Frases de antanio carlos baena

> Autores > Antanio carlos baena



401 - 425 de 677 pensamentoss de antanio carlos baena

Historia de amor

Aconteceu uma vez numa ilha, onde morravam os seguintes sentimentos:

A alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros.

Um dia avisaram para os moradores da ilha que ela seria inundada.

Apavorado, o amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem, falando a todos da catastrofe que estava por vir.

Todos correram e pegaram seu barquinho para chegar a um morro bem alto.

Só o amor nao se apressou, pois queria ficar um pouco mais com sua ilha.

Quando já estava se afogando correu e pediu ajuda a riqueza.

Riqueza,leve-me com vc? ela respondeu-nao posso, meu barco esta cheio de ouro e prata, voce nao vai caber.

Passou entao a vaidade, e ele pediu. Vaidade, leve-me com vc? não posso, voce vai sujar meu barco.

Passou a tristeza. E o amor perguntou, tristeza posso ir com vc? Amor eu estou tão triste que prefiro ir sozinha.

Passou entao a alegria mas estava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela.

Já desesperado achando que ia ficar só, o amor começou a chorar.

Dai entao,passou um barco onde estava um velhinho que lhe falou: Sobe amor, que eu te levo.

O amor ficou radiante de felicidade que até esqueceu de perguntar o nome do velhinho.

Chegando ao morro onde estavam os outros sentidos o amor perguntou a sabedoria:

Sabedoria, quem me trouxe aqui?

Ela respondeu: Foi o tempo.

Mas porque o tempo me trouxe aqui?

Porque só tempo é capaz de entender um grande amor......
________________________________

Só o tempo é capaz de entender o que sentinmos um pelo outro!!!!
Só o tempo será capaz de explicar pq eu e a Tati, vivendo em vidas distintas e com simples gesto de um olhar, nos fez desenvolver algo tao forte dentro de nos dois.
Só o tempo será capaz de explicar e fazer as pessoas entender que tamanho de amor é esse que nos fez juntos passar por tantos problemas e dificuldades que ja enfrentamos e ainda enfrentaremos.
Só o tempo será capaz de explicar e fazer as pessoas entender porque tanto dizemos ame e se entregue ao amor, porque atras das dores e sofrimentos, está a sua espera a eterna felicidade.

Te amo minha linda flor !!!!!
Te amo Tati.

Carlos Correia

letras no papel
trazem tuas palavras
com sabor de mel

Carlos Seabra

Limitação limita a ação.

José Carlos Machado - Autor de Casos Lendas e Loro

língua pendente
cachorro com sede
sol ardente

Carlos Seabra

louco desafio:
comer fubá e cantar
o sole mio!

Carlos Seabra

Lutar com palavras
é a tuta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
[...]
Palavra,palavra
(digo exasperado),
se me desafias,
aceito o combate.

Carlos Drummond de Andrade

Garoto das Meias Vermelhas



Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito.
Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa.
Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das suas meias vermelhas.
Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava meias vermelhas.
Ele falou, com simplicidade:
"no ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo".
Colocou em mim essas meias vermelhas.
Eu reclamei. Comecei a chorar.
Disse que todo mundo iria rir de mim, por causa das meias vermelhas.
Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias vermelhas.
Disse que se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão e quando visse um menino
de meias vermelhas, saberia que o filho era dela."

"Ora", disseram os garotos. "mas você não está num circo.
Por que não tira essas meias vermelhas e as joga fora?"
O menino das meias vermelhas olhou para os próprios pés,
talvez para disfarçar o olhar lacrimoso e explicou:
"é que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora".
Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas.
"Quando ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja,
ela vai me encontrar e me levará com ela."

Muitas almas existem, na Terra, solitárias e tristes, chorando um amor que se foi.
Colocam meias vermelhas, na expectativa de que alguém as identifique,
em meio à multidão, e as leve para a intimidade do próprio coração.
São crianças, cujos pais as deixaram, um dia, em braços alheios,
enquanto eles mesmos se lançaram à procura de tesouros, nem sempre reais.
Lesadas em sua afetividade, vivem cada dia à espera do retorno dos amores,
ou de alguém que lhes chegue e as aconchegue.
Têm sede de carinho e fome de afeto.
Trazem o olhar triste de quem se encontra sozinho e anseia por ternura.
São idosos recolhidos a lares e asilos, às dezenas.
Ficam sentados em suas cadeiras, tomando sol, as pernas estendidas,
aguardando que alguém identifique as meias vermelhas.
Aguardam gestos de carinho, atenções pequenas.
Marcam no calendário, para não se perderem, a data da próxima visita,
do aniversário, da festividade especial.
Aguardam...

São homens e mulheres que se levantam todos os dias, saem de casa,
andam pelas ruas, sempre à espera de alguém que partiu, retorne.
Que o filho que tomou o rumo do mundo e não mais escreveu,
nem deu notícia alguma, volte ao lar.
São namorados, noivos, esposos que viram o outro sair de casa,
um dia, e esperam o retorno.
Almas solitárias. Lesadas na afetividade. Carentes.

Pense nisso!
O amor, sem dúvida, é lei da vida.
Ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração
quando abandonado por outro.
E nem pode aquilatar da qualidade das reações que virão daqueles
que emurchecem aos poucos, na dor da afeição incompreendida.
Todos devemos respeito uns aos outros.
Somos responsáveis pelos que cativamos ou nos confiam seus corações.
Se alguém estiver usando meias vermelhas, por nossa causa, pensemos se esse
não é o momento de recompor o que se encontra destroçado,
trabalhando a terra do nosso coração.
A maior de todas as artes é a arte de viver juntos.

Carlos Heitor Cony

Hoje vou abrir os olhos quando acordar e ver como meu teto é lindo, abrir a janela e reparar que se passa um dia frio lá fora, em seguida agradecer ao meu lençol e travesseiro que meus pais me deram sem me pedir nada em troca. Abrir a geladeira e me deparar com belas frutas que me lembra que tenho que come-las antes que estraguem, que isso seria um disperdício com tantas pessoas lá fora querendo uma só parte da minha maçã. Hoje vou vestir minha roupa, qualquer roupa. Não vou reparar como ela me deixa gordo nem a marca de gordura que se destaca nela. Hoje vou me olhar no espelho para reparar meu rosto sem aumentar meu ego. Hoje vou sair na rua e a primeira pessoa que encontrar, vou falar bom dia!
Hoje vou pintar meu cabelo de verde,pular de para-quedas e realizar todas meus desejos loucos, pois isso é tudo que sempre quis fazer, mas nunca tive corajem. Hoje vou soltar tudo que há de ruim dentro de mim, para que as coisas boas possam entrar sem precisar dividir esse espaço dentro de mim.
Hoje vou cometer erros, para reparar como somos tolos. Hoje vou ver pessoas que tem como alimento um pão, para reparar como somos ignorantes.
Vou comprar um celular de ultima geração pra me sentir pior, vou fazer uma doação pra me sentir melhor. Hoje vou contar uma piada pra escutar uma risada, vou reunir os amigos pra fazer simplismente nada.
Hoje vou cantar sem medo de desafinar,chorar de alegria,chorar de tristesa,dar um beijo com espontaneidade,falar eu te amo quando estou odiando,interromper uma frase para dar um sorrido,deixar o orgulho para elogiar.
Hoje vou deitar minha cabeça no travesseiro e pensar: “Somos todos iguais. Uns com ignorância a menos, outros com ignorância a mais.”

Amanhã vou abrir o jornal e ver tragédias.
Amanhã vou sair de casa com a dúvida se vou voltar.
Amanhã vou passar pela praia e não sentir o cheiro da maresia, pois sou obrigado a andar com os vidros fechados.

Carlos Machado Filho

madura no ramo
vou colher a fruta
da mulher que amo

Carlos Seabra

MÃE MYRTHES,VOÇÊ É INSUBSTITUÍVEL, VOÇÊ É ÚNICA, VOÇÊ É LUZ."

CARLOS FÁBIO VIEIRA COUTINHO

MAIS IMPORTANTE QUE CONHECER UMA CIDADE É SABER SE PERDER NELA

Carlos Fortuna citando W. Benjamin

mãos que se tocam
olhos que se encontram
beijo na boca

Carlos Seabra

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade

Meu amor não é fogueira nem sopro.
Não se desfia nem se desdobra à toa.
É cauteloso e principia pouco
Para crescer a cada coisa boa.

Amor bondoso, resistente ao tempo,
Constante mesmo quando se magoa.
Envolvedor e, em seu envolvimento,
É mais amor e, sendo assim, perdoa.

Embora possa parecer maduro,
É meu amor também insaciável,
Sem rumo certo, amargo e inseguro.

É meu destino, mesmo tão amável,
Tornar o amor, além de insuportável,
Ao mesmo tempo, eterno e sem futuro.

(do livro: Fadas Guerreiras, à venda em www.caca.art.br)

Carlos Augusto Cacá

Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade.
Impossível escrever um poema - uma linha que seja - de verdadeira poesia.
O último trovador morreu em 1914.
Tinha um nome de que ninguém se lembra mais.

Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples.
Se quer fumar um charuto aperte um botão.
Paletós abotoam-se por eletricidade.
Amor se faz pelo sem-fio.
Não precisa estômago para digestão.

Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta
muito para atingirmos um nível razoável de
cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto.

Os homens não melhoram
e matam-se como percevejos.
Os percevejos heróicos renascem.
Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado.
E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.

(Desconfio que escrevi um poema.)

Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade

ISOLADOS DO MUNDO...

Perdidos e amantes numa praia - a mais deserta -
Por testemunha o céu, gaivotas e a areia quente,
Nada para lembrar, eu e tu vivendo este presente...
Numa manhã quente, à luz do sol, a poesia certa.

Entre olhares, desejos, nos amamos perdidamente.
E a natureza vibrando nesse instante o momento.
Em que dois corpos, eu e tu, rendem-se ao vento.,
Dando-se por inteiro nas carícias, freneticamente.

Passamos horas assim, alheios a tudo em volta,
Pondo em prática devaneios que a imaginação solta,
Espraiado o mar, vem lamber em ondas nossos corpos nus,

Sonho bom que desfrutamos, e a um Oásis nos conduz...
Ao olimpo dos amantes, sem angústias, sem revolta,
Celebração de um paraíso pleno de paz, amor e luz...

carlos

JOSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Carlos Drummond de Andrade

Lira do amor romântico
Ou a eterna repetição

Atirei um limão n’água
e fiquei vendo na margem.
Os peixinhos responderam:
Quem tem amor tem coragem.

Atirei um limão n’água
e caiu enviesado.
Ouvi um peixe dizer:
Melhor é o beijo roubado.

Atirei um limão n’água,
como faço todo ano.
Senti que os peixes diziam:
Todo amor vive de engano.

Atirei um limão n’água,
como um vidro de perfume.
Em coro os peixes disseram:
Joga fora teu ciúme.

Atirei um limão n’água
mas perdi a direção.
Os peixes, rindo, notaram:
Quanto dói uma paixão!

Atirei um limão n’água,
ele afundou um barquinho.
Não se espantaram os peixes:
faltava-me o teu carinho.

Atirei um limão n’água,
o rio logo amargou.
Os peixinhos repetiram:
É dor de quem muito amou.

Atirei um limão n’água,
o rio ficou vermelho
e cada peixinho viu
meu coração num espelho.

Atirei um limão n’água
mas depois me arrependi.
Cada peixinho assustado
me lembra o que já sofri.

Atirei um limão n’água,
antes não tivesse feito.
Os peixinhos me acusaram
de amar com falta de jeito.

Atirei um limão n’água,
fez-se logo um burburinho.
Nenhum peixe me avisou
da pedra no meu caminho.

Atirei um limão n’água,
de tão baixo ele boiou.
Comenta o peixe mais velho:
Infeliz quem não amou.

Atirei um limão n’água,
antes atirasse a vida.
Iria viver com os peixes
a minh’alma dolorida.

Atirei um limão n’água,
pedindo à água que o arraste.
Até os peixes choraram
porque tu me abandonaste.

Atirei um limão n’água.
Foi tamanho o rebuliço
que os peixinhos protestaram:
Se é amor, deixa disso.

Atirei um limão n’água,
não fez o menor ruído.
Se os peixes nada disseram,
tu me terás esquecido?

Atirei um limão n’água,
caiu certeiro: zás-trás.
Bem me avisou um peixinho:
Fui passado pra trás.

Atirei um limão n’água,
de clara ficou escura.
Até os peixes já sabem:
você não ama: tortura.

Atirei um limão n’água
e caí n’água também,
pois os peixes me avisaram,
que lá estava meu bem.

Atirei um limão n’água,
foi levado na corrente.
Senti que os peixes diziam:
Hás de amar eternamente.

Carlos Drummond de Andrade

MEUS POEMAS, MEU REFUGIO

Meus poemas, meu refugio,
Sonhos descritos em rascunhos.
Amores que a tempos fujo,
Sentimentos diários, noturnos.

Meus poemas, meu abrigo,
Onde o infinito é um ponto.
Verdades que em papel rabisco.
Mentiras que imagino e conto.

Meus poemas, minhas rimas,
Meus desejos escondidos.
Minha vida em letras descrita,
Meus segredos em versos escritos.

Meus poemas, meu parceiro,
Sempre socorre-me quando estou aflito.
Ajuda-me na timidez que tenho,
Confesso-me a ele, pois a nele confio.

Luiz Carlos Rodrigues dos Santos

micro na teia
navega na internet
grão de areia

Carlos Seabra

Minha poesia é cheia de imperfeições. Se eu fosse crítico, apontaria muitos defeitos. Não vou apontar. Deixo para os outros. Minha obra é pública.

Carlos Drummond de Andrade

misteriosa,
Mona Lisa só ri
depois que goza...

Carlos Seabra

moinhos ao vento
Quixote e Dulcinéia
no pensamento

Carlos Seabra

Momentos inesquecíveis, beijos amáveis, carinho intenso, só penso voçê não me decepcione nem me faça sofrer, o que mais desejo é ser, e ser é ter voçê

CARLOS FÁBIO VIEIRA COUTINHO

LIXO DO LUXO

Vi esse descaso na televisão,
Pessoas comendo lixo,
Nesse país sem coração,
Onde tem muito desperdiço,
Onde o poder anda na contramão.

Do outro lado alheio a tudo isso,
Pessoas passeando de iates de luxo,
Longe dos que passam fome, omissos,
Nem querem saber se alguém come lixo.

País de desigualdades evidente,
Pessoas sofrem sem trabalho, sem alento,
E poucos acumulam fortunas, exploram essa gente,
Que vivem sem teto ao relento.

Bilhões serão gastos num evento,
Construções faraônicas serão erguidas,
E o povo com fome e sem leito,
Assiste a tudo isso como eremitas.

Hipócritas roubam o país, feliz,
Andam em seus carrões, homem vil,
Ignoram a miséria desse país,
Essa é a podridão, Brasil...

Luiz Carlos Rodrigues dos Santos


Contato Politica de Privacidade Datas Comemorativas Parceiros Facebook Twitter