o quanto você é importante e pode fazer a diferença. Cuide-se! Não permita que magoem você, que merece mais, muito mais.

Carlos Dutra 1082005

Ninguém é dono da sua felicidade,
por isso não entregue sua alegria, sua paz,
sua vida nas mãos de ninguém,
absolutamente ninguém.

Somos livres,
não pertencemos a ninguém e não podemos
querer ser donos dos desejos,
da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.

Se você anda repetindo muito
"eu preciso tanto de você"
ou, "você é a razão da minha vida",
cuide-se.

Remova essas palavras e principalmente
a ação dessas palavras da sua vida,
pois fazem muito mal ao seu "eu" interior.
A razão da sua vida é você mesmo.

A tua paz interior é a tua meta de vida,
quando sentires um vazio na alma,
quando acreditares que ainda esta faltando algo,
mesmo tendo tudo,
remete teu pensamento para os teus desejos
mais íntimos e busque a divindade que existe em você.
Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.

Não coloque objetivos longe demais de suas mãos,
abrace os que estão ao seu alcance hoje.

Se andas desesperado por problemas financeiros,
amorosos ou de relacionamentos familiares,
busca em teu interior a resposta para acalmar-te,
você é reflexo do que pensas diariamente.
Pare de pensar mal de você mesmo,
e seja seu melhor amigo sempre.

Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar.
Então abra um sorriso para aprovar
o mundo que te quer oferecer o melhor.
Com um sorriso no rosto as pessoas terão as
melhores impressões de você,
e você estará afirmando para você mesmo,
que está "pronto"para ser feliz.

Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.
Pare de esperar a felicidade sem esforços.
Pare de exigir das pessoas aquilo que nem
você conquistou ainda.
Critique menos, trabalhe mais.

E, não se esqueça nunca de agradecer.
Quando você agradece,
Deus recebe seu coração.
Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento,
inclusive a dor .
Nossa compreensão do universo, ainda é muita pequena para julgar o que
quer que seja na nossa vida.

Por fim,
acredite que não estamos sozinhos um instante sequer.

Você pode,
através de uma oração simples e de coração
buscar Aquele que é maior que quaisquer problemas.

Unir-se a DEUS nos momentos de alegria,
garante uma facilidade maior de contato
nos momentos menos alegres.

carlos

Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.

Carlos Drummond de Andrade

Ninguém me canta
como você
ninguém me encanta
como você
nem me vê
do jeito
que só você
de que adianta
ter olhos
e não saber ver
ter voz
mas não ter o que dizer
digam o que disserem
façam o que quiserem
ninguém diz
ninguém vê
ninguém faz
como você
ninguém me canta
ninguém me encanta
como você.

Itamar Assumpção e Alice Ruiz

No corpo feminino, esse retiro

No corpo feminino, esse retiro
— a doce bunda — é ainda o que prefiro.
A ela, meu mais íntimo suspiro,
pois tanto mais a apalpo quanto a miro.

Que tanto mais a quero, se me firo
em unhas protestantes, e respiro
a brisa dos planetas, no seu giro
lento, violento... Então, se ponho e tiro

a mão em concha — a mão, sábio papiro,
iluminando o gozo, qual lampiro,
ou se, dessedentado, já me estiro,

me penso, me restauro, me confiro,
o sentimento da morte eis que o adquiro:
de rola, a bunda torna-se vampiro.

Carlos Drummond de Andrade

no despenhadeiro
a sombra da pedra
cai primeiro

Carlos Seabra

No mármore de tua bunda

No mármore de tua bunda gravei o meu epitáfio.
Agora que nos separamos, minha morte já não me pertence.
Tu a levaste contigo.

Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra

Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra ...

Carlos Drummond de Andrade

No pequeno museu sentimental

No pequeno museu sentimental
os fios de cabelo religados
por laços mínimos de fita
são tudo que dos montes hoje resta,
visitados por mim, montes de Vênus.

Apalpo, acaricio a flora negra,
a negra continua, nesse branco
total do tempo extinto
em que eu, pastor felante, apascentava
caracóis perfumados, anéis negros,
cobrinhas passionais, junto do espelho
que com elas rimava, num clarão.

Os movimentos vivos no pretérito
enroscam-se nos fios que me falam
de perdidos arquejos renascentes
em beijos que da boca deslizavam
para o abismo de flores e resinas.

Vou beijando a memória desses beijos.

Carlos Drummond de Andrade

Noite de Inverno

Em meu rosto,um leve sopro,
Leve pensamento,o alento...
Ora intenso,ora sereno,
Desfaz meu penteado,o vento...

Ofegante,distante,constante,
Em meu peito bate,a saudade...
És minha,nunca engana,
Faz-me deitar em tranqüilidade,a verdade...

De um lado ao outro,buscam em vão,
Meus olhos a lhe procurar,na rua...
Na noite, bela e desnuda,
Atraente e muda,a lua...

E em meu rosto, quando um leve sopro,
Trouxe um pensamento,inspirado pelo alento de ter você ao meu lado,
Como o vento que ora intenso,ora sereno,é a saudade,
Sinto tranqüilidade com a verdade de que meus olhos,não lhe buscam em vão,
Pois a noite muda e desnuda se desfaz com o alvorecer.
E por isso posso ver você,
Bela,atraente e muda,do outro lado da rua a me esperar.

Antônio Carlos Baena

Nos quatro lados escuros do quarto.

Fique aqui comigo,me sinto só...
Não queria estar assim,e não gosto de assim estar.
Preciso calar meu coração,para ouvir-te comigo falar.
Há quanto tempo?
Já nem mais sei,me perco em pensamentos,
E quando perdido me encontro,procuro me achar...
Estou sentindo tanta vontade de chorar,que mal posso me conter.
Não sinto falta da felicidade de estar triste,esse tempo já se foi.
Meu Deus, não sabia que era tão doloroso ter sem ter,
Ter de aguardar o que já se tem,falar com o olhar, mas com a boca calar,
E as vezes,quase sempre,não ser ouvido.

Antônio Carlos Baena

Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Carlos Drummond de Andrade

Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer; apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor (e não conhecemos), por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos (e não tivemos), por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir o cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias, se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é Opcional.

Carlos Drummond de Andrade

Nostalgia é saudade do que vivi,melancolia é saudede do que não vivi.

Carlos Heitor Cony

Nunca desista de seus objetivos, pois para haver vitoria primeiro dever haver guerra.

Carlos Eduardo Ferreira


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