URGÊNCIA
Armando Artur
É urgente inventar novos atalhos
acender novos archotes
e descobrir novos horizontes.
É urgente quebrar o silêncio,
abrir fendas ao tempo
e, passo a passo, habitar outras noites
coalhadas de pirilampos.
É urgente içar novos versos,
escalar novas metáforas
recalcadas pela angústia.
É urgente partir sem medo
e sem demora
para onde nascem sonhos,
buscar novas artes de
esculpir a vida.