Quando por vezes nada corre como desejaríamos que corresse.
Andreia Ferreira
Quando tudo esta virado de pantanas, e apenas sobra aquele tal vazio.
Quando por vezes somos demasiado orgulhosos para transparecermos aquilo que realmente sentimos.
Quando estamos carentes, e as emoçoes parecem transformar-se em sentimentos, e dos mais pequenos problemas fazem-se as maiores tempestades.
Quando mais queremos ter forças e esperanças, mais elas nos falham.
Quando so nos faz perder o bem que poderiamos conquistar, o medo de tentar.
QUANDO OLHEI PRA MIM...
Andréia Jane
Quando olhei pra mim, descobri o potencial existente dentro de mim mesma para mudar as circunstâncias desagradáveis, das quais tanto foram alvos de minhas reclamações.
Quando olhei pra mim, logo reconheci que esse tal de “não posso”, “não consigo”, “não é pra mim”... Essa família de pensamentos perdedores eram os que mais estavam sendo vitoriosos em minha vida, por incrível que pareça.
Quando olhei pra mim, admirei-me por ver-me um exemplo sobrevivente dos erros e acertos, dos “cai e levanta”, desta vida. E que para meu consolo, não era a única, pois muitos são pra dizer a verdade os que passam por situações semelhantes.
Quando olhei pra mim, passei a ver que o que faz a diferença é quando passei a aprender com as situações adversas e passei a me empenhar pra mudar. Fácil falar? O realizar também não está tão longe disso, quando há força de vontade e determinação.
Quando olhei pra mim, lembrei de quantas vezes já tentei me mudar, mudar meu jeito de ser pra agradar a outros, e com isso desagradava a mim mesma. Sendo que descobri que os que me amam, não vão ficar fazendo cobranças, quase que neuróticas a fim de causar mudança alguma em mim.
Quando olhei pra mim, parei de querer ser igual a fulano porque este era popular e por viver rodeado de "amigos". Sendo que quando caiu doente em cima de uma cama, vi os seus “amigos” desaparecerem. Daí descobri que os meus poucos amigos valem por muitos, e que não é o número que conta, e sim a amizade sincera e verdadeira.
Quando olhei pra mim, ri de mim mesma ao recordar de quantas vezes deixei de estar bonita, de me arrumar, por achar que por mais que me maquiasse, nunca ficaria ou chamaria tanta atenção quanto aquele “mulherão” que faz os homens “babar”. Maior besteira mesmo, descobri que maquiada ou não, tenho de estar bem comigo mesma.
Quando olhei pra mim, descobri que o importante mesmo é estar bem comigo mesma e estar confortável, descobri que meus olhos podem brilhar mais do que um par de brincos de diamantes, pendurados nas orelhas de sei lá quem. Isso, porque os olhos refletem o brilho de uma alma liberta de conceitos errados acerca dela mesma, e quando isto ocorre, não há pedra preciosa que compre, pois o brilho de uma alma tem valor inestimável.
Quando olhei pra mim, parei de procurar regras, pois não há regras. O que existe é o equilíbrio do externo com o interior. O interior reflete no exterior. Pessoas não são derrotadas por que outras são melhores, pessoas são derrotadas por que assim se intitulam, por que vivem em comparações com outras, por que assim se julgam e se condenam, e o pior, que a sentença é na grande maioria das vezes, prisão perpétua com seus próprios medos e frustrações.
Quando olhei pra mim, “vacinei” meus pensamentos com relação ao que pensam e dizem acerca de mim. E o que dizem e pensam não determina quem de fato sou ou nasci para ser. Se é verdade que o sol nasce para todos, e só me encontrava em dias de tempestades, certamente a culpa não era do destino.
Quando olhei pra mim, notei que todos temos medo de algo na vida, todos já tiveram alguma decepção, todos já perderam alguém muito importante e sofreu muito com a perda e doeu. Todos já foram rejeitados por alguém que amava, muitos já foram traídos quando menos esperava. A dor existe, isto é fato! Só que fato mais maravilhoso e mais alto que este, é que por mais que doa, ela sempre passa.
Quando olhei pra mim, e parei de olhar para os outros, esqueci-me desta idéia ridícula de achar como devo ser. E que parar de olhar para se comparar, se equiparar com outros foi um do melhores passos que já dei. Hoje é impossível alguém não olhar para mim. Estando bem arrumada ou não, com maquiagem ou sem... Por que a primeira a olhar pra mim e me valorizar e me admirar, sou eu mesma. O que acontece depois é apenas conseqüência...
SERÁ???????????
Andreia E. Mesquita
“Às vezes preciso me ler, e sendo pouco, o reler se faz necessário. E se assim faço, é por que o meu eu, insiste em esquecer quem sou.”
Andréia Jane
Sobre amizade
Andréia Bernardo
Como explicar o que se passa no interior de alguém que confia seus segredos,confidencia seus sentimentos e,com isso,deposita a própria vida nas mãos de outro alguém?
Somente um sentimento demasiado forte por sua verdade,pode mover uma vida em direção à outra para nela encontrar abrigo.
Amizade,muito mais que um simples afeto,muito mais que uma troca de favores,é uma questão de decisão.
Você se decide por compartilhar sua vida com alguém;
se decide por revelar a sua intimidade,aquilo que há de mais profundo em você,para outro alguém.
E esse alguém é o amigo: uma pessoa que deve entrar na sua vida sem dia nem hora marcados; uma pessoa cujo olhar,ao encontrar o seu,vai brilhar com um pouco mais de intensidade(como o seu também estará brilhando) embora não se encontre a razão que justifique tal fenômeno.
Mas eis que,mesmo inexplicável,ele vai ser a característica marcante(talvez a única)que fará lembrar,entre tantos encontros,o primeiro de vocês.
O amigo é aquela pessoa que faz você se sentir bem com um sorriso,confiante com um olhar e seguro com um abraço.
O amigo entra na sua história e a vive com você,semeando nela o amor,sem nada pedir em troca.
Só quem viveu a experiência do primeiro olhar,através do qual um sentimento surgiu,sabe explicar as razões pelas quais consegue confiar.
Só quem obtém a chance de perscrutar a essência de alguém,compartilhar momentos e guardar segredos,pode dizer por que arrisca trocar confidências...
Enfim,somente quem vive o dom da amizade pode compreender o ato da entrega.